As pessoas em geral gostam de frase de efeito. Elas adoram tudo isso. Adoram um montão de coisas que aparecem na televisão e na internet. Eu só preciso ficar no meu quarto, fumando uns cigarros e ouvindo uma boa música. Recentemente e por indicação de um grande amigo eu descobri um desses caras que fazem você ainda ter esperanças. Ele se chama Langhorne Slim, e é um cidadão da Pennsylvania que mora em Nova York. Ele ficou conhecido pelos EPs que gravou, mas só no final de Abril desse ano é que lançou seu primeiro disco, de título homônimo. E é um arraso. Fazia um puta tempo que eu não ouvia algo assim. Como sempre quando surge algum cantor de folk-rock nos estados unidos eles já querem comparar com Bob Dylan e Neil Young. É claro que o cara tem uma baita influência, e é claro que ser comparado com esses dois caras deve ser foda pra alguém que está começando a ter notoriedade agora. Mas não. Ele é Langhorne Slim, e ele é um baita artista. E eu não tenho precisado de muita coisa. Estou na merda de uma semana de provas na faculdade, onde eu não sei nada e as vezes acho que nem quero saber.
Acho esse troço todo de ser jornalista um bocado chato. Eu só queria ficar escrevendo umas coisas assim. Se alguém pagasse por isso ia ser ainda mais legal, mas sei que isso é praticamente impossível. Mas não há o que temer. Está tudo tranqüilo por enquanto. Estou fazendo tudo do jeito certo e me mantendo vivo. Não tenho mais bebido como antes, mas em compensação tenho fumado um monte. É tudo a mesma coisa. Mas ta tudo bem. As pessoas reclamam tanto sobre ficar sozinhas e a coisa toda. Não vejo tanto mal. É claro que tem horas que o bicho pega. Sabe como é, quando você sente que ta tudo bem ruim. Mas felizmente estas coisas não tem acontecido há algum tempo. Estou numa boa.
Mês que vem tem disco novo do Ryan Adams. Isso é ótimo. Os discos dele sempre me fazem bem. Um novo agora seria perfeito. Até lá eu vou destoar de tanto ouvir o Langhorne Slim, e um tanto de outras coisas boas que tenho ouvido como um louco. O tipo de coisa como Alex Chilton, Ike e Tina Turner, Frank Sinatra, Old Crow Medicine Show, Woggles, Bob Seger, Velvet Underground e por aí vai. Cansei de citá-los. Desculpe se esqueci de algum de vocês.
Não sei porque ainda escrevo por aqui. Aliás, nem sei porque ainda escrevo. Tenho tido bastante inquietação pensando sobre tudo. É aquele lance todo de refletir sobre as coisas. Eu só deixo rolar, mas não tem rolado pra lugar nenhum. É como se minhas rodas fossem quadradas. Essas merdas de analogias baratas. Deve ser a falta de bebida ou coisa assim. A falta de alguma coisa qualquer. Menos falta de boa música e cigarros. Isso não pode faltar nunca. Aí é só esperar. E esperar pra sempre. Os ponteiros do relógio nunca param. A vida nunca para. Eu nunca paro. Por mais parado que tudo esteja.
Um comentário:
Oiéémmm Gabriel!!!
Vim curtir seu blog, e na real curti mesmo.
Esse cara aí de nome estranho e voz anasalada é ótimoooo, andei escutando ele, trompei nele sem querer e foi ótimo.
Adorei suas reflexões, as vezes de mtas coisas outras de coisa nenhuma...rs
Beijão.
E aaaahhhh.... achei teu link na comunidade Beat.
Postar um comentário