quinta-feira, agosto 30, 2007

Backyard Babies - Heaven 2.9

Meu final de semana tem tudo pra ser muito foda, e se tudo der certo vai ser.
Ádios my friends!


Backyard Babies - Heaven 2.9

Someone put me on a plane
Goodbye farewell adios my friends
I need a holiday
S.a.s is takin' off again

I wanna have my fun
Where the nights are long
We wanna go away
Where the sun will always shine
We're in heaven 2.9

quarta-feira, agosto 29, 2007

Corujão

Ontem de madrugada eu estava com fome, desci até a cozinha e preparei algumas bolachas água e sal com um resto de requeijão e uma xícara de cappucino gelado e fui assistir Tv. Liguei na globo e estava passando um filme 80’s em um shopping onde um cara de terno muito suspeito deixava uma sacola em uma loja e o atendente vinha correndo atrás dele para devolver mas ele corria do atendente porque obviamente tinha alguma coisa suspeita na sacola e logo depois outros caras de terno arrancaram metralhadoras e começaram a atirar no meio do shopping e a tal sacola do cara era uma bomba que explodiu. E bem nesse momento de caos com todas as pessoas do shopping correndo, se abaixando e gritando é que por uma das paredes do shopping surge uma caminhonete arrebentando a parede e tudo o que vier pela frente para logo depois sair atropelando os bandidos.

A caminhonete segue até bater em outra parte do shopping, até que a porta se abre e dela surge o mito, a lenda – Chuck Norris, com duas metrancas na mão ele dispara contra os bandidos que também tentam disparar contra ele, mas obviamente Chuck Norris consegue matar quase todos eles com exceção de dois, que entram em um daqueles carros que ficam dentro do shopping para serem dados em sorteios e coisas do tipo e o bandido que no começo havia deixado a sacola com a bomba faz uma ligação direta no tal carro do shopping, que por coincidência também era uma caminhonete e arranca para foda do shopping.

Lá na frente ele agarra uma mulher e a leva de refém pela porta do carro literalmente pendurada para fora e Chuck Norris entra no carro de uma fotografa que estava por ali dando cliques do tal ocorrido e avança tentando alcançar a caminhonete dos bandidos. Ai continuam varias cenas de perseguição com a mulher pendurada na janela berrando e xorando até que Chuck Norris consegue fazer uma manobra minuciosa em alta velocidade deixando o carro que dirigia ao lado da caminhonete dos bandidos e a fotografa que estava ao seu lado puxa a mulher para o carro deles sã e salva.

Mas como Chuck Norris é implacável a perseguição aos malfeitores continua. Um deles tira uma granada, puxa o pino e quando esta pronto para jogar Chuck Norris faz outra manobra com o carro e acerta o carro dos bandidos fazendo com que o bandido motorista perca a direção antes que o outro possa jogar a granada, então eles batem e logo depois o carrro explode fazendo um show pirotécnico indescritível enquanto Chuck Norris estaciona com calma e a fotografa tira uma foto do herói em triunfo.
Já era o bastante pra mim. Desliguei a Tv e fui dormir.

terça-feira, agosto 28, 2007

Que Deus me abençoe...

ou que o diabo me carregue.

segunda-feira, agosto 27, 2007

La cucaracha

Fui até o banheiro e encontrei uma barata. Ela estava de barriga para cima e agitava as patas na tentativa de se virar novamente. Procurei um chinelo mas não achei. Ali no banheiro mesmo tinha uma vassoura que serviria muito bem de arma de tortura. Lavei as mãos com calma enquanto a barata agonizava de barriga para cima. Sua morte vai ser lenta e dolorosa barata, você não tem vez comigo, sou um sanguinário e vou te matar com o maior sofrimento que eu puder sua barata maldita.

Terminei de lavar as mãos e as enxuguei. Peguei o cabo da vassoura e mirei exatamente em cima da barata. Fiz um movimento para cima e um leve para baixo, mirando o alvo a ser liquidado. Chegou sua hora barata, sou implacável e vou te matar com louvor, vai ser lento e sofrido como eu já disse, sua criminosa que ousou invadir minha casa. Preparei o cabo da vassoura para massacrar a barata com muita calma e fazendo o movimento de puxar levemente e soltar encostei o cabo da vassoura nela e preparei o golpe final. Teria que ser um golpe louvável, digno de um grande assassino de baratas e um carrasco implacável.

Então de uma vez por todas decidi matar a barata. Pobre barata, podia ter feito qualquer coisa menos ter se metido no meu caminho. Agora pagaria pelo seu pecado. Jamais se meta no caminho de Gabriel, e isso serve de exemplo para todas as outras baratas também. Puxei o cabo alguns centímetros para cima e me preparei finalmene para o golpe lento e mortal. Desci com a frieza necessária de um grande matador e encostei nela, pronto para esmagar seu corpo com o mais cruel dos movimentos. Nesse momento ela fez um movimento esquisito e se apoiando na ponta do cabo da vassoura com a qual eu ia matá-la se virou novamente de barriga para baixo e ficou apta a correr, o que fez com muita pressa e saiu pela porta do banheiro. Abri com rapidez mas ela foi mais rápida. Entrou em algum cômodo ou se escondeu em algum canto e desapareceu da minha vista. Ainda procurei a insolente fugitiva sem sucesso.
Eu tenho uma doença incurável...

É a síndrome do fracasso.
I'm a loser
I'm a loser
And I'm not what I appear to be

domingo, agosto 26, 2007

Quem sabe assim

Eu tenho vergonha

de ser quem eu sou

se pudesse seria outro

ou não seria ninguém

quem sabe assim

eu ficaria bem

sexta-feira, agosto 24, 2007

Dois mil e sete

Os dias passam e o que você faz? Nada, absolutamente nada. Passam rápido, ou devagar, devorando os livros, perdendo o tempo em frente ao computador, dormindo em frente a televisão, tendo insônia todas as noites e se perguntando porque tem de ser assim. Uma cerveja sozinho num bar abandonado. Um cigarro na mão. Sem amigos, sem conhecidos, sem destino, sem rumo. Você esta enlouquecendo porque é um solitário.

Um casal de namorados passando de mãos dadas ao seu lado, um casal de velhinhos sorridentes num banco de praça, crianças jogando bola, adolescentes se divertindo e escutando música e você esta parado em frente ao seu computador digitando furiosamente coisas sem sentido enquanto toma seu café sem gosto que você preparou agora mesmo com o pó que sobrou pois gastou todo seu dinheiro bebendo e não tem mais um real para comprar seu cappucino preferido. Garrafas vazias, roupas sujas e caixas de fast-food espalhadas pelo quarto que só tem a cama, o computador e pôsteres de bandas de rock espalhados pela parede. Nem mesmo um guarda-roupa ou uma cômoda.

Você é o garoto de roupas de baixo, fumando na janela e ouvindo Jazz, Bob Dylan e Rolling Stones no volume máximo, vendo um monte de pessoas desse bairro classe média baixa seguindo para suas casas, com seus filhos voltando da escola e seus maridos voltando de seus trabalhos e pedreiros construindo uma casa bem em frente a sua e você os vê no final da tarde fechando a obra e saindo com uma leve satisfação de dever cumprido e indo para suas humildes casas encontrar com suas pobres esposas e filhos enquanto você continua aqui, vendo sua vida passar.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Tempo de um tolo

Dizem que sou muito novo

então espero meu tempo chegar

ele chega pra todo mundo

só não chega pra mim

será que alguém me explica

porque a vida é assim?

O que me falta

Acho que descobri o meu problema

o que me falta

é ousadia.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Patriotismo universal

– Não gosto de americanos na minha turma de trabalho – disse Shorty. – Não dão duro como os outros rapazes.
– Ah – eu disse. – É aí que se engana, meu senhor. Meu patriotismo é universal. Não presto juramento a nenhuma bandeira.

O caminho de Los Angeles - John Fante

terça-feira, agosto 21, 2007

Voltando da aula

Saí da aula e desci até a avenida leste-oeste onde passei por um travesti que fazia ponto na esquina esperando algum cliente para aquela noite. Andei até o ponto de ônibus e parei enquanto esperava. Um casal que fazia cursinho comigo estavam se beijando por ali. Tive inveja daquilo, pareciam muito felizes.

Tinha que voltar de ônibus porque o carro de minha mãe estava no conserto. Não gostava de andar de ônibus. Não me importava caminhar um pouco, mas pegar ônibus era algo realmente estressante, principalmente porque o ônibus que vinha até minha casa demorava muito tempo para chegar. Pelo menos hoje eu tinha o livro do maravilhoso Fante para me distrair.

Cheguei ao terminal e fiquei esperando enquanto lia os capítulos de “O caminho de Los Angeles”. O ônibus que ia para meu bairro antes passava em um pequeno terminal e havia outro ônibus que ia direto a este terminal. A maioria das pessoas estava pegando esse então resolvi que seria melhor também pegá-lo e ficar esperando meu ônibus lá no pequeno terminal. Talvez ele chegasse mais rápido. Então subi e fui e quando cheguei estava fazendo um frio suficiente para fazer meus braços descobertos se arrepiarem e me fazer torcer para o ônibus chegar o quanto antes, enquanto lia página atrás de página do livro que era realmente muito bom e tentava aquecer os braços esfregando as mãos neles.

Olhei para as pessoas em volta. A maioria delas estava bem agasalhada. Outros nem tanto. Deviam provavelmente ter trabalhado o dia todo e deviam estar exaustos para chegar em sua casa e dormir o sono dos justos. Um senhor de cadeira de rodas estava acompanhado por uma senhora, talvez sua esposa ou irmã. O ônibus deles chegou e era um dos ônibus antigos que não tinha o pequeno elevador responsável por facilitar a vida dos deficientes e ele teve que se virar e subir com uma bengala e a ajuda de um outro homem que foi segurando e guiando o senhor da cadeira de rodas enquanto suas pernas tremiam numa frustrada tentativa do corpo de conseguir o equilíbrio. A mulher trazia a cadeira de rodas atrás e logo ele se instalou sentado em um dos bancos e o ônibus partiu.

Continuei lendo meu livro e morrendo de frio. Meu ônibus felizmente chegou e andou todos os pontos até o de minha casa. Uma moça meio gorda que também desceria ali ia apertar o botão que apitava e avisava ao motorista mas eu já estava com a mão para o alto e ela percebeu isso e me deixou puxar a corda que ficava no alto. Piiii! O sinal tocou e o ônibus parou no ponto que ficava duas quadras acima de minha casa. Eu e a moça gorda descemos e tomamos direções opostas, eu descendo e ela subindo. Pensei em Fante no pequeno caminho. Pensei em como ele escreveria nos dias atuais e em como eu faria isso.

Cheguei em casa e fui até a cozinha. No fogão haviam pedaços de frango empanados, arroz e salada de cenoura. Subi até o quarto de minha mãe e ela já estava deitada para dormir. Me falou que havia comida lá embaixo e lhe dei um beijo de boa noite. Fui até meu quarto e escrevi um pouco antes de ir comer.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Até o infinito

Quando as coisas parecem que vão dar certo elas acabam dando errado. Foi assim na sexta, mas eu consegui esquecer tudo isso e ter uma noite boa na medida do possível, mas no sábado não teve jeito. Foi a gota d’água e o começo de uma confusão na minha cabeça.

Não sei como as coisas vão ficar. Não faço a mínima idéia de como as coisas vão ficar e alterno minhas opiniões a cada dez minutos. Uma hora é meu orgulho ferido me dizendo que devia ter feito tudo diferente, em outra minha consciência me diz que fiz tudo certo.

Eu estou muito confuso, eu estou muito perdido e tudo isso é só o começo de um longo caminho que eu tenho que percorrer para chegar a algum lugar que eu não sei aonde é.

Acabei pegando o caminho mais tortuoso e sombrio. As pedras estão acabando com meus sapatos cada vez mais gastos mas ainda há muito a andar a cair a tropeçar e a levantar. E ai sim seguir em frente novamente, e em frente até o infinito.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Slade - Cum On Feel The Noize!

Uma música pra você pular mesmo se não estiver bêbado. Pra você se sentir feliz sem ter motivos, pra esquecer as espinhas na cara, as garotas que não te querem, a sua falta de dinheiro e todas as suas obrigações, pra viver a vida como ela é, pra se emocionar, pra deixar o volume no máximo e se sentir alguém realmente vivo.

Slade porra, isso é música de verdade, isso é uma banda do caralho!


Slade – Cum On Feel The Noize!

So you think I got an evil mind, well I'll tell you honey
And I don't know why
And I don't know why
So you think my singing's out of time, well it makes me money
And I don't know why
And I don't know why
Anymore
Oh no
[Chorus]:
So cum on feel the noize
Girls grab the boys
We get wild, wild, wild,
We get wild, wild, wild,
So cum on feel the noize
Girls grab the boys
We get wild, wild, wild,
At your door
So you think I got a funny face, I ain't got no worries
And I don't know why
And I don't know why
So I'm a scruff bag well it's no disgrace, I ain't in no hurry
And I don't know why
I just don't know why
Anymore
Oh no

So you think we have a lazy time, well you should know better
And I don't know why
I just don't know why
And you say I got a dirty mind, well I'm a mean go getter
And I don't know why
And I don't know why
Anymore
Oh no

So cum on feel the noize
Girls grab the boys
We get wild, wild, wild,
We get wild, wild, wild,

Ontem, um dia importante

Ontem, 16/08 foi um dia muito importante...




Há 30 anos atrás morria um Rei. Eternizado por seu requebrado e sua voz incrivelmente maravilhosa. Uma sensação dos anos 50, uma revolução da música, um ídolo para todos os discípulos do Rock and Roll.

Há 30 anos atrás o mundo ficava órfão de um dos maiores performancers que já existiram e perdia uma das vozes mais espetaculares que eu já ouvi. O único branco que podia cantar como um negro, o garoto que se perdeu no meio da fama e dos comprimidos, o homem que emocionou gerações. Meu ídolo, eternamente vivo para mim e paratodos aqueles que acreditam no Rock and Roll.


"It's now or never."

Elvis não morreu, pelo menos não pra mim.




Há 87 anos atrás um garoto pobre nascia. Garoto que sofreu e cresceu numa infância diferente do normal. E um dia por acaso descobriu uma máquina de escrever e assim eternizou milhares de coisas. Palavras ásperas e sentimentos vivos. Nunca deveu nada pra ninguém. Ensinou um monte de gente a ser gente. Trabalhou pra valer. Deu duro na vida. Bebeu litros e fodeu pra valer. Apostou nos hipódromos. Carregou a morte no seu bolso esquerdo. Cospiu as palavras pela vida.

Um capitão saindo para o almoço enquanto os marinheiros tomavam conta do navio. Um rebatedor no campo de centeio vagando por uma rua escura de Hollywood. Um bebum pulp eternizando as mulheres que teve, as mulheres mais lindas da cidade. Escrevendo suas cartas na rua, suas crônicas de seus amores loucos, suas notas de um velho safado.
Parabéns Henry Chinasky, parabéns Henry Charles Bukowski!


"These word I write keep me from total madness."

Bukowski não morreu, pelo menos não pra mim.

If I...

Se eu morasse em um prédio eu provavelmente já teria me jogado pela janela.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Hey You

Deitei na cama para tentar dormir mas não consegui. Sempre tive esse problema para pegar no sono, então ficava rolando de um lado para o outro, ou olhando para o teto do quarto e pensando na minha vida e aquilo realmente me assustava. Me assustava porque era o único momento do dia em que eu ficava realmente sozinho e todas as divagações da minha cabeça vinham a tona. As luzes apagadas, as portas fechadas, deitado ali com as cobertas e a cabeça no travesseiro ouvindo só o barulho da minha respiração e me perguntando questões tolas de possíveis soluções para melhorar minha vidinha. Era tudo tão estranho. E esse tempo todo demorava uma ou duas horas, mas que pareciam séculos.

Séculos encarando a mim mesmo e tendo uma conversa particular, a qual eu realmente me amedrontava e me apavorava de saber que agora eu não tinha nenhuma distração e nem pra onde fugir e nem mesmo ninguém para me chamar à atenção. Agora era eu contra mim mesmo e então todos aqueles pensamentos, lembranças e sonhos vinham à minha cabeça e eu tentava organizá-los e colocá-los em ordem para que não me assustassem mais mas era tudo em vão, pois eles teimavam em se espalhar e me confundir com milhares de interpretações e situações diferentes onde eu tinha que rapidamente achar uma saída.

Então, cansado de tudo isso eu levantei e coloquei um disco no rádio. Deixei o Village Gorilla Head do Tommy Stinson tocando e me deitei novamente. A música no volume extremamente baixo mas suficientemente alto para ser ouvido bem por mim ali deitado enquanto ela invadia meus ouvidos e eu me revirava na cama esperando o sono vir. Deixava as músicas passarem e me deliciava com suas melodias aconchegantes e letras poéticas, mas como que tudo que é bom dura pouco o disco logo acabou. Então desliguei o rádio e tentei dormir novamente.

Mais uma vez todos os pensamentos vieram a minha cabeça. Dessa vez tentei ignorá-los e não pensar em nada. Talvez contar carneirinhos como minha mãe havia me sugerido dia desses. Não funcionou muito bem, era algo chato e realmente sem graça. Voltei a olhar pro céu e tentar manter minha mente longe de qualquer pensamento, só esperando o sono vir.Isso acontecia muitas vezes e eu sabia que logo eu apagaria e não lembraria daquilo no outro dia, como de fato aconteceu.

Fui ao aniversário do tio de um amigo com ele. Bebemos algumas cervejas e ficamos por lá. Acabou cedo e voltei pra minha casa, um pouco extasiado pela bebida. Nada de alterações mais sérias, só um leve estado de embriaguez adquirido que me fez ficar mais sensitivo a pequenas coisas.

Voltei pra casa e coloquei o mesmo disco para tocar. Ouvi algumas faixas e ele soou fascinante, como realmente era.Deixei tocar algumas músicas e então “Hey You”, minha música favorita. A melodia começava e a bateria parecia fazer barulhos de batidas de coração no inicio da música.

Senti meus pelos arrepiarem e uma onda de frio tomar conta do meu corpo. Coloquei meus braços junto ao tronco para me aquecer e deixei a palma da minha mão direita exatamente em cima do meu coração. A música tocava sua harmonia fascinante com a perfeita combinação de violão de voz e meu coração palpitava na minha mão.

Naquele momento eu tive a certeza de que estava vivo, e de que por mais que os tempos fossem ruins e os maus pensamentos invadissem minha cabeça, e mesmo nas noites de insônia e nos momentos que antecediam o sono, onde a vida e eu tínhamos uma conversa particular ele continuaria ali, palpitando e me dizendo que eu estava vivo.





Hey You - Tommy Stinson

A thousand fires burn out of control
And no one's ever there
To see them
We're dyin of thirst our voice is lost
From all this screaming
I came down in a lonely state
And now everyone is leaving
Our souls so charred beyond recognition
And I'm trying to find the reason
Yeah

There's a widow at my front door
She said she heard that I was freezin
They said she's done time
But no one said she's done time for treason
They say she don't take anything from anyone
Which ain't worth giving
I say I don't give anything to anyone which ain't worth stealing
Yeah

Hey you
Did you come to fight
Have you come to the rescue
Hey youDid you come to watch
Have you come to ridicule

Everything's gotten so far out of hand
There's not much that we could do
Hey you
Did you come to fight
Have you come to the rescue

The city is falling apart
And the clouds and the earth have started bleeding
You just stand around like you don't understand
What it is you're seeing
Time stands still like a broken clock
When our life is so deceiving
You got close once before
And now you're only dreaming

Hey you
Did you come to fight
Have you come to the rescue
Hey you
Did you come to die
Did you come to be ridiculed

Everyone's gotten so bent out of shape
There's not much that we can do
Hey youHave you come to fight
Have you come to the rescue

I ain't waiting for the proof
And I ain't waiting for the future
I've seen too many signs now
And everyone was wrong
I'm just waking up the truth
And I ain't waiting round for you

Hey you
Did you come to fight
Have you come to the rescue
Hey you
Did you come to watch
Did you come to ridicule

Everything's gotten so far out of hand
They say there's not much that we could do
Hey you
Did you come to fight
Have you come to the rescue
Yeah

Impulsos de um garoto sonhador

Ontem eu fui até a casa do avô do Hermano para encontrar com ele e devolver uns livros e pegar outro emprestado, que era "O caminho de Los Angeles", primeiro romance do meu escritor favorito John Fante. Então cheguei lá mas ele ainda não havia chegado então fiquei me olhando no espelho e pensando em como meu cabelo estava grande, porque ele cresce realmente muito rápido, e isso não estava me agradando então subitamente decidi cortá-lo.

Mas logo nesse momento ele chegou. Peguei o livro e deixei os que tinha trazido com ele e fui até o cabeleireiro que ficava ali perto. Eu acho que sou muito impulsivo, porque isso nem tinha passado pela minha cabeça nos últimos dias e assim em dez minutos eu decidi que cortaria o cabelo. E cortei, ficou melhor que antes, mas nada de excepcional. Eu sou muito frescurento pra isso e meu cabelo é muito liso, o que fica uma merda pra deixar do jeito que eu quero, que eu nem sei mais qual é.

Então ficou por isso mesmo, e de noite terminei de ler o "Malone morre" do Samuel Beckett que o Melhado tinha me emprestado, então depois de muita insistência contra a insônia eu consegui pegar no sono, mas umas duas horas depois eu acordei de novo sei lá por qual motivo e já eram seis horas da manhã e minha mãe se arrumava para ir ao trabalho e meu irmão para ir a escola, então peguei o livro do Fante e comecei a ler e em uma sentada já li uma grande parte do livro porque ele é realmente fascinante como tudo que eu já li do Fante, que não a toa virou meu escritor favorito e um dos caras mais fascinantes que já existiram pra mim.E nesse livro meu querido Arturo Bandini parece na flor da juventude e tem um toque de rebeldia mas com a mesma apaixonante forma de viver e de escrever sobre as coisas e eu provavelmente vou devorar esse livro muito rápido.
Oh Arturo Bandini, como eu queria ser igual a você!

quarta-feira, agosto 15, 2007

No dentista

Fui com a minha mãe no dentista pra fazer limpeza nos dentes. Chegamos lá e aguardamos na sala de espera vendo um programa desses onde as pessoas vão resolver suas brigas e coisas do tipo. Uma mulher tinha casado com um ex-gay e a mãe dela não tinha gostado nada disso. Então eles estavam os três lá discutindo sobre o casamento da filha com o ex-gay, que mesmo que tivesse virado hetero ainda tinha o jeito de gay, principalmente pra falar.

Depois começou um quadro onde uma moça com uma voz chata narrava a história trágica que havia sido enviada por uma carta de alguma telespectadora enquanto apareciam cenas fictícias e mudas da história.
Essa era de uma moça que sempre tinha sido honesta e depois foi trabalhar na parte financeira de uma empresa e começou a roubar um monte. Um monte de lenga-lenga no meio da história. Uma grande merda de programa.

A secretária disse que o horário da consulta estava errado. Minha mãe confirmou ter marcado pra terça, mas ela disse que lá estava na quinta. Ficou um tempo nessa confusão mas como o consultório estava vazio o dentista disse que nos atenderia.

Entrei lá e sentei naquela cadeira reclinada. Ele enfiou um cano que era uma espécie de mini-aspirador na minha boca e ficava sugando tudo. Depois me deu um espelho na mão pra ficar olhando a boca e ficou passando um jato de um líquido que fazia a limpeza.
Era um negócio muito foda, ele passava o jato e o dente ficava brilhando de branco na mesma hora.

Eu fiquei lá com o espelho na mão que aos poucos foi ficando encharcado do líquido que espirrava da minha boca. Não demorou quase nada e ele terminou. Depois atendeu minha mãe enquanto eu ficava na sala de espera vendo mais um pedaço do programa de barracos. Uma grande merda de programa.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Jesse Malin - Wendy



Hoje eu deixei essa música no repeat do e ouvi um monte de vezes seguidas. Depois fui pro cursinho e fiquei cantarolando e ela não saia da minha cabeça de jeito nenhum. E ainda não saiu.

É linda demais. Uma das melhores músicas do "The fine art of self destruction" (2003), o primeiro disco solo do Jesse Malin, ex-vocalista da incrível e finada banda Dgeneration.

Depois desse primeiro disco de sua carreira solo vieram o não menos genial "The Heat" (2004) e o fabuloso e meu preferido "Glitter in the Gutter", lançado em março desse ano.

Ele ainda fez um verso que cita Tom Waits, Kinks e Kerouac. Simplesmente genial!


Jesse Malin - Wendy

Wendy left me all alone
No postcard or telephone
Wintertime down by the beach
In a jukebox bar way out of reach

She liked Tom Waits and the poet's hat
Sixties Kinks and Kerouac
Through the night her tailights fade
Her selection never played

I don't know I don't know I don't know why
Checkin' the tears and the light in your eyes
I don't know I don't know I don't know
If my little baby will make it alone

Wendy took me with a smile
Country lips and Bacall style
Through Tangiers or to Bombay
Her self-portrait in the USA

I don't know I don't know I don't know why
Checkin' the tears and the light in your eyes
I don't know I don't know I don't know
If my little baby will make it alone

Dreams Dyin' slowly
We don't want to be alone
DreamsDark and holy
We don't want to be alone

Thinking the things that I can't erase
Hole in my heart and a gun in my face
Feeling the things that I can't describe
I don't know I don't know I don't know why

Dreams Dyin' slowly
We don't want to be alone
DreamsDark and holy
We don't want to be alone

Wendy
Let down
Wendy
Get down
I don't know I don't know I don't know why

sábado, agosto 11, 2007

Cold

Tento arrancar as palavras do coração frio que bate no meu peito mas é tudo em vão.

Estou congelado por dentro e as coisas só parecem acontecer ao meu redor sem que eu note.

E eu não posso fazer nada para impedir isso. Nada mesmo.

Preciso de uma fogueira quente para esquentar meu coração frio.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Notas cinzas

Hoje enquanto eu estava no ônibus indo para o cursinho eu comecei a pensar na necessidade que eu tenho de viajar e mudar minha rotina chata de alguma forma e de como o Jack Kerouac conseguia fazer isso e escrever com uma euforia e rapidez completamente cheias de vida e verdadeiramente maravilhosas e como aquilo o deixava feliz e excitado e como ele realmente vivia a VIDA.

É disso que eu preciso. Sair daqui e fazer umas coisas diferentes. Encontrar umas pessoas legais e viver umas coisas realmente boas. Enquanto eu ficar aqui nesse mundinho só escrevendo minhas notas nada disso vai mudar. Enquanto eu ficar aqui tudo só tende a piorar.

O mundo parece preto e branco e minhas notas são cinzas.

Dentro da bolha

Tomo um cappucino gelado enquanto penso na vida.
Ela não vai mal e nem vai bem. Estou me sentindo diferente dos outros dias. Diferente de qualquer dia.

Não me sinto feliz, tampouco triste. As coisas a minha volta só parecem iguais. Sempre iguais.

Não penso em morrer, não é apto ao momento. Também não penso em viver intensamente, pelo mesmo motivo.

Eu só estou estando enquanto as coisas passam ao meu redor.
É como se eu estivesse dentro da minha própria bolha, alheio ao resto do mundo, de onde vejo as pessoas chorando, sorrindo, amando.

Eu não sinto nada disso. Pelo menos não agora.

Só permaneço vendo tudo de dentro da minha bolha, enquanto as coisas acontecem, as pessoas vivem e eu só existo.

Meu olho esquerdo

Eu não sei porque mas de uns três dias pra cá minha pálpebra esquerda começou a tremer do nada. Quando eu menos espero e acho que parou ela começa a dar umas tremidinhas chatas e isso esta me dando muito medo. Até agora não influenciou em nada na minha visão ou saúde, nem chegou a me incomodar mais seriamente e nem deu pra ninguem perceber, porque é uma tremedeirazinha bem discreta que provavelmente só eu consigo perceber porque eu sinto ela e isso me irrita bastante, mas eu não quero ser um pisca-pisca ambulante, e pior, de um olho só.

Eu falo isso porque na saudosa e curta época em que eu fiz academia para tentar deixar de ser flácido e sedentário eu tinha um instrutor que era do tamanho de um armário mas tinha um tique terrível de piscar os olhos. Como eu fazia com outros dois amigos nós carinhosamente apelidamos ele entre nós de pisca-pisca. E é claro que rolavam várias chacotas do tipo "ele já esta no clima de natal" entre outras que eu não me lembro agora.

Mas o meu problema não é tique de piscar o olho, graças a Deus eu não tenho muitos tiques, na epoca que tinha piercing no lábio ficava mastigando aquela porcaria mas um monte de gente que tinha/tem disse que isso também acontecia com eles, então não pode ser considerado um tique.

O que me esta me dando medo de verdade é porque essa porra é involuntária e já esta durando desde segunda pra cá. Se você frequenta ou conhece um oftamologista pergunte pra ele se isso é normal e me avise que já vai ser muito reconfortante mesmo. Antes que eu acabe ficando literalmente com "sangue no zóio" e me estresse com isso ou vá parar em um hospital e fique cego do meu olho esquerdo para sempre, o que seria deveras trágico para o resto da minha vida, visto que eu só tenho 17 anos.

Estou exagerando pracaralho, é claro que esse negócio vai passar até amanhã no máximo e é só coisa da minha cabeça. [medo]

quarta-feira, agosto 08, 2007

A base de mini-pizzas

Faz uns dois dias que só tenho me alimentado de mini-pizzas. É simples de fazer e gostoso. As massas vem semi-prontas em um pacotinho com umas dez. É só pegar a pequena roda de massa e colocar o molho de tomate com uma colher. Depois cortava umas fatias de tomate, colocava algumas de peito de peru ou lombo e por cima a mussarela. Aí era só colocar no forno e ficava pronto em dez minutos. Por um lado é bom porque é algo bem prático, mas por outro é ruim pois hoje quando fui comer uma as seis e meia da manhã o gosto pareceu me enjoar um pouco.

Agora você deve estar se perguntando o que eu estava fazendo comendo mini-pizza as seis da manhã. Meu horário biológico anda uma bagunça e isso esta sendo horrível. Eu só tenho aulas no cursinho à noite e depois que volto fico acordado sem ter nada pra fazer e geralmente vou dormir as seis ou sete. Na verdade eu deito na cama as cinco, mas sempre tive um péssimo problema para pegar no sono, então fico rolando de um lado para o outro e assim passa uma hora ou mais até ouvir o despertador no quarto da minha mãe quando eu sei que já são seis horas, ai ela acorda e vai tomar banho e depois meu irmão acorda para se arrumar para ir para o colégio e eu levanto para conversar um pouco com a minha mãe porque não ia conseguir dormir com a barulheira de chuveiro e conversas que tem aqui todas as manhãs.

Ai depois que eles vão embora lá pelas sete eu deito na cama e espero o sono vir, o que dessa vez já mais cansado só demora uma meia hora. Então quando eu acordo e ligo o computador vejo no relógio que já são quatro e meia da tarde, em média. Então fico um tempo ali a toa. Depois como alguma coisa, como nos últimos dias as mini-pizzas tem sido a bola da vez, depois tomo banho e vou para o cursinho, onde geralmente mato parte das aulas ali na frente fumando e conversando com o pessoal. E essa rotina estranha me faz ficar sem sono na madrugada e começa tudo de novo.

A minha estratégia para mudar em partes essa rotina até que é simples. Eu preciso achar uma escola ou professora de inglês particular e de espanhol também. Assim eu resolvo o problema de não ter o que fazer as tardes. Também estou pensando em voltar pras aulas de baixo e ver se aprendo alguma coisa, e continuar nas aulas de gaita que tem evoluído na medida do possível. Por fim é só me dedicar mais ao cursinho e parar de matar tanta aula. Assim eu posso ir dormir todo dia mais facilmente e continuar acordando meio-dia sem alterar meu estilo de vida preguiçoso e nem me sentir um completo ocioso & vagabundo.

terça-feira, agosto 07, 2007

Não quero falar sobre isso agora

Duas e meia da manhã. Estou com fome. Desço ao andar de baixo de casa e vou até a cozinha. Preparo uma mini pizza com molho de tomate, queijo, tomate e peito de peru.
Enquanto a coloco no forno faço dois pequenos filés de frango na pequena churrasqueira elétrica.Dez minutos depois e tudo esta pronto. Coloco no prato e abro a geladeira. Não tem coca, estou com preguiça de fazer suco. Pego um copo de água e vou para a frente da TV.

Ligo e troco os canais. Na Globo o programa ordinário de Jô Soares. No sbt um filme ou seriado sem pé nem cabeça, pelo menos pra mim que não costumo conhecer esse tipo de coisa. Volto para a Globo e assisto ao final da entrevista do Jô com uma mulher baixinha e feia que nunca vi na vida.

Beijo do gordo, o programa finalmente acabou. Fico em frente a TV para ver o que vem na seqüência enquanto como o final da mini-pizza. Vinheta de filme, abertura de filme indicando ser cinema nacional. Eu gosto de cinema nacional. Se for pornochanchada melhor ainda. Começam os créditos. O filme se chama “Não quero falar sobre isso agora”. Título sugestivo, gostei.

Evandro Mesquita faz o papel de um malandro aspirante a escritor e sonhador que é chutado pela namorada milionária que o sustentava, assim ele é obrigado a dar a cara a tapa e tentar algo na vida. Sonha em ser um grande escritor e seu roteiro sempre é rejeitado pelo diretor da rede de televisão que o trata com desprezo. Vai morar de favor com uma amiga gordinha simpática, como o mesmo diz.

Acaba pegando carona com um traficante sem saber disso. No caminho uma perseguição da polícia começa e o trafica manda ele fugir com um grande pacote de cocaína e diz que vai buscar depois. E o cara vai preso, e ele fica com a droga e deixa lá guardada. E ai o filme vai.Conhece uma mina interpretada pela Marisa Orth. Se apaixona, namora com ela. Continua sem arranjar emprego. Continua sem grana. Decide vender a droga para levantar algum após ver que o traficante havia sido condenado a 25 anos de prisão. Divide em um monte de papelotes e vende por ai. Faz uma boa grana.

Amigos do traficante voltam para cobrar a pedra. Estão prontos para matá-lo quando a polícia prende todos. Se salva pagando cervejas para o delegado. Tudo isso num contexto humorístico. Ele ainda sonha em ser escritor, mas decide partir para a música e compra uma guitarra com a grana que levantou. Depois troca a guitarra por uma máquina fotográfica e monta um pequeno estúdio ali no apartamento mesmo. Também não da certo.

Policiais corruptos vem para pegar a droga para o traficante principal. Reviram o apartamento inteiro e não acham nada. Levam a grana que acham, mas ele havia escondido um outro montante. Decide fugir. Da parte da grana para a amiga e pega um veleiro com um amigo francês. Acaba indo parar em Nova York. No Rio de Janeiro o traficante sai da cadeia sabe-se lá como e volta para cobrar a divida. O final termina com a amiga gordinha lendo um postal dele com a paisagem de Nova York enquanto esta deitada abraçada ao lado do traficante.

O filme acaba e os créditos começam a descer. Vou lendo sem compromisso. Um monte de nomes de produtores, assistentes disso e daquilo, diretores de sei lá o que. Quase todas as músicas por Evandro Mesquita. Então os créditos estão acabando e no último nome, quando eu já havia me perdido, pois ninguém lê créditos com atenção eu consigo visualizar a tempo escrito: John Fante – Sonhos de Bunker Hill.

Corta e vai para os comerciais para começar a próxima atração. Fiquei perplexo. O filme era bom, nada de excepcional, só bom. Ainda mais pra um filme nacional. Mas fiquei curiosíssimo pra saber o que um dos livros mais legais do Fante estava fazendo ali no final dos créditos. Provavelmente um dos livros em que o roteirista se inspirou para fazer. Procurei na internet e não achei nada sobre. Só descobri o ano do filme, duração, sinopse e que foi a primeira parceria da Marisa Orth e do Evandro Mesquita. A outra foi em “Os normais”.

Já são 04:26 e não estou com sono. Acho que troquei o dia pela noite. Droga. Não quero falar sobre isso agora. Grande título. Vou lá tentar dormir.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Manic Street Preachers - Everything Must Go

Uma música maravilhosa de uma banda incrível e que eu não paro de escutar ultimamente.


And I just hope that you can forgive us
But everything must go

And if you need an explanation
Then everything must go

Sorte

Nesse final de semana eu descobri que se você tiver sorte pode ficar bêbado pracaralho com mais ou menos 15 reais.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Manias bizarras

Eu estava tomando coca-cola agora a pouco num daqueles copos de requeijão que tem desenhos no copo e esse mais especificadamente tem escritos em japonês e eu nunca gostei disso nos copos, como também nunca gostei daqueles com pinturas de Portinari e nem dos que tinham elefantes e coisas parecidas e então comecei a pensar sobre várias manias bizarras que eu tenho como essa que me fez pensar sobre isso.
Pra mim copo tem que ser liso, me da uma agonia ver esses copos de requeijão com desenho. Eu até consigo tomar, como estou fazendo agora, mas se tivesse algum liso limpo eu com certeza escolheria o liso.

Outra coisa que também me causa desconforto é comer com talheres de cores diferentes. Eu já fiz isso várias vezes, mas acho terrível e já cheguei ao ponto de lavar uma faca ou garfo só pra comer com eles de cores iguais.
Eu devo ser louco mesmo, ou talvez eu tenha uns TOC's como o Joey Ramone tinha. Mas acho mais provável que eu seja louco mesmo.

Solitários fodidos

A sensação de solidão é uma das coisas mais terríveis que existem. É como se as paredes fossem suas únicas companheiras para todo o sempre.
Vou ficar deitado na cama o resto dos meus dias. Vou ficar no balcão de um bar o resto dos meus dias só esperando tudo acabar. Quem dera eu pudesse.

Estão todos sorrindo, xorando e vivendo. E aqui estamos nós, os solitários fodidos. Sempre com um copo na mão e uma ferida no coração. Como fantasmas se arrastando por aí.

Sad note

As coisas tendem a dar errado e parece que mesmo se elas derem certo ou não derem errado eu vou me sentir um fracassado de todas as formas, porque essa é a minha natureza derrotada e eu não consigo fugir disso. Quando eu acho que passou e que agora eu não vou me deixar abater com pequenas coisas sou logo atacado por uma espécie de transtorno que acaba comigo e me faz ir do céu para o inferno em questão de minutos.

Pra onde todas as pessoas estão indo? Eu não sei pra onde eu estou indo e acho que não estou indo para lugar nenhum. Só fico aqui parado enquanto esse turbilhão de sentimentos ridículos e tristes batalha dentro de mim e eu me sinto alguém realmente ruim. Talvez eu realmente seja alguém ruim e isso é muito, muito ruim. Posso me privar do convívio com as pessoas, já me basta sozinho com toda essa loucura que nunca vai passar.

Ou nada disso importa, nem sei realmente o que é o céu e muito menos o inferno, talvez esse sofrimento não seja merda alguma perto de outras pessoas, ou talvez seja uma desgraça perto de outras.
Só queria que as coisas fossem diferentes, mas tenho a triste impressão de que tudo vai ser a mesma coisa para sempre e por mais que eu lute contra isso nada vai mudar, é o meu destino fadado ao insucesso.

Listen to my heart

Next time I'll listen to my heart
Next time, well I'll be smart
Next time I'll listen to my heart
Next time, well I'll be smart

That girl could still be mine
but I'm tired of the hurt
Tired of tryin'
I'm tired of the pain
Tired of tryin'
I'm tired of cryin'

I'll follow the sun

Às vezes só de ouvir a voz do Paul Mccartney já me da um certo alívio. Foi o que aconteceu agora pouco enquanto eu escolhia um dos discos dos Fab4 pra ouvir e não sei porque minha intuição me mandou escolher o For Sale e logo quando começou No Reply eu já senti uma calma muito boa. E depois I’m a Looser, que é a música do disco que esta na minha cabeça a muito tempo e que eu estava precisando ouvir, mas não gosto de ouvir discos picados, mesmo fazendo isso muitas vezes por dia, minha preferência mesmo é de escutar discos inteiros. É mais legal, você presta mais atenção nas músicas e cada disco tem uma história e uma pegada diferente. Por mais parecidos que sejam cada disco é realmente único e vale a pena escutar todos eles de todas as suas bandas preferidas.

Parece que quando você esta sozinho nunca aparece ninguém pra te fazer companhia e de repente tenho a impressão de que surgem pessoas de uma hora pra outra, como se o fato de achar que ficaria sozinho para sempre a alguns dias atrás não interferisse em nada nisso.
Eu não sei se é destino, acaso, sorte, azar ou qualquer coisa do tipo, mas que minha vida tem uma maneira esquisita de seguir isso é. Parece uma montanha russa esquisita em que as vezes só vai reto, em outras desce como inferno e então sobe como nunca pra de repente dar um looping e deixar tudo de cabeça pra baixo. Que merda isso que eu falei agora.

Minha mãe teve o bom senso de me comprar uma cama nova e ela comprou uma box, aquelas que tem dois colchões um em cima do outro e uns pézinhos pequenos embaixo. O grande problema que eu só descobri quando a cama chegou é que ela é ortopédica e dura pracaralho. Minha mãe é foda, só porque ela tem problemas de coluna e gosta desse tipo de colchão todo mundo tem que gostar. Eu não suporto colchões totalmente moles mas também odeio esses duros e ortopédicos do caralho. Vou colocar um colchão normal em cima e acho que vai ficar bom pra dormir. Quem sabe já não ajude nos meus problemas de insônia ou sei la o que é isso.

Alguém de vocês ai já ouviu Slade? Bom eu não sei porque eu faço perguntas no blog, porque no final quase ninguém comenta mesmo, mas se pelo menos tiver alguém lendo aproveita essa dica e vai ouvir Slade. Puta que pariu, é rock pra ninguém botar defeito. Não é a toa que os caras são considerados o pai do Glam Rock. Tem umas baladas lindas e umas músicas mais agitadas que são animais, isso sem contar o visu legal deles.

Eu não vou falar que os Beatles são gênios porque isso é chover no molhado, mas é que agora começou a tocar I’ll Follow The Sun e me deu uma paz de espírito muito boa. Algumas pessoas tem o poder de mexer com você por uma música, quando isso acontece comigo eu tenho a certeza de que são gênios, e isso acontece consideráveis vezes na minha vida.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Top - 07

Hoje enquanto eu assistia a uma aula de biologia no cursinho eu estive pensando sobre alguma coisa para fazer quando chegasse em casa e isso coincidiu com o fato de eu lembrar que estamos no dia 1 de Agosto e acabamos de fechar o mês de Julho, que pensando por lados otimistas até que foi um bom mês para mim.
Então de acordo com isso e com a minha falta de atenção na aula & sono, espalhado na carteira eu decidi que poderia fazer uma consideração de cada mês que passou no começo do próximo e assim por diante a qual eu carinhosamente e originalmente vou chamar de Top. Não entendeu? Ok, eu explico de novo.

Resolvi fazer uma lista para as coisas que marcaram o meu mês. Eu ainda não faço a mínima idéia de que itens vou colocar ali, mas começando pelos básicos filme, livro e música acho que já esta de bom tamanho. Se mais pra frente eu tiver alguma outra idéia eu vou simplesmente colocando, e se alguém quiser dar uma idéia vai ser bem-vinda.

Então começando esse mês de Agosto lá eu vou fazer minha lista de coisas que marcaram o mês de Julho. Não vão ser 5 itens como as listas do Alta fidelidade porque aquilo já é bastante clichê e eu dificilmente assisto 5 filmes por mês, e quando assisto não consigo me lembrar, esse vai ser um problema. Lá vai:


Filmes: Quando estava lá em SP com o Hermano e o tio dele tinha vários dvds e nós assistimos um monte deles, mas como eu já devo ter dito e se não disse ainda digo agora, eu não sou um grande fã de cinema e se você perguntar qual meu filme preferido eu provavelmente vou estar numa situação embaraçosa. Então como eu ia dizendo assistimos um monte de filmes hollywoodianos e o único que eu achei consideravelmente legalzinho foi aquele Letra e Música com a Drew Barrimore e o Hugh Grant. Uma comédinha romântica ou sei lá que gênero é aquele, mas tinha umas musiquinhas pops legais e no final como de praxe eles ficavam juntos num momento clímax e bla bla bla.

Mas o grande campeão do quesito filmes desse mês de Julho foi sem dúvidas o filme “Eu transo, ela transa”. Numa madrugada em que resolvemos não sair compramos algumas cervejas e ficamos la assistindo a Tv a cabo e procurando algo que prestasse na madrugada até parar no maravilhoso canal Brasil e achar esse incrível pornochanchada de 72.


Livros: Essa é fácil de responder. Rodando pela Fnac em SP comprei dois pocket books da Lp & m, um deles o clássico "on the road" que eu ainda não tinha na minha minúscula coleção pessoal e o outro foi o "notas de um velho safado" do Buk.
O livro é a reunião dos textos que ele fez para o jornal independente OPEN CITY com várias crônicas, frases e notas desse maravilhoso velho safado. Altamente recomendável pra você que perde seu tempo aqui.


Músicas: Essa vai ser sem dúvida a mais difícil de responder.
O disco solo do Chris Bell (ex-Big Star) “I am the cosmos” é um que eu não parei de ouvir. Têm umas baladas muito boas e lembra o Big Star em muitas músicas, sem deixar a desejar em nada.

Outras bandas que comecei a conhecer agora mas que merecem ser citadas são Buffalo Springfield, Crosby, Stills, Nash & Young, Badfinger, Raspberries. Todas do caralho.


Como agora são 04:35 da manhã e eu estou caindo de sono vou me recolher aos meus aposentos e amanhã dou uma geral nisso tudo. Mas vai ser mais ou menos essa merda ai.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Mais um dia de semana cretino

Pedi três reais pra minha mãe pra comer um lanche no cursinho alegando que estava com fome por ter almoçado pouco às 6 da tarde, pois tinha acordado as 5 e estava sem fome, o que era verdade, mas só uma desculpa pra usar o dinheiro comprando cigarros.
Então desci lá e encontrei alguns colegas, ainda faltava um tempo pra aula começar e fui até um bar que ficava próximo ao colégio. Cheguei lá e encontrei uns dois conhecidos do Potiguá e dessa cena londrinense. O balconista do boteco era um gordo com os dentes tortos. Tirei o dinheiro do bolso e pedi:

- Me da um maço de Marlboro light, por favor.
- O que?
- Marlboro light.
- Que que é isso?
- O cigarro, marlboro.
- Ahh, cigarro é 1,30.

Como o cara não sabia o que era marlboro light e o boteco era um boteco mesmo já deduzi que o cigarro de 1,30 que ele tinha lá era milhão ou algo parecido. Então sai e fui até o supermercado que fica logo ao lado do bar e em frente a rua do meu cursinho.
Entrei e andei um pouco. Pra entrar nos caixas ia ser uma merda. Tinha que selar a bolsa com um plástico lacrado que eles colocavam para não furtarem nada, encarar uma fila até o caixa e nesse tempo todo eu já teria perdido brincando uns 15 minutos. Então fui até a banca que ficava ali dentro do supermercado mesmo onde eu sempre parava para ler as matérias de capa dos jornais, especialmente as do jornal de esportes.
Entrei e uma menina estava lá parada atrás dum pequeno balcão com os cigarros todos atrás no suporte de vidro que ficava acima de sua cabeça. Joguei o dinheiro no balcão e disse:

- Um maço de Marlboro light, por favor.
- Você é maior de idade? Perguntou meio desconfiada.
- Sou. Quanto é?
- 2,80
Contei as moedas e paguei. Ainda sobravam uns 40 centavos.
- Tem fósforos?
- Não.
- Obrigado.

Sai de lá e fui pra aula. Encontrei o Pg e a Rafinha e matamos a primeira. Entramos e assistimos as duas aulas de geografia seguidas. Eram boas aulas, a professora falou um pouco sobre geo-política e depois sobre magma e interior da terra.
Fomos pro intervalo e fumei mais uns dois cigarros lá na frente enquanto conversava com o Pg. Voltamos pra aula de biologia, mais duas seguidas. O professor até que era um cara gente boa, mas a matéria era sobre composição dos ovos e era uma grande merda que não ia adicionar nada a minha vida. A Rafinha disse que estava com fome e saí com ela pra ela comer um lanche num lugar ali perto.
Voltamos pra frente do colégio e ficamos conversando enquanto eu esperava minha mãe chegar. Queria fumar mas não tinha fogo, só tinha emprestado os do Pg até agora.
Minha mãe chegou um tempo depois e voltamos pra casa. Tinha feito sopa e comi dois pratos. Subi pro meu quarto e fiquei na Internet. Peguei outro prato de sopa, fumei mais um cigarro e isso foi mais um dia de semana cretino.