quarta-feira, julho 28, 2010

Visões de Cody

Música, sax, saxes, luzes tremeluzentes, trompetes, vozes, luzes, chacoalhões; tudo está acontecendo; vozes, músicas, iik, girafas, zoológicos, circos, cães, estacionamentos, galreios, casinhas de brinquedo, jubileu, uma grande raposa vermelha, o nariz vermelho, o grande Jack Little, meninos e meninas, o Brooklyn Dodgers, alegria, verão, Nova York, casquinhas de sorvete, blues nos velhos saloons de Nova Orleans, curtos, no bar, King Cole, histórias do ringue; fumaça de charutos, capas de couro para os isqueiros, uma bolsa de golfe; poeirinhas, as bonequinhas e as poeiras no chão, tão tristes, (sarapintadas) minúsculas salpicadas, sobre os brinquedos no chão, os brinquedinhos das crianças sempre misterificam o lugar que ocupam, uma alma que respira desejou a eles uma identidade e os brinquedos portanto vivem. Escuta, eu queria ir para o céu, tem bem mais pessoas mortas do que vivas; será que olhos mortos vêem? Olhos mortos vêem.
E a chuva dorme.

Jack Kerouac

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