terça-feira, julho 10, 2007

Honky tonk night

Tive um final de semana familiar com churrascos, pizzadas e outras comilanças e bebedeiras com todos meus tios e os priminhos crianças, porque os mais velhos e que geralmente saem comigo estavam todos viajando e curtindo um frio em Campos do Jordão. Mas pelo menos sai pra beber com o Fernando, melhor amigo do meu primo mais velho, que é um metaleiro de quase 26 anos que já passou da fase de andar de preto e ser cabeludo e hoje é um cara normal que dá aulas de guitarra e sempre que estou lá em Sorocaba city nós saímos pra beber juntos.

E dessa vez não foi diferente. Então fomos beber num bar chamado “Bar da Fazenda” onde eu já tinha estado outra vez. Lugarzinho simpático, sem nada de mais nem de menos, só bom pra ficar tomando umas tranqüilo sem ninguém pra te encher o saco, e nem cobrar caro pra isso. E depois ele disse que iríamos a uma festa de peões encontrar seu amigo Palito. E lá fomos nós.
Chegamos no lugar e era um galpão aberto ao lado de uma casa de madeira grande e fechada, com todo esse lugar transbordado de gente por todas as partes. Um centro hípico que fazia festas para os cowboys, agroboys, peões e simpatizantes desse estilo roceiro. E lá estávamos no meio de todas aquelas pessoas de fivela, bota e chapéu dançando ao “melhor” do country e sertanejo.

Quando encontramos o tal Palito descobri porque ele tinha aquele apelido. Um cara magrelo pracaralho e alto, era engraçado e passava cantadas em todas as meninas que passavam próximas, desde as mais belas até as mais feias, passando pelas médias. Mas o que me fazia rolar de rir eram os xavecos que ele utilizava para chegar nelas, sem nenhum sucesso.
Depois andamos um pouco e quando entramos na casa de madeira lotada de pessoas dançando ao som da banda sertaneja que tocava ao vivo, o Fernando me disse que “estava se sentindo um passarinho fora do ninho” e eu também estava com essa mesma sensação.

Encontramos os outros amigos do Palito, todos cowboys também. Um deles, um gordo meio baixo olhou pra mim por um tempo e depois disse que eu parecia com um dos Beatles. Depois de rodarmos mais um monte com o Palito e outro amigo dele, que também era um cowboy gente boa, resolvemos descer até uma espécie de bar que ficava abaixo do galpão aberto do centro hípico.
Era outra casona de madeira, essa com mesas, cadeiras e um telão passando show de músicas sertaneja. Quando entramos passava um show da dupla sertaneja de gordinhos que faz bastante sucesso em Londrina. Só de olhar eu já comecei a rir e comentei – “Olha só os gordinhos que tocam”. E nesse exato momento um outro gordo passava na frente da tela e achou que era com ele, ficou me olhando feio um tempo e eu percebendo a gafe tentei reparar dizendo – “O César Menotti e Fabiano, aqueles gordinhos”.
Ele olhou mais um pouco e saiu andando desconfiado até o balcão.

Mas agora estou de volta a Londrina, pronto pra mais uma infeliz semana de aulas no cursinho enquanto estão todos de férias, mas semana que vem eu também estarei, o que não vai mudar muito visto que eu não faço praticamente nada durante os dias.

Eu discordo de quem diz que domingo é o pior dia da semana. Segunda-feira é muito pior. Agüentar um dia de branco sabendo que ainda tem a semana inteira pela frente, e na TV ver a Hebe dando selinhos nos outros, o que pra mim é infinitamente pior que qualquer dança do Gelo, que também tão deixa de ser outra porcaria.

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