segunda-feira, novembro 29, 2010

Wooow, wooow, segura essa então. Eu tava pensando no Kerouac, nos meus quinze anos, ouvindo um disco dos Vibrators e realmente curtindo punk rock de setenta e sete (e que grande ano foi setenta e sete né não?) e eu me sacudia mandando duas doses de natu nobilis pra dentro. Uísuqe barato desce melhor sem gelo do que com. Ou com no máximo uma pedra pra aliviar aquele gosto de cano enferrujado. E tudo isso pensando que "EU SOU DEMAIS, AAAAH!", fazendo assim com a boca tipo "tshaaaa" quando você dá aquele gole estalado de alguma bebida, e fiz isso pensando em um milhão de decepções, mas não tinha grilo, naquele momento eu era quase um santo (acredite se quiser), como dizia Reinaldo Moraes, "um santo sem milagres com os os bolsos vazios", e pensei nela, e pensei em quando ela me deixou, mas nada disso mais importava. Eu não precisava dela. Eu nunca tinha precisado dela até conhecê-la, então porque diabos eu ia precisar agora? Eu não precisava. Então eu pedi mais uma dose e mais uma cerveja pra temperar e puxei um assunto qualquer com o amigo que me acompanha e ah, que maravilha, eu não precisava mais de nada além disso. Que se danassem todas elas. Eu era melhor assim, encostado no balcão do bar, bebendo um destilado e destilando comentários sobre qualquer tipo de bobagem. E woow, no final é isso aí que importa.

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