terça-feira, julho 31, 2007

Tired of being lazy

Esse lance de ir dormir todo dia às cinco, seis da manhã e acordar as quatro da tarde do outro dia esta começando a me comprometer, porque hoje eu tive a façanha de acordar as 17:45 da tarde achando que fossem só duas e isso me deixou num estado psicológico bastante confuso.

Um dos problemas que eu sempre enfrentei foi uma dificuldade terrível pra dormir. Eu demoro pra dormir e quando pego no sono é difícil pra acordar e sair da cama. Você não imagina o quanto isso é ruim. Outro problema que eu venho enfrentando ultimamente é que minha cama esta toda desmontada e quebrada e eu uso um colchão fino feito artesanalmente pela mãe de um ex-namorado da minha mãe. Minha mãe até tentou pedir pro meu pai comprar uma cama box super fodona mas ele disse que como provavelmente ano que vem eu mude vai ser um dinheiro gasto a toa. Acho que vou tirar a cama do quarto e deixar o colchão no chão que vai ficar melhor.
Ai somando os fatos desse problema com o sono que falei acima, mais essa cama e colchão insuportaveis e o ócio pelo qual eu passo de não fazer nada o dia inteiro, só fico dormindo ou em frente ao computador durante o dia até de noite ir para a porcaria do cursinho, de onde volto e fico a madrugada novamente em frente ao computador sem fazer nada de útil alem de escutar músicas.

Eu estava pensando em umas coisas pra ocupar meu tempo, porque se eu ficar em casa de uma forma ou de outra vou acabar desperdiçando meu tempo em frente ao computador, então estava pensando na possibilidade de conversar com meu pai e ver se ele é afim de voltar a me pagar aulas de inglês e talvez eu possa começar a fazer umas aulas de espanhol e aproveitando o fato de que ele vai comprar o meu sonhado baixo que eu peço desde 2005 eu posso voltar com as aulas também e tenho também a aula de gaita e com isso acho que meu tempo vai estar devidamente ocupado e produtivo e não vou mais ter tempo para desperdiçar aqui.

É claro que ficar aqui é legal em alguns momentos. Eu vivo baixando discos, ouvindo músicas boas e conversando com pessoas legais, mas até elas tem suas vidas e devem ficar aqui em frente por duas, no máximo três horas diárias, o que pensando bem é o essencial.
Já eu, um desocupado & preguiçoso em potencial acabo ficando aqui uma média de sete ou oito horas diárias, com o tempo de nerdice só interrompido pra comer, tomar banho ou ir ao maldito cursinho.

I am tired of being lazy, so tired.

segunda-feira, julho 30, 2007

Volta as aulas

Depois de duas semanas sem aulas do cursinho voltei hoje e tive a certeza absoluta de que eu não nasci para ficar em salas de aula. Ver todos os professores tentando ensinar todas aquelas matérias chatas e todos aqueles alunos querendo entrar na UEL como se fosse a coisa mais importante do mundo e como se uma faculdade pudesse os transformar em alguém realmente importante e legal.

Eu não dou a mínima para a UEL nem dou a mínima para fazer nenhuma outra faculdade e nem acho que isso torne as pessoas melhores ou piores que as outras. Só estou fazendo essa porcaria de cursinho para ter uma desculpa para ir para SP e me livrar dessa cidade e de todas essas coisas que me deixam deprimido dia após dia.

Saturday night at home

Era uma noite de sábado de julho realmente fria em que eu estava deveras cansado e tinha decidido ficar em casa, até um amigo me ligar.

- Alô
- Vamos pruma festa ai?
- Que festa?
- Na casa de uma menina, ela mandou chamar todo mundo que quiser. Só precisa levar bebida.
- Po meu, eu to zerado de grana.
- Relaxa, eu compro bebida pra gente levar.
- Ta. Beleza.

Desliguei e me arrependi de ter dito que ia logo depois. Estava cansado pra valer, não tinha um puto no bolso e do jeito que dois mais dois são quatro esse negócio de levar as bebidas ia dar algum rolo. Estava sem grana até pra voltar de ônibus. Liguei de volta pra dizer que tinha desistido mas ninguém atendia. Liguei pra outro amigo e pedi pra ele dizer que eu não ia.
Então voltei para minhas músicas. Era uma noite de sábado em casa mas eu me sentia realmente bem. Tinha Lou Reed no rádio, pizza na mesa, alguns filmes para assistir e algumas latas de cerveja na geladeira. Também tinha uns três cigarros que haviam sobrado da noite passado. Eu não costumava fumar, mas na última noite da sexta para o sábado resolvi comprar um maço e fumei quase inteiro.
Então fiquei um tempo ali no meu quarto ouvindo a música e tomando as latas de cerveja. O “Sally can’t Dance” do Lou Reed soava muito bem. Eram uns momentos assim em que você percebia que o cara era um gênio. Depois ouvi algumas faixas do “Berlin” e parte do “December’s Children” dos Stones. Acabei com as cervejas e com os cigarros também.
Assisti um dos filmes e não gostei. Não gostava muito de filmes e dificilmente saberia responder se me perguntassem qual era o meu favorito. Todo esse lance de cinema também não era comigo. Geralmente não gostava dos finais, eles geralmente estragavam todo o resto do filme por melhor que fosse, salvo algumas raras exceções. Raríssimas aliás.
Voltei pro meu quarto. Já passavam das cinco da manhã. Li um pouco do “Notas de um velho safado” do Bukowski e fui dormir.

domingo, julho 29, 2007

Home, boy.

Eu nunca imaginei que um sábado a noite em casa pudesse ser tão bom. Tenho algumas latas de cerveja, tenho pizza, tenho Lou Reed, tenho alguns filmes para ver e tenho Bukowski para ler.

Ontem foi aniversário de um dos caras mais legais que eu já tive o prazer de conhecer. Faz pouco tempo que virei amigo do Pedrão, mas ele já mostrou que é amigo de verdade e toda vez que saio com ele reforço mais essa idéia.

sábado, julho 28, 2007

Coadjuvante de um filme em preto e branco

Eu estou realmente infeliz com o rumo que as coisas estão tomando. Cansei de ser aquele cara que fica sempre sozinho ali num canto bebendo e esperando que algo aconteça. Cansei de tentar esperar uma solução cair do céu enquanto todas as outras pessoas tem coisas legais para fazer e para falar e eu vivo a vida como um coadjuvante sem importância num filme em preto e branco onde no final eu provavelmente vou ser o personagem que ninguém vai lembrar o nome no final e nem saber porque estava no filme.

Estão todos tentando ser alguém e todos realmente vivendo a vida como ela deve ser vivida enquanto eu apenas existo e passo a semana sem fazer merda alguma, apenas lamentando sobre tudo e aguardando ansiosamente o final de semana chegar para que eu possa gastar toda a minha misera mesada num bar qualquer onde eu vou continuar lamentando qualquer coisa e enchendo de merda os ouvidos de quem esta perto de mim.

Um tempo sozinho também não seria nada mal. Eu podia ficar com minhas garrafas de cerveja num canto qualquer, sem querer ser nada pra ninguém, sem querer impressionar ninguém e nem atrapalhar ninguém.

sexta-feira, julho 27, 2007

A melhor noite por lá

Então nós estávamos ali, em uma das maiores livrarias da cidade e uma das maiores em que eu já havia estado na minha vida. Até ali minha viajem não tinha sido nada demais, exceto por uns acontecimentos terríveis que jogavam meu humor lá embaixo, mas isso fica pra outra história.
Rodamos um pouco pela sessão de dvds e encontrei o dvd do Trainspotting por 15 reais. Subimos para a parte dos livros. Procurando os preferidos, os pockets da Lp & M na mesma prateleira giratória de todas as bancas e livrarias do país. Olhei um pouco e achei “on the road”. Boa oportunidade, já tinha achado outras vezes mas 20 reais em Londrina é muito, pode significar a noite num bar, mas como estava viajando em São Paulo era um ótimo preço para levar esse clássico que tempos atrás havia aberto minha mente para um novo mundo. Ou eu to mesmo viajando, o que importa é que agarrei o livro e continuei andando e procurando outras coisas.
Nesse tempo o Hermano achou os do Fante. “A caminho de Las Vegas” e “Espere a primavera, Bandini”. R$ 31 cada. Me deu uma vontade tremenda de levar o caminho de Los Angeles, era o primeirão dele e eu ainda não tinha lido. Andamos mais um pouco vendo uns livros curiosos. Livros sobre os melhores discos de todos os tempos, sobre os mais vendidos de cada década e por ai vai. Voltei a sessão de pockets e encontrei alguns Bukowski. Peguei o “notas de um velho safado” e levei também. Hermano decidiu levar o “Caminho de Los Angeles”.
Perambulamos pela parte dos discos. Todos dos Stones, todos dos Beatles, alguns do Rod Stewart e um monte de outras coisas legais. Achei o “All the Young Dudes” do Mott The Hople por 70 e poucos reais. Sem chances e sem dinheiro no bolso.

Pagamos e saímos. Liguei pra uma amiga e fomos nos encontrar na rua dela. Não foi tão difícil de achar, exceto pelo fato de que eu entendi o nome da rua errado, mas com o mesmo final, e logo achamos. Ruazinha pequena e tranqüila, alguns malacos aqui e outros acolá fazendo seus corres, mas sem nem mexer nem notar a nossa presença ali. Se fosse em Londrina há essa hora provavelmente já estaríamos só de cuecas. Uma pizzariazinha pequena, em que as pouquíssimas mesas ficavam na calçada. Eram duas, no máximo três mesas que apertadas ali em frente faziam a clientela da pizzaria. Mas também tinham os entregadores, o que devia ser o forte deles pois dava pra ver que os motoqueiros saiam e voltavam com mais freqüência. Pedimos e comemos tomando cerveja. Acabamos e continuamos tomando cerveja.

Ela chegou um tempo depois. Sua filhinha era linda, e ela era mais bonita do que eu esperava. Compramos umas cervejas e subimos no prédio antigo e grande, com apartamentos grandões e legais, alguma semelhança com aqueles prédios antigos dos filmes americanos.
Seu apartamento era ótimo, cheio de pôsteres legais, rabiscos da menina na parede e um sofá vermelho legal. E do lado desse uma estante com os discos e livros, todos de excelente bom gosto.
Ela colocou o som pra tocar. A primeira música que ouvi foi Yesterday’s numbers. Não podia ser outra, não mesmo.
Fiquei brincando com sua filha. A menina era incrível. Tinha lá seus quatro anos e era bonitinha demais. Me apresentou todos os seus brinquedos, todas suas bonecas, todos esses devidamente batizados com ótimos nomes.
Contei uma história pra ela dormir mas ela não dormiu. Foi a história da pequena sereia num livro que ela tinha por lá. Depois voltei pra sala e ficamos conversando. Ouvimos Lou Reed, Big Star, depois Johnny Thunders e ai os Stones. E mais Stones, e cantamos Stones bebendo cerveja. It's all over now, she'll never break this heart of stone. Fazia tempo que não me sentia tão bem assim.
Pegamos o táxi e voltamos pra casa enquanto a chuva caia pela cidade naquela noite de terça-feira e as pessoas dormiam esperando o dia de trabalho seguinte enquanto outras entornavam seus copos e garrafas num canto qualquer.

Do it yourself

São Paulo é a melhor cidade em que eu já estive, mas eu sou o mesmo em qualquer lugar do país e provavelmente em qualquer lugar do mundo. E é horrível ser eu mesmo.
Espero que as coisas mudem, só depende de mim, não é facil, é dificil, mas não é impossivel.

Levante e vá atrás das coisas que você quer, já deu essa lenga-lenga de ficar reclamando sozinho. O tempo esta passando, seu tempo esta passando, ninguém vai te ouvir. Prove a todos que você não é um fracassado, prove a você mesmo que você não é um fracassado, não deixe que o tempo passe e eles tenham motivos para olhar e dizer que já sabiam que você não ia chegar a lugar nenhum, portanto vá e faça você mesmo - do it yourself.

quinta-feira, julho 26, 2007

Carta fora do baralho

Olho pela sacada do 7o andar do apartamento do tio do meu amigo, onde estamos hospedados na Vila Mariana em São Paulo, passando as férias do meio do ano.

Lá embaixo o trânsito flui tranqüilo apesar da chuva que caiu quase o dia inteiro na terra da garoa.

Eu continuo sentado em frente a mesa de vidro da sala de jantar, com papel e caneta na mão me sentindo uma carta fora do baralho. Descartado sem utilidade alguma.

Apanhador

Eu queria ser como Holden Caulfield, mas na verdade, eu era como eu mesmo.

E isso era péssimo.

Enxergando

Sentado num bar qualquer do bairro da Consolação em São Paulo, finalmente enxerguei o motivo do meu drama pessoal, e ele era tão simples de ser enxergado mas tão difícil de ser curado.

O motivo era de que eu sempre havia querido ser um dos melhores mas não conseguia passar de mediano em todas as coisas. Eu queria ser um vencedor, mas era um perdedor, ou talvez eu era apenas um dos esquecidos no meio de tantos outros sofredores. E esta era a pior parte.

No fundo mesmo eu enxerguei que eu era apenas um garoto frustrado tentando ser importante para alguma coisa ou para alguem.

domingo, julho 22, 2007

Cemetry Gates

Deus do céu, porque tudo insiste em dar errado? Eu devo ter feito algo de muito ruim em outra vida pra tudo isso acontecer comigo. As vezes eu apenas superestimo os sofrimentos, vejo tantas pessoas passando por coisas piores e lutando dia a dia, mas eu sou um fraco e não consigo suportar.

Tudo me parece tão triste, eu me sinto realmente enjoado. As coisas não são como deveriam ser, as coisas definitivamente não são como deveriam ser e eu não sou como eu deveria ser. Mas afinal, como eu deveria ser?

Pessoas andando na calçada. Elas parecem felizes e isso quebra meu coração em centenas de pedaços. Eu só queria ser feliz como elas e ter um motivo pra andar por ai numa noite fria com um cachecol legal enrolado no pescoço, um sorriso no rosto e uma satisfação pessoal, deixando o vento bater no meu rosto me fazendo alguem feliz por alguns momentos de solidão.


The Smiths - Cemetry Gates

So we go inside and we gravely read the stones
All those people, all those lives
Where are they now ?
With loves, and hates And passions just like mine
They were born
And then they lived
And then they died
It seems so unfair
I want to cry

Does Anybody want to take me home?

A minha sina é sofrer,

mas pelo menos alguem me entendeu e conseguiu dizer isso numa música maravilhosa.


Ryan Adams - Anybody Want To Take Me Home?

So, I am in the twilight of my youth
Not that I'm going to remember
And have you seen the moon tonight
Is it full?
Still burning its embers
The people dancing in the corner, they seem happy
But I am sad
I am still dancing in the coma of the drinks I just
had
Does anybody want to take me home?
Does anybody want to take me home?
Take me to your house, and I'll leave you alone
Of course I will
Of course I won't
It seems so tragic... but it disappears like magic
Like magic

Can you recommend an education or drugs
Because I am bored with you already
I'm on Broadway, and I think it's a parade
I'm covered in pieces of confetti
And I am in the twilight of my youth
Not that I am going to remember
Dancing and slowly finding the truth
And it's covered in coma
All of these people in my life, well they seem so in
love
Well, I am not
Memorizing my shoes in a cigarette shop
Does anybody want to take me home?
Does anybody want to take me home?
I'm kinda lonely, will you take me home?
Of course you will
Of course you won't
Of course I'm crass
It seems so tragic
Of course you will
Of course you won't
But I'll disappear
I'll disappear
Just like magic
Just like magic
Just like magic

quarta-feira, julho 18, 2007

Viajando II

Graças a Deus e a muito mel com própolis, cobertor e ócio eu melhorei consideravelmente da minha gripe e vou viajar hoje à noite para São Paulo com o Hermano, onde ficaremos na casa de seu tio até domingo ou segunda e aproveitaremos para sair e aproveitar umas noites por lá, e principalmente nos ausentar de Londrina.
Nos desejem boa viajem.

segunda-feira, julho 16, 2007

Yesterday's hero


Acordei com uma música dos Bay City Rollers na cabeça, Yesterday's Hero do Dedication, terceiro álbum da banda. Não entendo o fato da grande maioria das bandas que eu gosto serem tão desconhecidas. Essa banda é incrível, essa música é incrível.
Eu conheci ela através do Coração envenenado, livro do Dee Dee. Lá no começo ele diz sobre as bandas que gostava na sua adolescência, e os Bay City Rollers estavam entre elas.
Como um bom curioso fui atrás da banda e - Putz, gostei demais. Também descobri algumas coisas curiosas sobre eles.
Os caras são da Escócia e a banda teve seu auge no cenário pop no meio da década de 70, na época esse período foi apelido de Rollermania. Depois seguindo a lei da física que tudo que sobe, desce (com exceção dos Beatles, não cometer heresia) desceram com a mesma rapidez da subida ao topo. Os motivos da decadência são muitos, entre eles coisas como envolvimentos com drogas, problemas nos pagamentos dos direitos autorais e outros problemas sociais que deixaram “esquecida” essa maravilhosa banda de pop, que agora ressurge nas minhas caixas de som em dias chuvosos em que eu estou gripado como hoje.

E ontem de madrugada enquanto a chuva caia e eu tentava fazer passar meu resfriando assoando o nariz e aumentando o monte de papéis usados ao meu lado eu decidi que quando voltar das férias eu vou tentar fazer algo de útil alem de ficar no computador o dia inteiro. Sempre penso no tempo em que eu perdi e provavelmente vou lamentar esse tempo perdido no futuro, então vou lutar com todas as minhas forças pra fazer algo que preste, menos estudar porque isso é uma coisa que eu definitivamente não consigo.

Então vou ver se dedico meu tempo aprendendo aos instrumentos, ou se volto a fazer aulinhas de inglês e/ou começo as de espanhol. O que eu sei é que eu preciso aproveitar mais meu dia e fazer valer aquela frase clichê que todo mundo diz quando quer pagar de fodão falando latim: Carpe Diem, é disso que eu preciso.

Se bem que nesse inverno in vino veritas também não seria nada mal.

Que a vida comece

Eu quero que esses anos passem logo. Que essa adolescência vá embora e leve com ela todos esses problemas ridículos e todas essas preocupações desgraçadas. Ninguém se importa com você, ninguém jamais vai se importar com você fora você mesmo, e ai é a parte difícil. Eu não consigo dar a mínima pra mim. Eu não ligo para o que vai me acontecer no futuro, por isso eu quero que esses anos vão embora o quanto antes.
Então os leve daqui e me deixe em paz, eu vou ficar bem, eu vou ficar bem, eu não vou ficar bem. Mas isso também não é da sua conta, nem mesmo da minha. Eu estou caído por ai, não tente me levantar, eu agradeço sua boa vontade, mas eu preciso fazer isso sozinho.
Eu preciso que isso acabe, que tudo acabe, que algo acabe, que algo comece, que a vida comece.

domingo, julho 15, 2007

R.I.P Johnny

Eu lembro que quando eu estava na 3ª ou 4ª série uma garota da minha sala fez uma festa de aniversário e só chamou algumas pessoas e eu não estava incluído. Eu só fiquei sabendo disso alguns dias depois e ela justificou dizendo que sua mãe não queria que muitas pessoas fossem a festinha. Lembro que aquilo literalmente acabou comigo.
Eu me achava alguém legal para ser convidado em uma festinha, mesmo que particular, mas eu percebi que não era um dos selecionados e que não era tão legal quanto pensava.
Hoje 7 ou 8 anos depois eu tenho essa sensação de novo as vezes. Percebo que minha vontade de ter algumas pessoas perto de mim não é recíproca. Aqueles que eu considero meus amigos não costumam ligar me chamando pra sair, com raras exceções, e eu me sinto exatamente igual quando descobri que não era um dos convidados da festa.
Me sinto um inútil e sinto que minha presença não é desejada e minha falta não é sentida nos lugares, e que eu penso em algumas pessoas mais do que elas pensam em mim.

Ontem foi uma noite legal. Jogar war de madrugada bebendo cerveja foi bom. Pena que meu resfriado só tem piorado cada vez mais, é terrível. Estou um caco agora e estou com medo de passar minha única semana de férias gripado em casa, o que eu já tenho feito durante o ano inteiro.


Hoje é aniversário de uma das pessoas mais importantes da minha vida. Eu não tive o prazer de conhecê-lo e nem de saber como ele realmente era, ou de ter qualquer contato com ele, mas suas letras e melodias já me fizeram um bem tão imenso que é difícil de explicar.
Se estivesse vivo hoje John Anthony Genzale Jr, o Johnny Thunders, completaria 55 anos. Uma carreira brilhante interrompida pelo vício em heroína.
Se eu tivesse oportunidade de encontrar com ele hoje em dia acho que eu ia simplesmente dar um abraço apertado e dizer em uma só frase que ele foi muito importante pra mim. Esteja onde estiver, os seus fãs aqui da terra vão ser sempre gratos por alguém de tamanha genialidade ter existido e deixado um legado maravilhoso para nós fãs.
Descanse em paz, Johnny.





I Only Wrote This Song For You - Johnny Thunders

I only wrote this song for you
It's about the way I feel

Oh you, you made my life
Oh you, you made everything alright
You took away my tears
You gave me new ideas
And now you're gone

Don't go away

Oh I, I was so fine
Remember when we drank wine
I'm sorry we never had a home
But baby I feel so alone
And don't go

Don't go away

Now there's so much pain
Without you
Now life doesn't seem
The way it used to
I'm so sorry
Let me make it up to you
I'm sorry, I'm sorry, I'm sorry

I wanna spend my life with you
I don't want nobody else but you
Can you see that I love you?
Don't go

Don't go away
Don't go

Don't go away
Don't go

Don't go away

Oh you, you made my life
Oh you, you made everything alright
You took away my tears
You gave me new ideas
And now you're gone

Don't go away

Oh I, I was so fine
Remember when we drank wine
I'm sorry we never had a home
But baby I feel so alone
And don't go

Don't go away

Now there's so much pain
Without you
Now life doesn't seem
The way it used to

I'm so sorry
Let me make it up to you
I'm sorry, I'm sorry, I'm sorry

I wanna spend my life with you
I don't want nobody else but you
Can you see that I love you?
Don't go

Don't go away

Don't go
Don't go away

Don't go
Don't go away

sábado, julho 14, 2007

Dia mundial do rock

Passei o dia mundial do rock (ou seria a noite?) bebendo cerveja e depois tomando vinho e ouvindo Tommy Stinson na casa do Hermano. O mais engraçado foi que ele dormiu no chão do escritório da casa dele e usou uns documentos da madastra dele de travesseiro.
Dormimos até as cinco da tarde hoje. Fazia tempo que eu não dormia assim, acordei sem nenhum sinal de ressaca e almoçamos tomando outro vinho.

Depois vim pra casa e minha mãe saiu para comprar umas coisas no supermercado. Um tempo depois o namorado dela liga aqui e fala que bateram no carro dela e ia ter que ser guinchado. Agora ela vai ficar 1 mês sem carro e isso significa que eu vou ficar 1 mês só andando de ônibus.
Eu já ando quase que diariamente, mas pelo menos ela me buscava no cursinho e me levava em alguns lugares as vezes, mas agora durante esse mês só vou contar com o ônibus da "grande" Londrina ou apelar pra boa vontade do meu pai, que mora do outro lado da cidade.

Então eu fico mal, depois fico bem, e depois mal de novo e por ai vai. É sucetivo e cansativo e parece que não vai acabar nunca. Eu sigo com o velho pensamento de que nada vai melhorar nesse ano e o melhor que eu tenho a fazer é gastar o tempo em vez de aproveita-lo. Mas ficar aqui esperando alguma solução cair do céu também não é bom. Preciso me mecher e fazer algo acontecer.

sexta-feira, julho 13, 2007

Helpless

Queria ter algo pra me orgulhar, ou algo pra lutar, ou alguma força de vontade pra correr atrás das coisas e depois me sentir alguém importante e feliz por ter feito algo. Mas tudo sempre fica na mesma. Eu vou ficar sempre aqui sem fazer nada e as coisas vão continuar desanimadas e sem graça como sempre foram e como provavelmente sempre vão ser.
Eu vou de mal a pior, e quando eu falo isso não é da boca pra fora. Eu sempre tive esse espírito de decadência e sempre achei que nada fosse dar certo. Sou um pessimista convicto de que nada vai mudar, mas no fundo minha alma grita para que algo mude e me faça ter vontade de viver, para que algo me anime e me faça ser alguém, para que algo me deixe realmente feliz e que eu tenha motivos para caminhar por ai com um sorriso nos lábios.
Cansei de viver nas sombras, mas não tenho coragem de procurar a luz.


DGeneration - Helpless

I've been standing in the shadows
years since you were born
comic books and dirty looks
and protests on the lawn

I've been stranded on the freeway
and I've seen the Berlin Wall
I've been trying to make connection
but I still don't quite belong

helpless, helpless...

quinta-feira, julho 12, 2007

Gripado - o retorno

Esta começando a fazer frio. Isso é bom por um lado porque eu adoro frio, mas é ruim por outro porque já estou ficando gripado. Nesses últimos dias eu tenho acordado com a gripe piorando gradativamente, é horrível, ainda mais pela possibilidade de piorar ainda mais e não poder tomar cerveja no final de semana. Mas se essa desgraça acontecer eu vou apelar pro vinho ou pro conhaque Dimel.

E aquele Doni ridículo, o cara se adiantou uns três metros pra pegar o pênalti do Dios Lugano e o juiz nem mandou voltar. Mas agora vão pegar a albi-celeste e o Messi vai fazer outro gol antológico igual fez contra o México e contra o Getafe, além de um revival da final da libertadores com o Riquelme fazendo gol de falta. Chupa CBF!
E sábado a freguesia das galinhas continua, pode anotar ai a goleada tricolor. E tenho dito.

E em Brasília, Renan Calheiros:
“Terão que sujar as mãos para me tirar do Senado!".
O sujo falando do mal-lavado, é mole? Ê meu Brasil brasileiro.

quarta-feira, julho 11, 2007

De saco cheio

Eu estou saco cheio de tudo. De saco cheio de não fazer nada, e quando faço algo fico de saco cheio de fazer algo também. Estou de saco cheio de dormir e de saco cheio de acordar. De saco cheio de mexer no computador e de saco cheio de assistir televisão. De saco cheio de ir pro cursinho, de saco cheio de ficar sozinho e de saco cheio de estar acompanhado também.
Estou de saco cheio de ficar de saco cheio de tudo.

terça-feira, julho 10, 2007

Honky tonk night

Tive um final de semana familiar com churrascos, pizzadas e outras comilanças e bebedeiras com todos meus tios e os priminhos crianças, porque os mais velhos e que geralmente saem comigo estavam todos viajando e curtindo um frio em Campos do Jordão. Mas pelo menos sai pra beber com o Fernando, melhor amigo do meu primo mais velho, que é um metaleiro de quase 26 anos que já passou da fase de andar de preto e ser cabeludo e hoje é um cara normal que dá aulas de guitarra e sempre que estou lá em Sorocaba city nós saímos pra beber juntos.

E dessa vez não foi diferente. Então fomos beber num bar chamado “Bar da Fazenda” onde eu já tinha estado outra vez. Lugarzinho simpático, sem nada de mais nem de menos, só bom pra ficar tomando umas tranqüilo sem ninguém pra te encher o saco, e nem cobrar caro pra isso. E depois ele disse que iríamos a uma festa de peões encontrar seu amigo Palito. E lá fomos nós.
Chegamos no lugar e era um galpão aberto ao lado de uma casa de madeira grande e fechada, com todo esse lugar transbordado de gente por todas as partes. Um centro hípico que fazia festas para os cowboys, agroboys, peões e simpatizantes desse estilo roceiro. E lá estávamos no meio de todas aquelas pessoas de fivela, bota e chapéu dançando ao “melhor” do country e sertanejo.

Quando encontramos o tal Palito descobri porque ele tinha aquele apelido. Um cara magrelo pracaralho e alto, era engraçado e passava cantadas em todas as meninas que passavam próximas, desde as mais belas até as mais feias, passando pelas médias. Mas o que me fazia rolar de rir eram os xavecos que ele utilizava para chegar nelas, sem nenhum sucesso.
Depois andamos um pouco e quando entramos na casa de madeira lotada de pessoas dançando ao som da banda sertaneja que tocava ao vivo, o Fernando me disse que “estava se sentindo um passarinho fora do ninho” e eu também estava com essa mesma sensação.

Encontramos os outros amigos do Palito, todos cowboys também. Um deles, um gordo meio baixo olhou pra mim por um tempo e depois disse que eu parecia com um dos Beatles. Depois de rodarmos mais um monte com o Palito e outro amigo dele, que também era um cowboy gente boa, resolvemos descer até uma espécie de bar que ficava abaixo do galpão aberto do centro hípico.
Era outra casona de madeira, essa com mesas, cadeiras e um telão passando show de músicas sertaneja. Quando entramos passava um show da dupla sertaneja de gordinhos que faz bastante sucesso em Londrina. Só de olhar eu já comecei a rir e comentei – “Olha só os gordinhos que tocam”. E nesse exato momento um outro gordo passava na frente da tela e achou que era com ele, ficou me olhando feio um tempo e eu percebendo a gafe tentei reparar dizendo – “O César Menotti e Fabiano, aqueles gordinhos”.
Ele olhou mais um pouco e saiu andando desconfiado até o balcão.

Mas agora estou de volta a Londrina, pronto pra mais uma infeliz semana de aulas no cursinho enquanto estão todos de férias, mas semana que vem eu também estarei, o que não vai mudar muito visto que eu não faço praticamente nada durante os dias.

Eu discordo de quem diz que domingo é o pior dia da semana. Segunda-feira é muito pior. Agüentar um dia de branco sabendo que ainda tem a semana inteira pela frente, e na TV ver a Hebe dando selinhos nos outros, o que pra mim é infinitamente pior que qualquer dança do Gelo, que também tão deixa de ser outra porcaria.

sábado, julho 07, 2007

Cortando o cabelo II

De tanto minha mãe encher o saco pra mim cortar o cabelo lá fui eu. Saí de casa apressado no ônibus pra ir ao cabeleireiro do shopping pra cortar rápido e depois viajar.
Cheguei lá e sentei na cadeira. Era um dos salões famosos da cidade, dessa vez ia ter que funcionar.

Ele foi cortando rápido como se fosse o Edward mãos de tezoura e quando vi meus mullets e boas madeixas do meu cabelo já tinham ido embora e jaziam no chão frio do salão bonito e frescurento ou naquela roupa ridícula que eles colocam para não cair cabelo nas roupas.
Quando terminou eu fiquei puto. Paguei 25 paus pro cara diminuir meu cabelo que eu só precisava repicar mais e cortar a franja.
Ele cortou mal e o tamanho me decepcionou demais. Não ficou totalmente curto, mas antes era grande na altura do queixo e agora ficou na altura das orelhas. Os mullets então, é uma tristeza de ver. Ele fodeu com meu cabelo, uma das únicas coisas que eu ainda primava na minha aparência.

Tentei não pensar mais nessa desgraça, porque pelo menos meu cabelo cresce bastante rápido e fazia pouco tempo que eu havia cortado, mas depois de tentar pentear de todas as formas eu percebi que fiquei realmente muito puto com isso. Além de perder uma grana consideravel esse maldito fodeu com meu cabelo, estou com vergonha dele agora. Que raiva.
Agora é ter paciência pra esperar crescer de novo. Isso que é bom de cabelo, você pode cortar, pintar, raspar ou fazer qualquer merda que no final ele sempre vai crescer. A não ser é claro quando a terceira idade chegar, mas não quero nem pensar nisso.

Estou puto.

sexta-feira, julho 06, 2007

Viajando

Por causa da freqüente onda de assaltos e crimes que tem acontecido em Londrina e pelos protestos contra a péssima situação de segurança da cidade a prefeitura resolveu tomar uma providência e colocou quase 180 novos policiais nas ruas da cidade, mais especificadamente na região central, o que eu acho ótimo para os habitantes da cidade.
Então estou hoje no cursinho e ao término da primeira aula entram os atrasados na sala e no meio deles um policial totalmente fardado. Por alguns segundos minha imaginação já viajou e pensei na possibilidade de haver algum bandido de qualquer espécie na sala ou algo do tipo, mas o rapaz só estava lá para estudar, assim como quase todos nós.

Estou indo para Sorocaba amanhã visitar minha tia que estava com câncer de mama, mas já operou e parece que ficou tudo bem. Como ela descobriu logo no ínicio não vai nem precisar fazer quimioterapia nem nada assim, ainda bem.
Domingo estarei de volta a "maravilhosa" cidade de Londrina. Que pena.

quarta-feira, julho 04, 2007

Privada virtual

Umas duas vezes por dia eu vivo um dilema sobre deletar ou não meu orkut, blog, myspace e qualquer coisa relacionada à Internet e nunca mais voltar. Mais logo depois passa e lá estou eu de novo despejando merda nessa privada virtual. Não tem porra nenhuma de últil aqui (até tem se você souber usar com moderação, o que definitivamente não é o meu caso) e eu acabo deixando de fazer coisas mais importantes porque tem algo como um imã que me atrai pra frente dessa porcaria, sentado nessa cadeira e deixando minha bunda quadrada e minhas costas encurvadas pela constante mania de deixar o corpo caído pra trás e as costas escorregando fazendo minha coluna virar algo vertical e esquisito. Tudo isso graças a esse vício diário, e que somado aos fatos de 1) minha casa ser longe e não se ter nada pra fazer aqui por perto e nenhuma opção de nada sem que seja preciso tomar um ônibus. 2) Eu ser um desocupado durante o dia e só ter cursinho a noite, o qual eu vivo matando pra assistir jogos de futebol, ou pior, só pra ouvir no rádio tipo hoje. 3) Eu não ser um grande fã de televisão, não ter Tv a cabo e não ter o costume nem dinheiro pra alugar filmes constantemente. 4) Não ter dinheiro para beber todos os dias. Deixando assim como única opção ficar em frente ao computador.

É claro que também tem os livros, ou eu podia estar treinando um pouco da minha gaita, mas que como você pode adivinhar eu acabo não fazendo. Leio com boa freqüência, mas geralmente leio quando estou no ônibus, ou antes de dormir já de madrugada e fico lendo até o ínicio da manhã, quando geralmente pego no sono, o que também é de fato um grande problema pra mim, talvez por não fazer praticamente nada.
Como já me disseram milhões de vezes nada em excesso é bom, e eu preciso arranjar algumas coisas pra fazer ou simplesmente perder o interesse e ir fazer algo de produtivo fora ficar aqui o dia inteiro falando sobre banalidades no msn, o que também não é de todo mal desde que tenha horário certo e moderado todo dia.

Acho que vou começar a fazer academia e só estou imaginando o quão bizarro isso vai ser. Primeiro pelo fato de que eu sou uma pessoa preguiçosa por natureza, depois porque a única bermuda utilizável para práticas físicas que eu tenho foi comprada a quatro anos atrás ou mais, numa época em que eu era magro e usava umas roupas largas (o que definitivamente não acontece agora, nos dois casos) e que deste modo serve em mim até hoje. Camisetas para ir a academia também seriam algo engraçado. As únicas camisetas mais velhas que eu tenho ou são para dormir (tipo uma da natura que minha madrasta me deu e outra de um passeio ciclístico que eu peguei emprestado do Hermano um dia que dormi lá e acabei vindo com ela pra casa e ela me ajuda até hoje) ou são de bandas que já estão em sua maioria ou furadas ou demasiadamente apertadas destacando ainda mais meu “invejável” corpinho flácido e essa barriguinha de cerveja cultivada fielmente todos os finais de semana e/ou ocasiões com dinheiro no bolso como quando recebo minha mesada.

E também porque ia ser no mínimo curioso me ver entrando com uma camiseta dos Ramones ou dos New York Dolls velha, com aquela cor preta desgastada e uns furos debaixo dos braços e minha não menos velha bermuda larga e grande fazendo um contraste cômico com minha camiseta velha, porém ainda justa, no meio de todas aquelas pessoas com suas roupinhas transadas de ginásticas e seus tênis caros especialmente comprados para esta finalidade, e umas garotas bonitas tentando manter a forma e fazendo instrutores musculosos babarem por elas e ficarem a sua disposição para ajudar nos exercícios ou só pra jogar papo fora por todo o tempo e com caras tentando parecer mais forte do que são e tomando suplementos, bombas ou sabe-se lá o que para ter músculos para se destacar em suas roupinhas de marca e impressionar as garotas junto com seus carros e sons barulhentos tocando música ruim. Não quero nem ver como vai ser isso, trágico no mínimo.


Sorte de hoje: Você será reconhecido e homenageado como líder de uma comunidade.

Che Guevara, se cuida que eu to chegando!

terça-feira, julho 03, 2007

Disconnected Satellites



Esses dias atrás, mais especificadamente no sábado passado, eu fui acompanhar o ensaio da banda de uns amigos que aconteceu no estúdio do Lucas, ex-batera do finado Cherry Bomb. Naquela sexta eu havia ganhado minha mesada e estava com dinheiro no bolso, então aproveitei para comprar pela bagatela de R$15,00 o disco Disconnected Satellites que eu posso afirmar ser um dos discos mais legais que eu já ouvi.

É impressionante ver uma banda brasileira e especialmente Londrinense fazer músicas tão originais e boas como as deles, enquanto o pessoal se entope ouvindo essas bandinhas Mtv chatas e com letras babacas e deixa passar despercebida uma das melhores bandas de punk rock que já existiu nesse país com letras incrivelmente legais e melodias idem. Sorte a nossa que o povo de Londrina não deixou passar despercebido e aproveitou pra valer.

A banda teve uma longa trajetória que começou em meados de 1996 com Rodrigo Amadeu no baixo e vocais, Humberto Scaburi na guitarra e Lucas Ricardo na bateria. Com algumas trocas de formação durante sua atividade e com a saída de Lucas anos mais tarde, lançaram o disco “Garage Takes” com covers de “I’m your man” de Richard Hell and the Voidoids e “So sad about us” do The who além de várias músicas próprias.
Tempos depois e com Lucas de volta as baquetas lançaram em LP um disco intitulado “Bombs to you” que trazia na capa uma imagem de uma caixa de bombons de cerejas e com ótimas músicas como C-Rex Man, Crazy for you, Sad songs for happy girls e a clássica My mind turns around the city, que viria a ser regravada para o disconnected satellites alguns anos depois.
Em 2003 lançaram Disconnected Satellites, seguindo a mesma linha punk rock de músicas agitadas e letras românticas e autobiográficas, desta vez em gravações e mixagens perfeitas, dando nova sonoridade e áurea a banda e projetando seu nome no cenário nacional, com notoriedade e reconhecimento em outros estados.
Em 2005 e já com outro guitarrista no lugar de Humberto que havia abandonado a banda o Cherry Bomb acabou e deu lugar aos Substitutes, que tocavam músicas de letras em português, mas seguiam linha parecida nas melodias. Em 2006 Rodrigo mudou-se para Londres e os Substitutes também deram Adeus aos palcos, com direito a participação de Humberto e músicas do Cherry Bomb eu seu último show.

Eu achava que esse disco original já estava extinto, mas agora eu tenho minha edição aqui e já ouvi um monte de vezes depois que comprei. Tudo bem que eu já tinha as musicas no computador, mas parece que quando é original é melhor de ouvir, fora que no encarte tem todas as letras e a capa e arte bem legais. Meu próximo passo é comprar o LP e a demo dos Substitutes.

segunda-feira, julho 02, 2007

Apenas um rapaz latino americano

Felipe Melhado, sobre o show de seu ídolo Belchior:

melhado diz:
e só pra reforçar a tese de que ele é o bob dylan brasileiro, ele tocou girl from the north country
biel diz:
hahahhahahahaha

biel. diz:
ele escreve bem meu, mas música nao é o forte dele não.
melhado diz:
você nem deu uma chance pro belchior
melhado diz:
mas ele te perdoaria

biel. diz:
aposto que vc era a pessoa mais nova no show
melhado diz:
ahhaha eu também achei que seria
melhado diz:
é lógico que a maioria era idosa, mas tinha mais gente da minha idade do que eu pensava
melhado diz:
o belchior agrada os jovens

melhado diz:
agora ficou fácil, todo mundo compreende
aquele toque beatle, i wanna hold your hand

domingo, julho 01, 2007

Sunday morning

Na missa de crisma do meu irmão, as pessoas da igreja me olhavam como se eu fosse um tipo de rebelde que claramente só estava ali por obrigação. E não tinha nenhuma mentira nisso.

Os domingos são tão vazios quanto as segundas, as sextas, os sábados ou qualquer outro dia. Mas ele simplesmente levou essa fama, às vezes porque faz por merecer.
Mas pra mim ele é tão vazio quanto qualquer outro dia. Minha cabeça fica tão vazia quanto em qualquer outro dia, meu som toca alto como em qualquer outro dia e eu me sinto estranho como em qualquer outro dia.