quarta-feira, outubro 31, 2007

Sinvaldo's - O novo antigo Potiguá

O potiguá antigo era um bar do caralho. O boteco da Rua João Pessoa já era o terceiro endereço endereço deles e eu nunca tinha ido lá antes. Acho que eu tinha uns 14 anos quando cheguei lá a primeira vez. Antes eu tinha um certo medo porque achava que os punks iam ser maus com todos desconhecidos que entrassem no bar. Mas lá fui eu com um amigo um dia. Era uma espécie de sala de uma só peça com o balcão do lado direito e um espaço meio apertado pro pessoal transitar. No fundo tinha uma mesa de pebolim e outra de bilhar bastante velhas as duas e um banheiro pequeno e sujo pra caralho, digno de um bar de roqueiros.

Depois eu voltei lá pra ver alguns shows. Sempre rolavam as bandas lá no fundo, eles arrastavam as mesas de bilhar e pebolim pro canto e as bandas tocavam lá na grande maioria das vezes no chão, frente a frente com a platéia que era formada por um monte de roqueiros de todas as espécies e que os fãs de determinadas bandas ficavam lá pogando na frente dos caras e o resto do povo do bar se apertava atrás. Detalhe que se você quisesse ir ao banheiro durante o show você tinha que atravessar a banda para chegar até lá, mas claro que as únicas pessoas que faziam isso eram as meninas porque os caras mijavam na rua e nas portas dos outros estabelecimentos comerciais que ficavam ali do lado, o que também foi um dos motivos posteriores para a mudança do bar.

Lembro que em um desses shows eu cheguei lá e tinha uma banda de três caras tocando. Eu já tinha meus 15 anos e já pendia meu gosto para as bandas punks dos anos 70 e não tirava uma camiseta que um amigo tinha comprado no brechó e me dado de presente porque ela dava coceira nele e a camiseta era toda vermelha com os escritos "Aplaud the 70's" atrás e um desenho de duas mãos batendo palmas. Eu cheguei lá com minha camiseta e minha calça jeans apertada e rasgada no joelho e fiquei vendo a tal banda. O guitarrista usava uns óculos de grau quadrados e legais e o baixista tava lá vestido no visual dos Ramones. Eles estavam tocando um monte de músicas legais de gente como Richard Hell, MC5, Velvet underground, Television, Ramones e outras coisas. Eu cheguei lá e fiquei curtindo em frente ao show e gritando - "Toca Iggy Pop" a cada intervalo de música. Gritei tanto que uma hora o guitarrista dos óculos quadrados se irritou comigo e me deu um esporro. Disse que o baixista não sabia tocar nenhuma do Iggy e deu um fim aos meus pedidos. Eu fiquei quieto e continuei lá em frente ao show. O guitarrista conversou um pouco com os outros caras e eles começaram a tocar outra música. Era No Fun.
Um tempo depois descobri que o guitarrista tinha uma banda chamada Cherry Bomb. Fui em alguns shows e era uma banda legal, mas eu não costumava sair muito e via poucos shows das bandas de Londrina, a maioria que acontecia pela parte da tarde.

Toda semana eu chegava na Garageland e ficava lá olhando os discos, as camisetas e conversando com o Cibié, o dono da loja. Um dia vendo os discos eu vi um em que a capa que eram uns caras de cabelos longos e jaquetas de couros parecidos com os Ramones. Era uma foto preta e branca tirada num show e a foto tinha os caras de instrumentos na mão. O nome da banda era The Real Kids. Eu fiquei curiosissimo pra conhecer a banda. Todos os dias que ia lá na garageland dava mais uma olhada no tal disco. Um dia eu consegui baixar um disco da banda pela internet e achei sensacional. Voltei lá e decidi levar o disco. Eu andava meio sem grana e ofereci uma troca por mais outros dois discos que eu tinha e não ouvia e o Cibié aceitou porque o disco dos Real Kids tava lá encostado fazia um tempão. Era uma colêtanea de apresentações ao vivo em vários lugares e em umas rádios. Na troca ficou decidido que eu tinha que voltar mais uma grana baixa pro Cibié, então pedi pra ele deixar separado que eu voltava com o dinheiro pra pegar outra hora. Cheguei lá num outro dia e quem tava no balcão era o cara dos óculos quadrados. Há essa altura eu já sabia que ele era conhecido como Cheiroso e que já era antigo na cena da cidade. Falei pra ele que tinha ido pegar o disco e ele puxou assunto comigo sobre a banda. Foi uma conversa meio breve, mas comecei a achar o cara gente boa.

Uns dias depois fui com um amigo num churrasco em que eu não conhecia quase ninguém e o cara tava lá. Ele chegou em mim e falou algo do tipo - "Eai meu, cê é fã do Real Kids". A gente ficou conversando sobre uns lances e tudo. Depois disso toda vez que eu encontrava o cara no bar Potiguá ou na Garageland trocava umas idéias com ele. O Cherry Bomb acabou e ele montou Os Substitutes com os mesmos caras. Nessa época eu já tinha meus 16 anos e ia em praticamente todos os shows. Vez ou outra eles tocavam ainda umas músicas do Cherry Bomb e uns covers do Jam. Depois a banda acabou e o Rodrigo (ou Cheroso) foi pra Londres tentar a sorte. Uns tempos depois e o Potiguá mudou de lugar, pro centro da cidade. No começo o pessoal fazia uma força pra ir lá e curtir, mas não era a mesma coisa. Agora o Potiguá é um bar grande e escuro cheio de mesas de sinuca e não podia ter mais shows por causa dos moradores vizinhos. Não demorou muito e todo mundo abandonou o bar, que continua lá mas que é praticamente a última opção do pessoal.

Há mais ou menos um mês atrás o Droogies organizou um show em um boteco e o Teixeira me convidou pra ir. Saí do cursinho e encontrei o Renato. Chegamos no tal bar e eu já tinha passado lá na frente algumas vezes. O bar era pequeno e parecia muito com o Potiguá antigo. As diferenças eram de que o balcão ficava do lado direito e o espaço restante em que o pessoal transitava e fica em pé pra assistir o show é mais apertado ainda. O bar fica na Duque de Caxias e é uma rua longa movimentada pra caralho, bem diferente da calma e curta rua João Pessoa. O show foi bem legal e deu aquela nostalgia do antigo bar. O Renato curtiu a idéia e marcou um show lá pra sua banda nova, os New Ones. O show foi no domingão. Cheguei lá ainda meio de ressaca do sábado e fiquei bebendo com o pessoal. Um tempo depois começou a lotar e chegou a hora dos caras fazerem o show. Eles foram lá e foi do caralho. Dessa vez a sensação de estar no Potiguá antigo foi maior ainda. Eram praticamente as mesmas pessoas ali. Era quente, apertado e sujo igualzinho ao outro bar. Depois do show todo mundo ficou bebendo lá na frente do bar igual no antigo, a diferença é que dessa vez um monte de gente quase foi atropelada pelos carros e ônibus que passavam com grande freqüência e em alta velôcidade na avenida Duque de Caxias, mas felizmente ninguém foi atropelado e a noite foi muito legal.

O Maycon aproveitou pra fazer um clipe com a música dos New Ones e olhando assim parece ainda mais o antigo Potiguá. O Rodrigo chegou pra mim no msn e perguntou como é o tal bar. Eu só disse que tive a sensação de estar nos antigos shows do Electro Shock Combo no Potiguá. Ele disse que deu uma puta saudade da galera vendo o vídeo. Eu também fiquei com saudades desses recentes tempos, que infelizmente passaram. Espero que tenham mais shows nesse boteco como esse e que um dia o Rodrigo possa tocar lá com seu saudoso Cherry Bomb e com toda a galera presente. Espero que Londrina volte a ser legal como antes.


ps: Quem quiser conferir o vídeo é só entrar no blog do Maycon.

sábado, outubro 27, 2007

Apesar de tudo eu não posso me queixar do tempo,

esse ano está passando muito rápido.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Clock Strikes Ten

Eu ando vagabundo pracaralho. Não que isso seja novidade, porque nesse ano eu não fiz praticamente nada, mas agora eu estou extrapolando os limites do ócio e começando a me sentir muito mal por isso. Coisas como ir dormir as 6 da manhã e acordar as 4 da tarde. Depois ir pro cursinho e não fazer nada de útil durante a madrugada toda.

E hoje (ou ontem, já nem sei mais) foi pior ainda. Eu tinha que ir buscar minha carteira de trabalho e fazer mais algumas coisas de manhã então virei a noite jogando wining eleven e testando minhas aptidões culinárias. Fiz uma mini pizza que a massa ficou alta e meio ruim e um brigadeiro que ficou com uma espécie de bolinhas esquisitas que eu nunca tinha visto em nenhum outro brigadeiro. Ficou meio duro também, mas apesar de tudo até que tava bom.

Então eu fui lá e fiz todas as coisas que tinha pra fazer de manhã, voltei pra casa e fui dormir depois do almoço. Eram umas 2 horas e eu emendei até as 10 da noite. Perdi a aula, recuperei o sono mas agora meu horário ta todo alternativo. São 02:18 da madrugada de quarta e sabe Deus que horas eu vou dormir e que horas eu vou acordar amanhã. Eu preciso de algo pra fazer urgente, mas esse ano já perdi as esperanças de achar alguma ocupação. O ditado de que "cabeça vazia é oficina do capeta" é verdadeiro, acreditem.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Dignified and Old



My telephone never rings
She'd never call me
I hate myself today
But I can see through this bitterness and sadness
And so I won't die
Someday I think I'll be dignified and old

Well my friends say that I decieve myself
And that I contradict myself
And I can't say if they're right
But I'm not ashamed
oh I can take a challenge
And so I won't die
Someday I'll be dignified and old, I know it!

Dignified and Old - The Modern Lovers (Jonathan Richman)

terça-feira, outubro 16, 2007

Nos últimos dias minha vida tem se resumido a massivas disputas de wining eleven. Um videogame muda a vida das pessoas, pode acreditar.

Há exatamente um ano atrás eu provavelmente estaria reclamando do horário de verão e do fato de ter que acordar uma hora mais cedo. Agora pra mim tanto faz que seja horário de verão, de inverno, de outono, de primavera ou do caralho a quatro. Eu posso dormir minhas 10 horas diárias sem que ninguém me encha o saco. Ser vagabundo tem suas (muitas) qualidades.

Esses dias atrás eu tava assistindo aquele reality-show do sbt chamado "Quem perde ganha", onde uns gordinhos se dividem em duas equipes e tem que emagrecer o máximo que puderem, e tem umas eliminações, provas e brigas de convivência do tipo big brother, mas isso não vem ao caso. Uma das gordinhas deu um depoimento que me fez ficar realmente pensativo. Era assim:

- "A minha vida inteira eu fui gorda. A minha relação com a comida é como a de uma mãe com a filha."

Fala sério né gordinha, criar laços afetivos com a comida é pra foder. Não que isso seja totalmente anormal, já vi gente criando laços afetivos com birita, o que pensando por um lado não me parece tão mal assim. Se um dia vocês me virem chamando uma garrafa de "meu bem" não estranhem.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Tudo como sempre enquanto eu ouço ao Lou Reed cantando walk on the wild side e sinto calor mas tenho preguiça de levantar pra ir abrir a janela. É uma sexta a noite e eu poderia sair por aí e beber com qualquer pessoa em qualquer lugar mas provavelmente vou acabar ficando por aqui mesmo, porque eu quase nunca visito meu pai e quando isso acontece a gente já começa a se desentender por eu não ser como ele queria que eu fosse e ele não ser como eu queria que ele fosse.

Pra piorar ele disse pra mim nem me inscrever no Mackenzie porque se eu passar ele não vai pagar mesmo. Falou pra eu estudar e entrar na Cásper ou na uel, o que como vocês podem imaginar provavelmente não vai acontecer, e eu vou continuar morando em Londrina, fazendo cursinho e fazendo as mesmas coisas de sempre e vendo a vida passar.

Pelo menos aqui tem o videogame. É divertido pra passar o tempo. Acho que tem umas latas de cerveja na geladeira também. Essa é uma das vantagens da casa do meu pai, quase sempre tem cerveja na geladeira. Uma das desvantagens é que ele não gosta que eu beba muitas, e nos uísques não posso nem pensar em mexer.

É chato pensar que eu vou acabar ficando como sou agora pra sempre. E que as coisas vão acabar ficando assim pra sempre. Eu falo isso em todo post, mas o blog é meu e eu quero que vocês se fodam, mas quem acaba se fodendo quase sempre sou eu mesmo. Que dramático isso. Um pouco exagerado também, mas também tem seu lado verdadeiro. Eu devia aprender a me contentar com o que eu tenho e parar de reclamar. E eu também podia aprender a ter força de vontade pra fazer alguma coisa, mas acho que a única coisa pra qual eu tenho força de vontade é pra tomar umas cervejas e reclamar da vida. É por isso que eu digo que sou um velho de 17 anos. Fora o meu sedentarismo e minha já cultivada barriga de chopp que fazem um conjunto perfeito com o meu espírito idoso.

Fazia um tempão que eu não ouvia o Transformer do Lou. Um disco do caralho, o melhor dele pra mim. Eu já cheguei a ter esse disco por alguns dias. Foi quando um amigo ia mudar de país e colocou uns discos pra vender.Eu lembro que comprei esse, o primeirão dos Modern Lovers por uma pechincha, o Singles going steady dos Buzzcocks e o Lust for Life do Iggy, com aquela capa amarela e a foto dele dando um sorrisão. Fiquei babando no The Idiot do Iggy também, mas não tinha grana pra comprar. Uns dias depois eu voltei lá e perguntei se ele não trocava pra mim o Transformer pelo The Idiot que eu pagava a diferença que era tipo uns 5 reais a mais. Também pesou na decisão o fato de o The Idiot ser importado e o Transformer nacional. Um ano depois um amigo chegou pra mim e me contou que o The Idiot tinha sido lançado nacional e que ele tinha comprado por 12 reais no Carrefour, um monte de reais mais barato do que eu tinha pagado um ano atrás.

O bom desse feriado é que eu sai ontem, não vou sair hoje e fico tranqüilo porque amanhã ainda é sábado e aí provavelmente eu saio novamente. Foda que não tem nada pra fazer, pra variar um pouco a “enormidade” de opções da megalópole que é Londrina. O lance é chegar em qualquer canto e ficar bebendo por lá. Eu devia ter ido viajar, mas não tinha grana e meu pai provavelmente não ia querer pagar as passagens e tudo mais. E eu também to meio cansado de chegar lá e ficar dando trabalho pras boas pessoas que me hospedam e que querem curtir seu feriado sossegadas e longe de qualquer tormento, leia-se eu.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Amanhã é feriado então obviamente hoje é véspera de feriado e pra maioria dos vagabundos é semana do saco cheio, mas pra mim não é porque estou teoricamente indo aula mas na prática é óbvio que eu não estou indo.

Final de semana prolongado pra ficar em casa coçando o saco, tomando cerveja, vendo aquele monte de filmes que você comprou no câmelo da esquina de casa e assistir aos jogos de futebol. Depois sair no mesmo bar de sempre e ver as mesmas pessoas de sempre falando as mesmas coisas de sempre e tomar as mesmas cervejas de sempre e reclamar das mesmas coisas de sempre e tudo ficar como sempre.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Perguntas sobre os filmes colegiais-universitários norte-americanos que eu sempre quis saber a resposta


Porque será que nos filmes colegiais/universitários norte-americanos 99% das garotas são loiras, de olhos claros e gostosas pracaralho?

E porque elas só dão mole pros caras que são jogadores de futebol americano que mesmo bebendo durante todo o filme estão sempre fortes e bem dispostos?

E porque nas festas que eles fazem as casas são sempre fodonas e com grandes piscinas e a cerveja é infinita, além é claro dos clássicos tubos de cerveja e goles no funil?

E porque todas as pattys gostosas são cópias da Paris Hilton e moram em irmandades onde passam o dia inteiro sem fazer nada e ainda colam em todas as festas à noite?

E porque os populares tem carros esportivos na sua maioria conversiveis e fodas e os outros tem uns carros de bosta ou andam naqueles clássicos ônibus amarelos?

E porque os nerds são sempre punheteiros cheios de espinhas na cara, experts em computador e que sonham em comer uma mina estudiosa e meio nerd, porem gostosa?

E a mais importante: Porque eu continuo insistindo em assistir essas bostas de filmes? Será que é pelas gostosas ou pra sonhar que se eu fosse um norte-americano estudante da faculdade de massachusetts (eu sempre quis usar o nome desse estado, mas nunca tinha tido a oportunidade) e jogador de futebol americano minha vida ia ser muito foda?

sábado, outubro 06, 2007

Vamos aos fatos

Eu sou um velho de 17 anos. Eu já tenho uma barriga de cerveja, bebo compulsivamente e reclamo de tudo, tudo mesmo.

Eu não gosto de quase ninguém nessa cidade, e elas provavelmente não gostam de mim também. Eu não gosto de certos tipos de pessoa e infelizmente é desse tipo que mais aparecem na minha frente. Aquele ditado de "quanto mais eu rezo mais assombração me aparece" esta acontecendo de verdade comigo. Preciso de um exorcista urgente.

Eu virei fã do Allan Sieber. Peguei os livros dele emprestado do Melhado e os quadrinhos do cara são realmente legais, principalmente o preto no branco e sua mania autodepreciativa.

Eu estou a procura de emprego, coisa que com minha "enorme" experiência e utilidade eu espero conseguir. Se for meio período e pagar bem eu agradeço ta?

Ontem eu fui na casa do Melhado pra gente discutir sobre um projeto nosso. Mas eu cheguei lá e a gente começou a conversar sobre outras coisas, ele abriu duas cervejas e aí já viu né. Não fizemos porra nenhuma.

Ainda sobre o projeto eu posso adiantar que vai chamar Bandini. Isso pode ser considerado como uma prévia de que vai ser algo legal. Eu acho.

Não diria que todas, mas passei a ter a convicção de que pelo menos 90% das mulheres não valem nada. Nada mesmo!

Eu cheguei a conclusão de que se eu tiver uma boneca inflável, jogo de futebol na Tv e cerveja na geladeira eu já posso me considerar um cara realmente sortudo.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Desisti

De acabar com o blog.
Valeu Marina e o anônimo Guilherme.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Essa noite eu não dormi direito, pra variar. Tinha ido com a Cá no chá das cinco onde nós ficamos bebendo e vendo os clipes do blondie que passavam no telão e eu cometi a gafe de falar que eu era menor ao lado do garçom. Eu sou muito burro mesmo, sempre deixo escapar umas dessa. Então eu vim pra casa e não estava me sentindo muito bem. Meio triste, entediado ou sei lá o que. Coloquei o Village Gorilla Head pra tocar e acabei dormindo lá pelas 2 da manhã. Tive um pesadelo terrível em que um pedinte me perseguia por eu não ter dado dinheiro a ele e eu tive que fugir pra outra cidade a pé, e tive que ficar escondido porque ele podia aparecer lá, e também aconteceram um monte de outras coisas esquisitas no sonho até que eu acordei e fiquei aliviado por ter sido só um sonho. Fiquei na esperança de ser de manhã e eu ter conseguido dormir a noite inteira como uma pessoa normal, mas eram só 4h da madrugada e eu não tinha mais sono. Fiquei no computador até as 6:30 quando minha mãe acordou pra levar meu irmão pra escola. Estava um pouco cansado mas continuava sem sono, aí eu resolvi ir tirar minha carteira de trabalho. Minha mãe me deixou lá em frente a secretária do trabalho e eu fiquei lá esperando abrir junto com outras poucas pessoas que também estavam lá enquanto lia o livro do Ginsberg que o Melhado me emprestou. Era o final do livro, um bom livro. O uivo e outros poemas. Quando deu 8 da manhã eles abriram e eu peguei a senha 4 e fui atendido rapido. Entreguei meus documentos e uam foto 3x4 pro cara e ele ficou digitando as coisas no computador e depois de um tempo me entregou o papel e falou que eu podia voltar na próxima quinta. Ainda era cedo, eu não tinha fome, eu não tinha o que fazer. Fui até o meu antigo supletivo pra ver se meu diploma já tinha chegado. Tinha uma garota linda que trabalhava lá na secretária, mas hoje ela não estava por lá, pelo menos não naquela hora. Saí de lá e voltei pra casa. Fiquei enrolando até a hora do almoço e fui almoçar no restaurante aqui perto onde minha mãe tem conta. Voltei pra casa e continuei enrolando de tarde. Depois fui dormir umas 4 da tarde. Acordei as 6:30 e me arrumei pra ir pro cursinho. Foi como sempre, meio chato, algumas aulas boas. Assisti as humanas, matei as de química. Tudo como sempre. Acho que vou ter mais sono hoje. Quem sabe eu não durma durante a noite como todo mundo.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Mantendo em dia

Hoje minha mãe me contou que foi até o detran fazer o exame médico da renovação da sua carteira de habilitação e descobriu que tinha 1,5 graus de míopia em cada olho. Teve que ir no oftalmologista e fazer um óculos ás pressas pra poder pegar a carteira de volta e sair dirigindo por aí. Mas ela esta dirigindo do mesmo jeito, desabilitada mesmo.

Hoje eu cheguei no cursinho atrasado pra variar e quando fui fumar meu cigarro com o pessoal que fica ali na frente percebi que o Seu Grinauro, porteiro do colégio que fica ali na frente abrindo e fechando o portão não estava lá. Ele já tinha me falado que ia tirar férias de 1 mês e que quando voltasse ia ser para as aulas da manhã. O seu Grinauro é um senhor de seus 50 e poucos quase 60 anos, nordestino e que apesar de ter vindo pro sul há bastante tempo ainda tem o sotaque. É um senhor humilde e simpático, muito gente boa também, ficava lá conversando conosco enquanto nós fumavamos nossos cigarros e tudo mais. Quando fui entrar na aula logo após o sinal ter batido o novo porteiro me barrou e disse que precisava passar a carteirinha. Eu tinha que ir rápido pra entrar na aula e expliquei pra ele que depois eu passava, como eu sempre fazia quando era o seu Grinauro que estava lá, mas ele não quis saber de conversa e só me deixou entrar passando a carteirinha. Que falta você vai fazer no cursinho noturno nobel, seu Grinauro!

Esses últimos tempos eu ando muito viciado em amendoim japonês. Eu estava comprando direto e aquele negócio é bom mesmo, com aquela casquinha meio doce e meio salgada. E quando você come tomando cerveja é uma das melhores coisas do mundo. Eu estava falando isso sábado a noite meio bêbado no potiguá com o Marcelão e com o Juca. É tipo um orgasmo, mas diferente porque não é uma sensação que vem de uma vez, e sim um pequeno prazer que se estabelece por um tempo enquanto vc fica la mastigando aquelas casquinhas crocantes e tomando uma cerveja gelada. Não tem como explicar direito, tem que provar. Mas é do caralho, isso é.
Eu descobri que andava meio viciado em amendoim japonês porque no mesmo sábado a noite eu parei pra fazer as contas de quanto amendoim tinha comido e descobri que foi algo perto de 700 gramas. E ontem no colégio eu cheguei na cantina e comprei mais um pacote de amendoim japonês. Depois eu comi e fiquei com vontade de comprar outro, mas me segurei. Isso esta ficando sério.

Também estou viciado em Whiskeytown. Uma vez eu falei pro Pedrão que achava uma das melhores bandas do mundo e cada vez eu confirmo mais essa hipotése. Eu terminei de pegar a discografia inteira dos caras, inclusive o Wild Duck Inn, disco ao vivo e é muito bom mesmo. Já perdi as contas de quantas vezes ouvi Excuse Me While I Break My Own Heart Tonight e o Strangers Almanac inteiro. O Rural Free Delivery, primeiro disco da banda é outro que eu também viciei. Eu não exagero quando digo que acho que o Ryan Adams um gênio. Parece que tudo que o cara faz é muito bom. Muito mesmo.

Eu não estou mais atualizando este blog quase nunca. Ás vezes eu acho que ele já morreu e só falta oficializar, outras vezes não, tipo agora. Mas eu estou com um novo projeto legal. Idéia minha e do Melhado prum lance diferente e legal. Agora já chamamos outras pessoas pra ajudar. Acho que pode sair algo legal daí. Mas isso é surpresa. Ou quem sabe depois eu conto.