sábado, dezembro 10, 2016

Ginsberg told us about the best minds of his generation starving hysterical
Rimbaud told us about his season in hell
I wish I could have known this better
When I was younger as well.

The clock is ticking all the time
While I'm still struggling to find the perfect rhyme.

For every age there is a challenge
For every life there is a purpose.

Wasn't this what they were trying to tell us
Through all those pages of the bible
And of every book ever written?

sábado, dezembro 03, 2016

Lightening
All the heavy world
Is frightening
I'm like a child in the sand
On the beach of the land of you
And I'm blue.

terça-feira, outubro 18, 2016

samba

me deixaste, feito um antigo vulcão, em erupção
me acertaste, feito bala de canhão, no meu coração
me humilhaste, feito um bobo da corte, dia e noite
me julgaste, feito um ladrão condenado, sem passado
me largaste, feito uma roupa velha, na miséria
acabaste, com minha própria razão, sem perdão.

me deixaste, feito turista perdido, sem sentido
me jogaste, da ponta do precipício, sem motivo
me arrastaste, até o fundo do poço, que desgosto
arrasaste, com a minha emoção, que humilhação

se ausentaste, quando mais necessitei,  eu bem sei
me largaste, quando eu não tinha ninguém, oh meu bem
me calaste, quando em choro eu desabei...

sábado, outubro 15, 2016

if I had another chance
I'd have done everything differently
I'd have done everything the same

I'd have had a different body
but my soul would've remained the same

if I had another chance
will you and me were going to meet again?
one day
not far from now
all of these problems are going to be buried
down on the ground.

terça-feira, outubro 11, 2016

Yes, they say that love is a natural feeling
That being born and crying and feeling hungry is part of the process
That we should be studying, and working, and forming a family
And search for the meaning of life through Jesus Christ the lord and saviour
Or through Buddha, the wise wanderer
Or through Mohamed, the great prophet
I just can’t stand to be those about all of this
I just can’t stand to follow their rules
I’m sick and tired of do’s that and do’s these
I’m sick and tired of not being me
Am who I am, but a product of their own meaning?
If even my rage is built at their factories
By starving working men with crying kids to feed.
I do believe in freedom, you better believe me
But where should I go to find it?
Are we all doomed by eternity
Or the stars are really the dust of what we used to be?
I have no idea and don’t think I’ll ever have
Let’s keep it up thinking, and doing, and questioning
Someday we might come with an answer.
So far we have our minds, and hearts, and freedom
It’s enough for the start
But not enough to the end
And I’m not going to wait for it
Quietly.

quarta-feira, setembro 28, 2016

rush time at oxford tube station

an old man playing a jazz song in his saxophone at Oxford Circus tube station
people hurrying up to work in a tuesday morning
no one hears the song, although everyone listens to the music
I'm late for my work at a record shop
it's quite tiring but I still have to pay the rent
I'll start to study soon, try to learn how to write 
however I already know how to write
and watch life going on the underground
I guess you cannot learn this kind of things in  school.
did that old man with the saxophone went to school?
perhaps I should ask him tomorrow when we meet again at the trains platform
If he plays some Charlie Parker song, I'll know the answer straight away.
Isn't it great to listen to jazz in the morning?
just another rush time at oxford tube station.

segunda-feira, agosto 29, 2016

É lógico que eu estou numa péssima fase. Eu estou numa péssima fase há 26 anos. O médico diz que eu tenho uma “disfunção patológica do humor”, o que é só um nome chique pra algum tipo de depressão, provavelmente causada pelos mesmos velhos questionamentos que eu me faço desde que li o primeiro livro da minha vida. Ele me pergunta o que eu tenho feito ultimamente, e eu digo que estou assistindo todos os episódios de Mr Robot e Bojack The Horseman e ele ri como se não entendesse e também não desse a mínima. Ai eu completo falando que também estou reescutando toda a discografia dos Replacements e ele dá de ombros, deve achar que é algum grupo de hip hop do momento. Ele me dá a receita, eu vou até a farmácia e gasto o dinheiro achando uma bobagem. Aí eu chego em casa e fico encarando as paredes, contando quantos cigarros eu fumei porque prometi que esse ano ia parar, mas eu nunca consigo cumprir nenhuma promessa mesmo.

domingo, agosto 28, 2016

Not here, not now

Things are not going that great, are they?
I know you tought you’d be fine at your age
I know you’ve dreamt with glorious things
But so millions of others did
From the beggining of the wolrd until today
And still they couldn’t reach it
They couldn’t get it
Didn’t manage to go for it
Why you thought that it would be different for you?

You’ve been struggling just like anyone else
But that’s just not enough
Nowadays you cannot fail
You can’t show weakness
You can’t miss an opportunity
It’s a sad  and cruel world
You better get used to it.

Who told you things were going to be easy?
They never were, they never will be
Get up and be ready for the next beating
But don’t let them finish you
This is all they ever wanted
This is why you can't fall down.

Not here
Not now.

domingo, agosto 21, 2016

encarando a vida com a seriedade
de um morto no necrotério
caminhando sem destino por Londres
suas ruas repletas de mistérios.

dia desses vi uma carruagem
conduzida por dois homens de cartola e terno
levavam atrás um reluzente caixão
cercado de flores e de um retrato fraterno

de repente tive um nó na garganta
o perceber da efemeridade vital
respirei fundo, refiz as contas
a morte sempre vence no final.

quinta-feira, agosto 18, 2016

Perhaps the thing I like the most in pop music is its power to synthesize feelings and emotions in a simple and well done piece. It's like getting a shortcut to a long distance walk, using those three minutes to express deep territories that goes from joy through sadness, sometimes both condensed in the middle of a sweet voice combined with a great melody. Basically, I believe that pop music, specially the one made in the 60s, is a psychological instrument. You can get really sad with that special song. You can feel absurdly happy with that other tune. You can dance like hell with some sweet soul music, or feel extremely angry with that great punk classic. You can feel like flying or dying, it's up to those three minutes, those lyrics, those instruments, that production, that cover, that great sound that comes from your speaker. I'm not kidding when I say that music saves lives. It does. It really does. It may not be as effective as medicines or surgeries, but its definitely a way of keeping yourself on the right track. If this is your way of living, you'll probably find a way of expressing yourself without any words being said. It's all in the song. It has always been in the song. Just stick that needle and let it flow. You have three minutes to save your life. You can be whoever you want to, whatever you want to. Enjoy as much as you can. These are the best three minutes of your life.

sexta-feira, junho 17, 2016

Antiquário Lorena

Batia os pés na rua com pressa. Um depois do outro, um depois do outro, num movimento contínuo e consistente de quem queria muito chegar a algum lugar. Ele queria muito chegar a algum lugar, só não tinha ideia de onde. Cruzou a esquina, checou o sinal com o canto do olho e apertou o passo pra atravessar a rua enquanto o verde reluzia e dois carros meio distantes se aproximavam. Pisou na calçada oposta e continuou subindo a rua íngreme, virando de novo na esquina seguinte. Parou em frente a uma porta e entrou. Lugarzinho escuro, entulhado, aparentemente sem ninguém por perto. Logo em cima um letreiro minúsculo e apagado pelo tempo anunciava: “ANTIQUÁRIO LORENA”.

Entrou devagar e foi se esgueirando por candelabros e móveis. Parou na seção de cristais, com belas figuras esculpidas no delicado vidro. Virou-se à esquerda e deu de cara com a estante de livros, empoeirados, velhos e sujos; uns poucos rasgados. Correu os olhos de cima a baixo. Agachou-se e olhou da primeira à última prateleira. Tomou dois exemplares. Procurou por alguém. Uma senhora se aproximou. Muito velha, usando um xale turquesa, cara de cansada. Lembrou-se da senhora de Dostoiévski, a vítima de Raskólnikov. Se imaginou como Raskólnikov. Se imaginou na antiga São Petersburgo. Se imaginou sendo um criminoso. Se imaginou tendo crises de consciência. Se imaginou trabalhando forçadamente na Sibéria, refletindo sobre seus atos.

Percebeu então que não era Raskólnikov. Que não cometera um crime. Que não estava em São Petersburgo. Mas percebeu ter crises de consciência. Percebeu que trabalhava forçadamente não na Sibéria, mas no Brasil. Trabalhava não para pagar um crime, mas para cumprir uma pena – a pena que todos pagam por aqui, a pena de pagar o aluguel, o vestuário e o prato de comida. A pena de existir no mundo especulativo e financeiro. A pena que obrigava aquela senhorinha de xale turquesa a abrir seu velho antiquário todos os dias.

Dissipou os pensamentos deprimentes da cabeça com um chacoalhão. A senhora o encarava sorridente. Não era como a velha de Raskólnikov, era sim amável e gentil. Daquele tipo cuja figura causa simpatia quase que imediata. “São trinta reais, meu bem”, pronunciou daquele jeito amável que só os mais velhos e oriundos de um período onde a educação era artigo de suma importância sabem pronunciar. Agradeceu sem jeito, percebendo que seus devaneios diurnos o haviam feito parecer certa forma de lunático para a simpática senhora. Sacou a carteira, tirou as notas e as entregou. Recebeu os livros numa sacola e voltou pra rua.

Bateu os pés na rua com pressa. Um depois do outro. Cruzou uma, duas esquinas. Andou outra rua íngreme. Quase foi atropelado por um ônibus na interseção com uma grande avenida. Lembrou-se daquela música dos Smiths. Riu sozinho, nervoso. Havia sido demitido. Havia perdido sua namorada em um surto de ciúmes. Havia gasto trinta de seus últimos cinquenta reais com dois livros em um ímpeto. Não tinha muitos amigos. Precisava se embriagar. Era o clichê perfeito. Se imaginou em um filme. Quis ser Marlon Brando em “Sindicato de Ladrões”. Se imaginou no banco de trás do táxi, recitando o dramático diálogo enquanto gesticulava com as mãos. “Eles não entendem! Eu poderia ter tido classe. Eu poderia ter sido um competidor. Eu poderia ter sido alguém, ao invés de um vagabundo, que é o que eu sou!”.

Parou em outra esquina, entrou no bar. Balcão antigo de mogno. Dono vestindo jaleco azul, assistindo qualquer coisa na televisão. Secando o copo americano  em movimentos circulares feito um barman americano. Dois gatos pingados em outra mesa discutindo futebol. Uma velha mesa de sinuca abandonada. Sacou os últimos vinte reais e pediu uma cerveja e uma dose de uísque. Se era pra cumprir o clichê, que o fizesse com estilo. “Mas nacional, por favor, amigo”, porque eram vinte e não cem reais. Tomou de uma talagada só, feito Bukowski. Se comparou ao velho safado. Ainda era relativamente jovem e não tão safado. Tentou fingir que era Hemingway. Não tinha dinheiro para um Mojito, o clássico drink do velho pugilista. Também não era tão chique ou culto para dar num Capote. Nem outsider o suficiente pra acertar no Kerouac. Nem malandro o bastante pra João Antônio. Nem rebelde e talentoso o suficiente pra Rimbaud. Nem drogado o suficiente pra Burroughs. Nem budista e poético o suficiente pra Ginsberg. Nem aforista e trágico o suficiente pra Wilde. A lista era imensa. Riu novamente. Havia diversão nesse tipo de pensamento absorto. Havia diversão em não fazer nada numa tarde de quinta-feira. Havia diversão no filme antigo e sem graça que passava no pequeno televisor do bar. Havia um monte de diversões e de histórias a serem contadas. Só faltava o talento, o tempo e a dedicação para tal. Chacoalhou a cabeça novamente.

Bebeu a cerveja até o final. Pagou o homem do bar. Não estava embriagado, só levemente alterado. Bateu os pés na rua de novo. Um depois do outro. Sentiu-se leve, o concreto macio. Cruzou outra esquina, e mais outra. Parou em outro bar. Repetiu a cena do primeiro. Botequinho semelhante, dono assistindo TV, essa mais moderna, em outro canal, TV fechada provavelmente. Não pensou em nada. Não teve vontade de pensar em nada. Olhou pra carteira. Dinheiro acabado. Lembrou-se que não tinha um emprego, uma namorada, muitos amigos, grandes realizações. Sentiu-se feliz. Sentiu-se pleno. Sentiu-se fora da sociedade. Deu risada sozinho novamente. Chacoalhou a cabeça. Pagou o homem do bar, que o olhou com o canto de olho, pensando no que diabos havia de errado com aquele rapaz.

Bateu os pés na rua mais uma vez. Um depois do outro. Sentiu-se tonto. Sentiu o mundo ao redor girar. Lembrou-se da senhora do antiquário. Olhou os livros na sacola da mão. Lembrou-se de Raskolnikov. Imaginou-se preso em São Petersburgo, indo para a Sibéria por assassinato. Deu risada mais uma vez. Chacoalhou a cabeça uma outra. Cruzou a rua displicentemente. Sorriu pros faróis no sentindo contrário. Foi acertado em cheio. Não precisava mais fingir. Não estava em São Petersburgo nem na Sibéria. Estava livre.

domingo, maio 01, 2016

Queria ter 24 anos de novo
Queria chegar em Londres pela primeira vez de novo
Queria andar pelos ônibus vermelhos como se fosse a primeira vez mais uma vez
Queria ver as pernas das garotas no teansporte público
E ver as velhinhas e velhinhos
E mães levando seus filhinhos 
Em carrinhos tão lindos.
Queria ver a vida acontecendo toda de novo
E ver gente tão pura acordando e lutando como em todos os outros dias.
Em Londrina, São Paulo, Buenos Aires ou Londres
Eu queria ver todas essas pesssoas de novo
Viver todas essas coisas de novo
Ter os mesmos sentimentos mais uma vez.
Queria retratar tudo na memória como uma foto.
Guardar tudo pra sempre aqui dentro 
Do meu peito.

quarta-feira, abril 20, 2016

Kerouac bebeu até a morte por uma série de razões, mas eu particularmente acredito que ele nunca tenha superado a forma como o mundo moderno estraçalhou sua ingenuidade doce e sua motivação poética. O mundo é um lugar muito cruel para quem ainda acredita em santos loucos vagando como cometas sem cauda em uma galáxia perdida.

Felizmente eles ainda resistem.

sábado, abril 16, 2016

another desperate mind in a lonely room.

shame on you
mr Blue
you aint got a new
pair of shoes
altought you should.

terça-feira, abril 05, 2016

- Você é o maior desperdício de talento que eu já vi.

E esse foi o melhor elogio que eu já recebi.

quinta-feira, março 31, 2016

Colecionei discos, livros, decepções e paixões.

segunda-feira, março 28, 2016

modern tales of youth.

sexta-feira, março 25, 2016

Eu era jovem, barulhento e arrogante.

Que época incrível foi aquela.

domingo, março 20, 2016

Exile outside main street

Most of the times I miss my family
Then my friends
The real ones
Then memories of the past
Places where I used to go
Things that I used to do.
This is part of who I am
And I will carry it with me
Until I become the next person to be.
Think someday
I will have these same feelings
About what I'm living today.
Hope I never
Lose it away.


A gente cruza uma linha muito tênue entre o sucesso e o fracasso. O problema é que os meus dois pés estão do lado do fracasso.

segunda-feira, fevereiro 29, 2016

in the midst of the night

in the midst of the night
I close my eyes
and I can feel your presence.

I know you were gone so long ago
I know there might be something above us
but I just can't help to shove
my own mind with
absent thoughts.

I wonder about what we could have been
If life wasn't so funny
so strange and
so mean.

"just keep on running", they say
just keep on doing
whatever you're doing
they beg

and I try
oh, god knows I try
with all my strenght and all my power
with all my soul and all my heart
but I can help myself from thinking
where have you been?
and what's beyond there?

Then we pray for the ancient gods
but we don't even believe in them.
we're just trying to find hope
in the loneliness of the night.

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

A poesia é o último refúgio dos desesperados.


Beated

Jack Kerouac perdido e alcoólatra pelas ruas baixas de São Francisco
Neal Cassady dirigindo um ônibus sem direção ou sentido
Burroughs em Marrocos, fumando ópio
Ginsberg protestando em Nova York
A best generation perdurou
E pouco depois
Acabou.

Foi incrível
Enquanto durou.

segunda-feira, janeiro 11, 2016

You better watch yourself
you better stay away from him
Cause he's going to self destruct himself
And everything around him
He's a mess
He just cant win.
Life is all about getting stoned every now and then, dont get arrested and find some spare love everytime you can. If you have a great soundtrack it will be even better. Everything else is just everything else.