quarta-feira, junho 23, 2010
E de alguma forma eu reflito luz. Deus do céu, eu sei que reflito. Eu sofri pancadas demais da vida. Eu apanhei demais. E eu ainda estou de pé. Isso não é nenhuma auto-confissão. Isso não é nenhum pedido de perdão. Isso é só uma poesia. Uma prosa poética de um bêbado triste. De alguém que não acredita em muitas coisas. Que sofreu pancadas demais. Que reflete luz. Que coisa é essa? Nós todos refletimos luz. Nós todos somos sagrados. Tão sagrados e loucos e geniais como personagens dos livros de Kerouac. Somos o que há de melhor. Somos anjos caídos com asas quebradas. E vamos levantar e voar até os céus, onde as melhores coisas nos esperam num oasis maravilhoso. Algo há de acontecer. Não morreremos em vão. Não sofreremos em vão. Não escreveremos em vão. Somos alguém, no fundo, somos alguém. E não precisaremos mais sofrer, nem rezar e nem pedir perdão. Estaremos são e salvos. Salvos de todas as desgraças. Salvos de todas as dores. Não apanharemos mais. Não sofreremos mais. Algo está conosco. Algo nos segue. Nossa luz interna. Não vamos nos deixar entregar. Nunca vamos. De alguma forma, nós refletimos luz.
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