Eu preciso de um pouco de paz
E só isso.
Eu preciso que me deixem sossegado, que me esqueçam
Que vão viver suas vidas e me deixem lamentar a minha
Eu preciso de um motivo pra viver
E só isso.
sexta-feira, junho 29, 2007
quinta-feira, junho 28, 2007
Engano
Estou na frente do computador ouvindo Locolive dos Ramones quando o telefone toca exatamente ás 17:40.
Eu atendo e da outra linha ouço:
- Wilson, o Wilson!
- Como?
- É o Beethoven?
Já achei que era algum amigo mané tentando me pregar uma peça, não podia perder a oportunidade de retrucar:
- Não tem Beethoven aqui não, só Mozart.
- Que número é ai?
- 3357-1507
- Ah desculpa, foi engano.
Eu atendo e da outra linha ouço:
- Wilson, o Wilson!
- Como?
- É o Beethoven?
Já achei que era algum amigo mané tentando me pregar uma peça, não podia perder a oportunidade de retrucar:
- Não tem Beethoven aqui não, só Mozart.
- Que número é ai?
- 3357-1507
- Ah desculpa, foi engano.
Gripado II
Deus do céu, estou com uma gripe que esta me matando. Mas mesmo assim não consigo deixar de tomar coca-cola gelada, é um hábito que já mantenho a algum tempo e que esta se tornando um vício.
Meu nariz escorre como uma bica de água. É nojento e eu me sinto mal. Fico despejando as palavras em frente ao computador com os lenços de papel do lado e o copo de coca-cola vazio agora, mas daqui a pouco eu desço até o terreo do sobrado aonde moro e vou até a cozinha pegar mais. E depois acabo com ela de novo, e desço novamente para pegar mais e sigo nesse ritmo até que me canse ou que acabe com a garrafa.
Estou esperando o sono chegar, mas é ruim dormir gripado. Parece que a temperatura do meu corpo cai quando estou dormindo e acordo mais gripado ainda no dia seguinte, por mais coberto que eu durma. Vou continuar em frente ao computador sem fazer nada. Ouvindo Ryan Adams e conversando sobre coisas banais no msn. Depois vou ler um pouco de "Tristessa" de Jack Kerouac. Livrinho bacana e fino, talvez termino hoje. Não é nada perto dos geniais on the road e dharma buns, mas tem uns pedaços ao melhor estilo Kerouac descrevendo todos os detalhes e fazendo su acabeça viajar pelo livro e ter uma vontade incrivel de ter boas histórias como aquelas para contar também.
Meu nariz escorre como uma bica de água. É nojento e eu me sinto mal. Fico despejando as palavras em frente ao computador com os lenços de papel do lado e o copo de coca-cola vazio agora, mas daqui a pouco eu desço até o terreo do sobrado aonde moro e vou até a cozinha pegar mais. E depois acabo com ela de novo, e desço novamente para pegar mais e sigo nesse ritmo até que me canse ou que acabe com a garrafa.
Estou esperando o sono chegar, mas é ruim dormir gripado. Parece que a temperatura do meu corpo cai quando estou dormindo e acordo mais gripado ainda no dia seguinte, por mais coberto que eu durma. Vou continuar em frente ao computador sem fazer nada. Ouvindo Ryan Adams e conversando sobre coisas banais no msn. Depois vou ler um pouco de "Tristessa" de Jack Kerouac. Livrinho bacana e fino, talvez termino hoje. Não é nada perto dos geniais on the road e dharma buns, mas tem uns pedaços ao melhor estilo Kerouac descrevendo todos os detalhes e fazendo su acabeça viajar pelo livro e ter uma vontade incrivel de ter boas histórias como aquelas para contar também.
quarta-feira, junho 27, 2007
Gripado
Dor na nuca, dor no corpo, frio, sono, cansaço, preguiça. E com tudo isso ter que tomar banho, pegar ônibus, ir pra aula de gaita, andar a pé até o cursinho, assistir aula até tarde da noite.
Queria ter dinheiro pra alugar uns filmes, comprar um vinho e ficar em casa debaixo das cobertas.
É horrível ficar gripado.
Queria ter dinheiro pra alugar uns filmes, comprar um vinho e ficar em casa debaixo das cobertas.
É horrível ficar gripado.
sexta-feira, junho 22, 2007
Schools out for ever!
Há muito tempo estava precisando de calças novas. Das duas que tinha, uma rasgou feio e a outra esta bem acabada e estropiada. Então fui até o shopping com meu pai para comprar algumas novas.
Como não moramos juntos e ele mora ao lado do shopping, e eu moro do outro lado da cidade peguei meu ônibus de cada dia para seguir até lá. Cheguei antes dele e seguindo para o Banco Real em uma das entradas aonde iríamos nos encontrar passei pela parte central do shopping onde geralmente tem exposições, atrativos e coisas do tipo (e onde tempos atrás o Hermano havia tocado com sua antiga banda de Rockabilly). Qual não foi minha surpresa quando vi uma foto do Paul McCartney, depois outra do Ringo, eai John e George, e várias fotos, e vários lp's enquadrados, e uma cabine telefônica inglesa com objetos e curiosidades deles, e quatro bonecos deles vestidos com as roupas de Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, e instrumentos (que mais tarde descobri serem autografados pelos mesmos) e muitas outras coisas interessantes sobre os reis do ié-ié-ié.
Passei rápido porque tinha que encontrar meu pai, então fui fazer o que tinha ido fazer e comprei duas calças jeans básicas e baratas. Fui no Carrefour com meu pai, depois ele teve que ir embora, então tive que comer rápido no fast-food de comida chinesa e ir também, de modo que não pude ver a exposição de perto e com atenção. Mas estou estigado pra ver, quem passar no shopping e for fã dos Beatles aproveite por essa oportunidade. Mesmo eu indo ao shopping de Londrina uma vez a cada dois ou três meses eu vou precisar dar uma passada lá pra ver de perto as coisas. Quem sabe até mesmo levar uma câmera fotográfica pra tirar umas fotos. Na secretária do supletivo enquanto esperava minha mãe vir me buscar li no jornal que os objetos pertenciam a um senhor que desde quando eles se separaram em 1970 e o mesmo tinha apenas 12 anos começou a colecionar tudo sobre eles. Entre todas as coisas da coleção curiosidades como um fio de cabelo de John Lennon com exame de Dna e tudo. Ele conseguiu se encontrar com Sir. Paul McCartney duas vezes e tatuou seu autógrafo no braço.
E hoje foi teoricamente o último dia de aula do meu supletivo (teoricamente porque segunda que vem tenho que voltar lá pra fazer uma aula de inglês que perdi, mas provavelmente não vai ter quase ninguém.).Na verdade nem aula teve, foram apenas entrega dos trabalhos (que eu já havia entregado) e divulgação das notas. Nada que não pudesse ser resolvido depois, mas eu não queria perder a oportunidade de matar mais uma aula do cursinho e ir ver provavelmente pela última vez uma menina linda que fez o supletivo comigo, e no dia anterior quando voltamos de lá até o terminal junto com mais três outros colegas foi uma das primeiras vezes da minha vida em que me senti feliz por andar de ônibus, e tive alguma esperança quando ela perguntou duas vezes em momentos distintos se eu ia no dia seguinte. O que eu cumpri, mas que não mudou em nada porque acho que ela é realmente simpática e amável com todo mundo, o que eu já desconfiava, mas que alguma coisa sempre me diz para ir atrás e tentar, o que no final nunca, mas nunca mesmo da em nada.
Mas não foi de todo mal, dessa vez eu já estava meio que preparado, foi só uma tentativa frustrada. Então eu e dois colegas que haviam feito o supletivo comigo também e que só fui descobrir seus nomes hoje fomos beber na mercearia da keiko, boteco que ficava quase em frente do supletivo. Um deles sempre me chamava de Ramones ou de Joey e vivia dizendo que eu tinha uma semelhança enorme com eles, especialmente quando eu vinha com as camisetas. Mas eles não tinham muito dinheiro então bebemos três cervejas e nos despedimos.
E esse foi o fim do meu ensino médio e minha “formatura”.
Como não moramos juntos e ele mora ao lado do shopping, e eu moro do outro lado da cidade peguei meu ônibus de cada dia para seguir até lá. Cheguei antes dele e seguindo para o Banco Real em uma das entradas aonde iríamos nos encontrar passei pela parte central do shopping onde geralmente tem exposições, atrativos e coisas do tipo (e onde tempos atrás o Hermano havia tocado com sua antiga banda de Rockabilly). Qual não foi minha surpresa quando vi uma foto do Paul McCartney, depois outra do Ringo, eai John e George, e várias fotos, e vários lp's enquadrados, e uma cabine telefônica inglesa com objetos e curiosidades deles, e quatro bonecos deles vestidos com as roupas de Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, e instrumentos (que mais tarde descobri serem autografados pelos mesmos) e muitas outras coisas interessantes sobre os reis do ié-ié-ié.
Passei rápido porque tinha que encontrar meu pai, então fui fazer o que tinha ido fazer e comprei duas calças jeans básicas e baratas. Fui no Carrefour com meu pai, depois ele teve que ir embora, então tive que comer rápido no fast-food de comida chinesa e ir também, de modo que não pude ver a exposição de perto e com atenção. Mas estou estigado pra ver, quem passar no shopping e for fã dos Beatles aproveite por essa oportunidade. Mesmo eu indo ao shopping de Londrina uma vez a cada dois ou três meses eu vou precisar dar uma passada lá pra ver de perto as coisas. Quem sabe até mesmo levar uma câmera fotográfica pra tirar umas fotos. Na secretária do supletivo enquanto esperava minha mãe vir me buscar li no jornal que os objetos pertenciam a um senhor que desde quando eles se separaram em 1970 e o mesmo tinha apenas 12 anos começou a colecionar tudo sobre eles. Entre todas as coisas da coleção curiosidades como um fio de cabelo de John Lennon com exame de Dna e tudo. Ele conseguiu se encontrar com Sir. Paul McCartney duas vezes e tatuou seu autógrafo no braço.
E hoje foi teoricamente o último dia de aula do meu supletivo (teoricamente porque segunda que vem tenho que voltar lá pra fazer uma aula de inglês que perdi, mas provavelmente não vai ter quase ninguém.).Na verdade nem aula teve, foram apenas entrega dos trabalhos (que eu já havia entregado) e divulgação das notas. Nada que não pudesse ser resolvido depois, mas eu não queria perder a oportunidade de matar mais uma aula do cursinho e ir ver provavelmente pela última vez uma menina linda que fez o supletivo comigo, e no dia anterior quando voltamos de lá até o terminal junto com mais três outros colegas foi uma das primeiras vezes da minha vida em que me senti feliz por andar de ônibus, e tive alguma esperança quando ela perguntou duas vezes em momentos distintos se eu ia no dia seguinte. O que eu cumpri, mas que não mudou em nada porque acho que ela é realmente simpática e amável com todo mundo, o que eu já desconfiava, mas que alguma coisa sempre me diz para ir atrás e tentar, o que no final nunca, mas nunca mesmo da em nada.
Mas não foi de todo mal, dessa vez eu já estava meio que preparado, foi só uma tentativa frustrada. Então eu e dois colegas que haviam feito o supletivo comigo também e que só fui descobrir seus nomes hoje fomos beber na mercearia da keiko, boteco que ficava quase em frente do supletivo. Um deles sempre me chamava de Ramones ou de Joey e vivia dizendo que eu tinha uma semelhança enorme com eles, especialmente quando eu vinha com as camisetas. Mas eles não tinham muito dinheiro então bebemos três cervejas e nos despedimos.
E esse foi o fim do meu ensino médio e minha “formatura”.
segunda-feira, junho 18, 2007
Not that way anymore
Não tem nada acontecendo, essa é a verdade. Nada de bom e nada de ruim, e pra completar mais ainda o “nada” eu fiquei dormindo de manhã e perdi a aula do supletivo e de noite estava com preguiça pra ir no cursinho, então inventei uma desculpa relacionada a minha saúde pra passar o dia inteiro em casa, fazendo – nada.
Então fazendo nada eu parei pra ouvir um dos meus maiores ídolos e cantores preferidos – Stiv Bators – e lembrei de como alguém assim pode animar um dia tão nada como esse.
Sou muito fã dos Dead Boys e dos Lords of The New Church, mas essa carreira solo do Stiv é algo divino.
As melodias power-pop com a voz maravilhosa do Stiv cantando músicas apaixonantes é algo bem diferente pra quem é fã da rebeldia dos Dead Boys. Mas pra mim foi até mais perfeito.
Pérolas como Evil Boy, I’ll Be Alright, Not That Way Anymore, Make up Your mind e It’s cold outside - um dos covers mais perfeito da história. Músicas que me fazem ter vontade de chorar de tão lindas, e que me deixam com os olhos lacrimejando e um sorriso tímido de felicidade no rosto.
R.I.P Stiv
Então fazendo nada eu parei pra ouvir um dos meus maiores ídolos e cantores preferidos – Stiv Bators – e lembrei de como alguém assim pode animar um dia tão nada como esse.
Sou muito fã dos Dead Boys e dos Lords of The New Church, mas essa carreira solo do Stiv é algo divino.
As melodias power-pop com a voz maravilhosa do Stiv cantando músicas apaixonantes é algo bem diferente pra quem é fã da rebeldia dos Dead Boys. Mas pra mim foi até mais perfeito.
Pérolas como Evil Boy, I’ll Be Alright, Not That Way Anymore, Make up Your mind e It’s cold outside - um dos covers mais perfeito da história. Músicas que me fazem ter vontade de chorar de tão lindas, e que me deixam com os olhos lacrimejando e um sorriso tímido de felicidade no rosto.
R.I.P Stiv
The catcher in the bar
E São Paulo ficou só no talvez mesmo. Meu pai achou muito em cima da hora e com a greve do metrô ele achou inviável de eu ir sozinho pra cidade caótica e me perder ou sabe-se-lá o que acontecer comigo (mas eu não estava muito preocupado, tirando pelo fato de os metrôs entrarem em greve de novo, o que não aconteceu). Acho que ia ser legal chegar na rodoviária sozinho e dar umas voltas numa cidade grande e desconhecida. Ia me sentir o Holden Caulfield.
Tive um dos melhores finais de semana dos últimos tempos. Encontrei amigos que não via há tempos, fiz coisas diferentes e melhorei meu humor consideravelmente. Fui nos mesmos bares de sempre, bebi as mesmas cervejas de sempre, mas com melhores companhias ou talvez com um ânimo maior. Espero que os próximos finais de semana também sejam assim, ou melhores.
Esses são meus últimos dias no colegial. Só preciso ir ao supletivo na próxima quarta, e na semana que vem cobrir duas aulas que matei pra ficar dormindo (uma delas foi hoje). E depois disso eu vou ser um garoto formado no segundo colegial.
Tive um dos melhores finais de semana dos últimos tempos. Encontrei amigos que não via há tempos, fiz coisas diferentes e melhorei meu humor consideravelmente. Fui nos mesmos bares de sempre, bebi as mesmas cervejas de sempre, mas com melhores companhias ou talvez com um ânimo maior. Espero que os próximos finais de semana também sejam assim, ou melhores.
Esses são meus últimos dias no colegial. Só preciso ir ao supletivo na próxima quarta, e na semana que vem cobrir duas aulas que matei pra ficar dormindo (uma delas foi hoje). E depois disso eu vou ser um garoto formado no segundo colegial.
quinta-feira, junho 14, 2007
Sempre igual
terça-feira, junho 12, 2007
Easy Tiger
Ouvi o novo disco do Ryan Adams domingo, ontem e to ouvindo sem parar hoje.
Easy Tiger é perfeito, maravilhoso. Não é melhor que o Rock and Roll nem que o Heartbreaker, mas é do mesmo nível. Tem uma pegada de Heartbreaker com Cold Roses, e segundo o Hermano me falou e depois eu prestei atenção tem um pouco de Jacksonville city nights também. Segue a linha das coisas que o Ryan fez sem deixar a desejar em nenhuma faixa, um prato cheio pra quem estava com saudades das músicas apaixonantes e das letras que traduzem tudo o que você tem pensado sobre a vida.
E pra mim caiu como uma luva nesse momento onde eu só tenho escutado aos Beatles, aos Byrds, a Bob Dylan e Woody Guthrie.
Pra quem quiser ver o vídeo de Ryan e os Cardinals tocando a música do novo disco “Oh My God, Whatever, Etc.” pode ser feliz aqui e pra quem quiser baixar e ouvir o disco inteiro pode ser mais feliz ainda aqui.
O ócio esta me matando, me matando demais. O mais difícil é que só tenho aulas de manhã nas segundas, quartas e sextas, ai em compensação durmo até meio dia ou além nos demais dias e perco o sono pra dormir a noite e por conseqüência demoro mais pra acordar nas segundas, quartas e sextas. Mas essa sexta não tem aula de manhã no supletivo e nem de noite no cursinho, e talvez eu vá pra São Paulo pra distrair um pouco, ver minha amiga Clarah e sua filhinha Catarina que é uma graça, e também pra conhecer melhor minha provável futura cidade onde se tudo der certo eu estarei morando ano que vem.
Me inscrevi num concurso de mini-contos. Ta na cara que não vou ganhar, e não é pessimismo não, é só um achismo-quase-certeza. Tive que pagar R$ 20 pra inscrição com direito a mandar três mini-contos. Mandei dois que são Bukowski chupado e um outro, não preciso nem falar que me arrependi logo depois de ter mandado. Devia ter mandado algo mais original, mas agora já foi. Que se foda.
segunda-feira, junho 11, 2007
Ringo, Townshend or Ramone?
Sábado quando eu estava no show do Beatles cover na frescurenta boate Vega uma garota loira e bem vestida com seu namorado meio gordo e também bem vestido (e provavelmente rico), chegou em mim e falou – Olha, você é a cara do Ringo Starr! – Ah, obrigado. E eu realmente gostei do elogio.
Então fui pra minha aula do supletivo hoje e depois de um tempo o professor de Artes que parece o Renato Russo (e que pelo jeito gosta dele, porque já usou de exemplo em umas aulas) chegou em mim e disse a mesma coisa. Depois disse que eu também parecia o Pete Townshend do The Who.
To começando a acreditar que eu tenho cara de rockstar. Ramones é outra coisa que sempre me chamam. Desde Dee Dee, Joey e até Marky. Até agora ainda não sei com qual pareço mais. Se Pete, Ringo ou um dos Ramones. Vou acabar fazendo uma pesquisa sobre isso, mas é bom parecer com qualquer um deles.
Hoje fui comprar um tênis novo contra a minha vontade. Minha mãe encheu o saco porque meu all-star converse branco estava furado e destruindo todas as minhas meias então meu pai também começou a encher o meu saco e tive que comprar um novo, mesmo tendo um all-star preto de cano médio meio velho mas que eu gosto bastante.
Andamos em várias lojas, olhamos vários tipos e decidi que ia comprar um daqueles nikes “undergrounds” branco com o símbolo vermelho igual ao que o Johnny usa na capa do Subterranean Jungle, mas ele achou muito chamativo e caro pra qualidade (era de lona e custava uns 100 paus). Então comprei outro all-star cano médio, mas dessa vez branco que agora está precisando de uma boa sujada.
Então fui pra minha aula do supletivo hoje e depois de um tempo o professor de Artes que parece o Renato Russo (e que pelo jeito gosta dele, porque já usou de exemplo em umas aulas) chegou em mim e disse a mesma coisa. Depois disse que eu também parecia o Pete Townshend do The Who.
To começando a acreditar que eu tenho cara de rockstar. Ramones é outra coisa que sempre me chamam. Desde Dee Dee, Joey e até Marky. Até agora ainda não sei com qual pareço mais. Se Pete, Ringo ou um dos Ramones. Vou acabar fazendo uma pesquisa sobre isso, mas é bom parecer com qualquer um deles.
Hoje fui comprar um tênis novo contra a minha vontade. Minha mãe encheu o saco porque meu all-star converse branco estava furado e destruindo todas as minhas meias então meu pai também começou a encher o meu saco e tive que comprar um novo, mesmo tendo um all-star preto de cano médio meio velho mas que eu gosto bastante.
Andamos em várias lojas, olhamos vários tipos e decidi que ia comprar um daqueles nikes “undergrounds” branco com o símbolo vermelho igual ao que o Johnny usa na capa do Subterranean Jungle, mas ele achou muito chamativo e caro pra qualidade (era de lona e custava uns 100 paus). Então comprei outro all-star cano médio, mas dessa vez branco que agora está precisando de uma boa sujada.
Bad, bad night.
Beatles cover de gordinhos que até tocavam bem, mas não eram absolutamente nada parecidos esteticamente, em boate cara freqüentada por pessoas com dinheiro e mau gosto, entrar em camarote e pagar mais por isso, tomar chopps de 5 reais, ser o único vestido diferente e atrair olhares de esquisitos, ficar bêbado, discutir com um dos amigos cuzões do meu pai, esbarrar em outro, brigar feio com meu pai no meio do show e ir embora antes do fim.
Minhas noites de sábado costumavam ser melhores.
Minhas noites de sábado costumavam ser melhores.
sábado, junho 09, 2007
Cortando o cabelo.
Quarta feira passada eu fui cortar o cabelo. As melhores vezes em que cortei o cabelo na minha vida foram em salões caros, mas como meu pai é totalmente contra gastar qualquer dinheiro a mais em corte e como mantenho uma freqüência de cortar o cabelo a cada mês e meio, fui no barbeiro que ele corta a muitos e muitos anos, no centro comercial de Londrina.
Ele estava ocupado então cortei com o filho dele. Sentei na cadeira giratória e ele colocou aquela espécie de roupão esquisito pra não cair cabelo nas roupas em mim.
Desde pequeno eu tenho trauma de cortar cabelo. Era um dia maldito para mim. Principalmente porque eu nunca gostava do resultado e detestava a reação de surpresa das pessoas da escola com quem eu tinha que conviver todo dia.
Eu realmente odiava chegar na escola pela manhã e ouvir a mais insolente das perguntas várias vezes ao dia: - Você cortou o cabelo? – Não, tirei pra lavar. Era o que eu geralmente respondia, tirada clássica que eu aprendi ouvindo as pessoas falarem e depois lendo um pocket-book da Mad que comprei numa liquidação do Carrefour chamado “respostas cretinas para perguntas imbecis” e que eram várias situações com perguntas imbecis, e obviamente respostas cretinas. Um dos capítulos se chamava “cortadas ferinas para respostas cretinas de perguntas imbecis” e que era basicamente a mesma coisa da idéia original do livro, mas dessa vez com uma réplica para a pessoa que havia feito a pergunta imbecil dando uma cortada ferina. Todas essas bem engraçadas, era de rolar de rir. Quero achar esse livro, mas provavelmente eu perdi.
De todo modo mostrei a foto do Keith Richards para ele e disse pra cortar igual. Eu sabia que não ia ficar igual, primeiro porque meu cabelo jamais ficaria igual ao dele e segundo porque o cabeleireiro apesar de ser bom não pareceu entender muito bem o corte.
Mas o que realmente me preocupou foi que o cabeleireiro era careca. Totalmente careca. Pareceu a mesma coisa que ir a um dentista banguela, ou a um fisioterapeuta paralítico. Ok, eu estou realmente exagerando. Guardada as devidas proporções eu fiquei um pouco preocupado. Mas o que realmente me deixou frustrado em cortar o cabelo foi ter que ficar olhando para mim mesmo no espelho durante todo o tempo. Experimente fazer isso um dia, é algo realmente desconfortável ficar vendo sua imagem durante 15 ou 20 minutos. Tinha uma Tv do meu lado superior esquerdo e eu tentava incessantemente girar meus olhos sem virar a cabeça para não ter a orelha retalhada e virar um Van Gogh sem pintar porra nenhuma.
Então ele terminou de cortar. E ficou bom. Não ficou ótimo, mas ele não comprometeu, então pra mim já estava perfeito. Se eu saísse do cabeleireiro sem reclamar já era um ótimo progresso e ele ganhava alguma confiança comigo.
Me despedi e sai da barbearia. Andei um pouco ali por perto e encontrei o Hermano perto de onde tínhamos combinado. Gostei quando ele disse que tinha ficado bom, foi confortante pra minha insegurança pós-corte.
Depois meu pai viu e perguntou – Você não cortou nada?
Melhor assim, discreto.
Ele estava ocupado então cortei com o filho dele. Sentei na cadeira giratória e ele colocou aquela espécie de roupão esquisito pra não cair cabelo nas roupas em mim.
Desde pequeno eu tenho trauma de cortar cabelo. Era um dia maldito para mim. Principalmente porque eu nunca gostava do resultado e detestava a reação de surpresa das pessoas da escola com quem eu tinha que conviver todo dia.
Eu realmente odiava chegar na escola pela manhã e ouvir a mais insolente das perguntas várias vezes ao dia: - Você cortou o cabelo? – Não, tirei pra lavar. Era o que eu geralmente respondia, tirada clássica que eu aprendi ouvindo as pessoas falarem e depois lendo um pocket-book da Mad que comprei numa liquidação do Carrefour chamado “respostas cretinas para perguntas imbecis” e que eram várias situações com perguntas imbecis, e obviamente respostas cretinas. Um dos capítulos se chamava “cortadas ferinas para respostas cretinas de perguntas imbecis” e que era basicamente a mesma coisa da idéia original do livro, mas dessa vez com uma réplica para a pessoa que havia feito a pergunta imbecil dando uma cortada ferina. Todas essas bem engraçadas, era de rolar de rir. Quero achar esse livro, mas provavelmente eu perdi.
De todo modo mostrei a foto do Keith Richards para ele e disse pra cortar igual. Eu sabia que não ia ficar igual, primeiro porque meu cabelo jamais ficaria igual ao dele e segundo porque o cabeleireiro apesar de ser bom não pareceu entender muito bem o corte.
Mas o que realmente me preocupou foi que o cabeleireiro era careca. Totalmente careca. Pareceu a mesma coisa que ir a um dentista banguela, ou a um fisioterapeuta paralítico. Ok, eu estou realmente exagerando. Guardada as devidas proporções eu fiquei um pouco preocupado. Mas o que realmente me deixou frustrado em cortar o cabelo foi ter que ficar olhando para mim mesmo no espelho durante todo o tempo. Experimente fazer isso um dia, é algo realmente desconfortável ficar vendo sua imagem durante 15 ou 20 minutos. Tinha uma Tv do meu lado superior esquerdo e eu tentava incessantemente girar meus olhos sem virar a cabeça para não ter a orelha retalhada e virar um Van Gogh sem pintar porra nenhuma.
Então ele terminou de cortar. E ficou bom. Não ficou ótimo, mas ele não comprometeu, então pra mim já estava perfeito. Se eu saísse do cabeleireiro sem reclamar já era um ótimo progresso e ele ganhava alguma confiança comigo.
Me despedi e sai da barbearia. Andei um pouco ali por perto e encontrei o Hermano perto de onde tínhamos combinado. Gostei quando ele disse que tinha ficado bom, foi confortante pra minha insegurança pós-corte.
Depois meu pai viu e perguntou – Você não cortou nada?
Melhor assim, discreto.
terça-feira, junho 05, 2007
U.T.I
O greatbigkiss completou um ano mas agora parece que ele se aproxima mais do que nunca do seu fim. Pela graça de Johnny Thunders e das Shagri-las eu gostaria que ele continuasse vivo mas não ando com a menor animação para escrever nem coisas ruins, quanto mais as boas.
Vou tentar reverter esse quadro, mas se o blog não resistir eu volto a informar.
Ah, e quanto a mim eu vou bem, eu acho. Comecei a fazer cursinho ontem então tive que passar o supletivo (que agora tem aulas as sextas para acabar mais rápido) para a manhã. Então tive que deixar de ir as terças, quintas e sextas a noite e acordar as segundas, quartas e obviamente sextas pela manhã. A aula começa 8h então na prática teria que acordar as 7:30 para me arrumar e ir, mas como minha casa é longe e eu não tenho 6 reais todo dia para pegar ônibus (já gasto dois para voltar do supletivo e dois pra voltar do cursinho) eu vou ter que começar a acordar as 6:30, para tomar banho e me vestir com minhas roupas espalhafatosas e então pegar carona com minha mãe que deixa meu irmão em sua escola e segue para o seu trabalho no horário de 7:10, exatamente 50 minutos antes de minha aula começar, tempo esse que eu poderia estar dormindo mas vou compensar lendo pela manhã, de preferencia os livros do maldito vestibular que se aproxima como Schumacher enquanto meus estudos vão a velocidade do Rubinho.
Mas pelo menos ontem, quando acordei pela manhã para estudar pela primeira vez nos últimos 7 meses (o que não acontecia desde dezembro/06) eu pude dormir até as 8:30 porque decidi chegar só no horário do intervalo que é as 9:30 am.
O frio esta bem, obrigado. E eu adoro frio, pena que hoje durante o dia já deu uma esquentada mas espero que de noite faça o mesmo frio que fez ontem onde no terminal ouro verde (não o central, esse é um que fica próxima a minha casa e que provavelmente você nunca vai ouvir falar) eu esperava meu ônibus próximo a meia-noite e enquanto respirava saia fumaça de vapor da minha boca, uma imagem clássica minha infância que não se repetia a muito tempo.
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