Fui até o banheiro e encontrei uma barata. Ela estava de barriga para cima e agitava as patas na tentativa de se virar novamente. Procurei um chinelo mas não achei. Ali no banheiro mesmo tinha uma vassoura que serviria muito bem de arma de tortura. Lavei as mãos com calma enquanto a barata agonizava de barriga para cima. Sua morte vai ser lenta e dolorosa barata, você não tem vez comigo, sou um sanguinário e vou te matar com o maior sofrimento que eu puder sua barata maldita.
Terminei de lavar as mãos e as enxuguei. Peguei o cabo da vassoura e mirei exatamente em cima da barata. Fiz um movimento para cima e um leve para baixo, mirando o alvo a ser liquidado. Chegou sua hora barata, sou implacável e vou te matar com louvor, vai ser lento e sofrido como eu já disse, sua criminosa que ousou invadir minha casa. Preparei o cabo da vassoura para massacrar a barata com muita calma e fazendo o movimento de puxar levemente e soltar encostei o cabo da vassoura nela e preparei o golpe final. Teria que ser um golpe louvável, digno de um grande assassino de baratas e um carrasco implacável.
Então de uma vez por todas decidi matar a barata. Pobre barata, podia ter feito qualquer coisa menos ter se metido no meu caminho. Agora pagaria pelo seu pecado. Jamais se meta no caminho de Gabriel, e isso serve de exemplo para todas as outras baratas também. Puxei o cabo alguns centímetros para cima e me preparei finalmene para o golpe lento e mortal. Desci com a frieza necessária de um grande matador e encostei nela, pronto para esmagar seu corpo com o mais cruel dos movimentos. Nesse momento ela fez um movimento esquisito e se apoiando na ponta do cabo da vassoura com a qual eu ia matá-la se virou novamente de barriga para baixo e ficou apta a correr, o que fez com muita pressa e saiu pela porta do banheiro. Abri com rapidez mas ela foi mais rápida. Entrou em algum cômodo ou se escondeu em algum canto e desapareceu da minha vista. Ainda procurei a insolente fugitiva sem sucesso.
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