terça-feira, agosto 24, 2010
segunda-feira, agosto 23, 2010
domingo, agosto 22, 2010
garota, eu ando tão triste
que eu ando até acreditando
que Deus existe.
e pode ter certeza
que ele não gosta muito de mim.
pode ter certeza
que ele não tá muito afim
de me fazer feliz.
garota, eu ando tão triste
que eu até acho
que eu vou me mandar.
garota, eu ando tão triste
que eu até acho
que eu não sei mais amar.
que eu ando até acreditando
que Deus existe.
e pode ter certeza
que ele não gosta muito de mim.
pode ter certeza
que ele não tá muito afim
de me fazer feliz.
garota, eu ando tão triste
que eu até acho
que eu vou me mandar.
garota, eu ando tão triste
que eu até acho
que eu não sei mais amar.
sábado, agosto 21, 2010
sexta-feira, agosto 20, 2010
tá tudo bem, baby
eu não vou me matar
se você me deixar.
talvez eu chore, mas
pode ter certeza
que não vai ser alto o suficiente
pra você ouvir.
e vai ficar tudo bem
porque apesar de tudo
você não pode me impedir
de encher a cara sozinho
no canto de um bar.
então tá tudo bem, baby.
tá tudo bem, se você me deixar.
mas por hoje, e só por hoje
eu não quero
que você se vá.
eu não vou me matar
se você me deixar.
talvez eu chore, mas
pode ter certeza
que não vai ser alto o suficiente
pra você ouvir.
e vai ficar tudo bem
porque apesar de tudo
você não pode me impedir
de encher a cara sozinho
no canto de um bar.
então tá tudo bem, baby.
tá tudo bem, se você me deixar.
mas por hoje, e só por hoje
eu não quero
que você se vá.
eu não sou mais
aquele garoto caipira
que fui outrora
recém chegado à cidade grande,
totalmente deslumbrado
e perdido e maravilhado,
com o universo infinito.
eu costumava beber em bares
até eles fecharem
eu costumava beber em bares
até eles me expulsarem.
e eu tive sim
uns dias bons,
ah, tive sim
uns dias ótimos.
mas, eles não foram suficientes
(deus sabe porque eles nunca são suficientes?)
porque, eu não sei,
ah baby, eu definitivamente
não sei o porque
nós nunca estamos
realmente contentes.
e eu deixei de ser aquele caipira
deslumbrado, apaixonado
por uma dúzia de garotas que eu
mal conhecia.
parece que uma hora
todo aquele encanto
simplesmente
sumia.
parece que uma hora
toda a sua vida
desaparecia.
e a gente nunca entendia
que diabos acontecia
com as rimas
que a gente insistia
em escrever.
aquele garoto caipira
que fui outrora
recém chegado à cidade grande,
totalmente deslumbrado
e perdido e maravilhado,
com o universo infinito.
eu costumava beber em bares
até eles fecharem
eu costumava beber em bares
até eles me expulsarem.
e eu tive sim
uns dias bons,
ah, tive sim
uns dias ótimos.
mas, eles não foram suficientes
(deus sabe porque eles nunca são suficientes?)
porque, eu não sei,
ah baby, eu definitivamente
não sei o porque
nós nunca estamos
realmente contentes.
e eu deixei de ser aquele caipira
deslumbrado, apaixonado
por uma dúzia de garotas que eu
mal conhecia.
parece que uma hora
todo aquele encanto
simplesmente
sumia.
parece que uma hora
toda a sua vida
desaparecia.
e a gente nunca entendia
que diabos acontecia
com as rimas
que a gente insistia
em escrever.
isso é tudo
poesia barata, baby
e eu não me importo
com as tuas conclusões
com os conselhos da tua mãe.
isso é tudo
o que não me mata, baby
e eu não me importo
se não me faz bem
eu beber e fumar,
e nem pensar em parar.
isso é tudo
o que me faz esquecer
de mim, de você, e da droga da vida
tão doída e sofrida
tão bonita e esquecida
pelo resto das pessoas
que não leram e que se esqueceram
de como é bom escrever
meia dúzia de versos
sobre o fim do universo
ou qualquer bobagem desse tipo.
que se dane, meu bem
eu só sou alguém
procurando meu próprio caminho
para o céu.
ou para qualquer lugar
que me tire daqui
agora
sem hora
pra parar.
poesia barata, baby
e eu não me importo
com as tuas conclusões
com os conselhos da tua mãe.
isso é tudo
o que não me mata, baby
e eu não me importo
se não me faz bem
eu beber e fumar,
e nem pensar em parar.
isso é tudo
o que me faz esquecer
de mim, de você, e da droga da vida
tão doída e sofrida
tão bonita e esquecida
pelo resto das pessoas
que não leram e que se esqueceram
de como é bom escrever
meia dúzia de versos
sobre o fim do universo
ou qualquer bobagem desse tipo.
que se dane, meu bem
eu só sou alguém
procurando meu próprio caminho
para o céu.
ou para qualquer lugar
que me tire daqui
agora
sem hora
pra parar.
eu vou me mandar daqui
vestindo um terno de linho
cantando blues sozinho
andando devagarinho
em direção a lugar nenhum.
eu vou me mandar daqui
cantando baixinho
o final da minha canção.
eu vou me mandar daqui
levando na mala
meia dúzia de livros
lembranças de amigos
seu retrato esquecido.
eu vou me mandar daqui
enquanto tocam o hino nacional
em alguma escola municipal
que fica nessas ruas esquisitas
que me fazem sentir um parasita
da sociedade, do mundo
e de mim mesmo.
que mal eu fiz
pra ser um cara
tão perdido.
que mal eu fiz
pra ser um cara
esquecido.
pros diabos
com tudo isso
que permeia
minha cabeça
e de mais alguns esquecidos
pelo resto
do planeta.
vestindo um terno de linho
cantando blues sozinho
andando devagarinho
em direção a lugar nenhum.
eu vou me mandar daqui
cantando baixinho
o final da minha canção.
eu vou me mandar daqui
levando na mala
meia dúzia de livros
lembranças de amigos
seu retrato esquecido.
eu vou me mandar daqui
enquanto tocam o hino nacional
em alguma escola municipal
que fica nessas ruas esquisitas
que me fazem sentir um parasita
da sociedade, do mundo
e de mim mesmo.
que mal eu fiz
pra ser um cara
tão perdido.
que mal eu fiz
pra ser um cara
esquecido.
pros diabos
com tudo isso
que permeia
minha cabeça
e de mais alguns esquecidos
pelo resto
do planeta.
não importa muito o que você pense
a partir de agora
eu tomei como decisão
que vou ser alguém só
e vou pegar o ônibus
e vou ler meu livro
e vou ficar legal
e nada vai me fazer mal.
e não me importa muito o que você pense
agora eu vou ficar tranquilo
quieto no meu canto
só pensando no encanto
das minhas canções favoritas.
e tudo isso enquanto eu bebo
um grande uísque, que cê nem imagina
o quão barato eu paguei
praquele meu amigo que contrabandeia
e paga uma boa propina
pros fiscais da fronteira.
e não me importa muito
o que qualquer um pense
enquanto eu só me mando pro inferno
sozinho, completamente sozinho
com a minha dose completa
da mais genuína e seleta
solidão.
a partir de agora
eu tomei como decisão
que vou ser alguém só
e vou pegar o ônibus
e vou ler meu livro
e vou ficar legal
e nada vai me fazer mal.
e não me importa muito o que você pense
agora eu vou ficar tranquilo
quieto no meu canto
só pensando no encanto
das minhas canções favoritas.
e tudo isso enquanto eu bebo
um grande uísque, que cê nem imagina
o quão barato eu paguei
praquele meu amigo que contrabandeia
e paga uma boa propina
pros fiscais da fronteira.
e não me importa muito
o que qualquer um pense
enquanto eu só me mando pro inferno
sozinho, completamente sozinho
com a minha dose completa
da mais genuína e seleta
solidão.
ás vezes nós damos telefonemas
pra falar de coisas pequenas
á uma da madrugada, completamente embriagados
pra falar sobre nada, absolutamente nada.
e a gente só procura um tanto de afeto,
a gente só quer ter alguém por perto.
ás vezes nós escrevemos poemas
sobre amores partidos e despedaçados
mas a gente nem sabe o que é amor
a gente nem se liga muito nas coisas da vida
e qualquer bobagem é inspiração pra ser um suícida.
ás vezes nós nos perdemos em nossa própria cabeça
e bebemos um vinho barato lendo um livro bonito
sacando que a vida é o que tá escrito
bem ali na nossa frente
de um jeito diferente
do que a gente imaginou.
pra falar de coisas pequenas
á uma da madrugada, completamente embriagados
pra falar sobre nada, absolutamente nada.
e a gente só procura um tanto de afeto,
a gente só quer ter alguém por perto.
ás vezes nós escrevemos poemas
sobre amores partidos e despedaçados
mas a gente nem sabe o que é amor
a gente nem se liga muito nas coisas da vida
e qualquer bobagem é inspiração pra ser um suícida.
ás vezes nós nos perdemos em nossa própria cabeça
e bebemos um vinho barato lendo um livro bonito
sacando que a vida é o que tá escrito
bem ali na nossa frente
de um jeito diferente
do que a gente imaginou.
há uma espécie de bêbado por aí
uma espécie de bêbado poético
de bêbado solitário, procurando por afeto.
há uma espécie de bêbado por aí
que não se importa com muitas coisas,
que não se interessa por dinheiro
que comete alguns erros.
há uma espécie de bêbado por aí
que é quase um gênio
encostado no balcão
bebendo uísque com gelo.
há uma espécie de bêbado por aí
que teve sonhos e desesperos
que perdeu garotas, e que tem medo
de continuar sendo
só mais um bêbado.
e é pra esses bêbados
que eu dedico
esse arremedo de versos
patéticos.
e é pra esses bêbados e seus
pensamentos
que eu dedico
esse versos escritos
por outro bêbado
como eu.
uma espécie de bêbado poético
de bêbado solitário, procurando por afeto.
há uma espécie de bêbado por aí
que não se importa com muitas coisas,
que não se interessa por dinheiro
que comete alguns erros.
há uma espécie de bêbado por aí
que é quase um gênio
encostado no balcão
bebendo uísque com gelo.
há uma espécie de bêbado por aí
que teve sonhos e desesperos
que perdeu garotas, e que tem medo
de continuar sendo
só mais um bêbado.
e é pra esses bêbados
que eu dedico
esse arremedo de versos
patéticos.
e é pra esses bêbados e seus
pensamentos
que eu dedico
esse versos escritos
por outro bêbado
como eu.
terça-feira, agosto 17, 2010
ela me disse
que gostava do meu beijo
e gostava do meu toque.
ela me disse
que gostava de mim
mas que estava confusa
que gostava de mim
mas que a decisão era sua.
ela pediu
um tempo pra pensar
ela pediu
pra eu não me matar.
ela me disse
que gostava de mim
e que eu era importante.
ela me disse
que gostava de mim
que eu não fosse tão errante.
ela pediu
pra eu beber menos
pra eu fumar menos
pra eu não me preocupar
com problemas pequenos.
ela me disse
que eu era especial
ela me disse
que eu era um cara legal.
eu nunca soube
muito bem o que fazer
eu nunca soube
muito bem o que dizer
mas eu gostava dela
ah, eu gostava dela
eu só não sabia
o que fazer.
que gostava do meu beijo
e gostava do meu toque.
ela me disse
que gostava de mim
mas que estava confusa
que gostava de mim
mas que a decisão era sua.
ela pediu
um tempo pra pensar
ela pediu
pra eu não me matar.
ela me disse
que gostava de mim
e que eu era importante.
ela me disse
que gostava de mim
que eu não fosse tão errante.
ela pediu
pra eu beber menos
pra eu fumar menos
pra eu não me preocupar
com problemas pequenos.
ela me disse
que eu era especial
ela me disse
que eu era um cara legal.
eu nunca soube
muito bem o que fazer
eu nunca soube
muito bem o que dizer
mas eu gostava dela
ah, eu gostava dela
eu só não sabia
o que fazer.
segunda-feira, agosto 16, 2010
sábado, agosto 14, 2010
um bar escuro ao som de Muddy Waters
E você não sabe quantas canções eu cantei sozinho andando por ruas escuras e esperando alguém aparecer no meio de toda essa loucura. Eu sabia que era em vão, sempre soube, mas de alguma forma eu me enganava esperando que algo acontecesse. Eu ouvia o solo do Paul McCartney e pensava na beleza da alma das pessoas e sonhava se alguma delas pensava em algo minimamente parecido. Talvez elas pensassem, talvez todo mundo pensasse nisso antes de dormir e também tivesse pesadelos e desemprego e sonhasse em se mandar por aí com uma mochila nas costas só curtindo e esperando a velhice. Eu tava muito cansado pra divagar sobre qualquer tipo de coisa, então eu só acabava bêbado ouvindo minhas músicas de punk rock favoritas. Eu sempre tinha sido uma pessoa desse jeito, eu não ia mudar agora. Eu não podia mudar agora. Eu só pensava em descansar. Descansar de verdade, definitivamente. Descansar a droga do espírito atormentado pelos piores demônios da alma. Eu só queria mesmo era escrever meia dúzia de poemas sentado no balcão de um bar escuro e quieto com Muddy Waters rolando no fundo. Acho que isso não era pedir muito. Eu não pedia muitas coisas. Eu nunca fui muito dado a rezas. Nunca acreditei que as coisas fossem realmente acontecer. No final a gente só tinha que esperar elas passarem. Elas iam passar. Eu não era feliz, mas quem diabos era? Eu não ligava muito em ter um emprego ou um diploma. Eu tava virando um cara já, eu digo, um cara adulto, e eu ainda morava com a minha mãe e descolava uma graninha pouca em empregos ruins só pra poder beber em paz. Mas eu nunca bebia em paz. Eu não sei porque diabos eu nunca tava em paz. Será que a gente precisava morrer pra ficar em paz? Eu acho que não. Ou talvez sim. Eu sei lá. Eu só gostava dos primeiros discos solo do Paul McCartney. Eu usava uma camiseta do Neil Young e tinha botas de couro gastas mas bonitas pra diabo. Mas ninguém tava muito ligado no Neil Young ou em botas de couro gastas ou em beber uísque e falar sobre poemas estúpidos na mesa de um bar vazio. Ninguém se importava muito em jogar bilhar e tirar sarro dos acionistas. No final eram eles que estavam com as garotas, com os malditos carros importados, as casas na praia e os filhos babando no banco de trás do carro e jogando a droga de um videogame da última geração. Mas nada disso importava quando a gente tinha um livro do Kerouac embaixo do braço e ouvia o Let it Bleed dos Stones no mp3. A gente sabia mais que eles. Eu sabia mais que todos eles. Eu era um gênio, porra. Eu era mais que um gênio. Talvez eu fosse um santo amalucado e demôniaco. Talvez eu não fosse porra nenhuma, mas, whatever, eu gostava de pensar que eu era algo. Eu gostava de ficar quieto no quarto encarando um quadro dos Sex Pistols e dançando um som do Little Richard. Eu gostava de algumas coisas. Porque é que as coisas não gostavam de mim? Eu sei lá. Talvez eu nunca fosse saber. E eu não tinha mais uísque e nem tinha mais muito dinheiro. Eu devia grana pra algumas pessoas, e outras pessoas me deviam grana. Talvez fosse hora de cobrar e de pagar. Eu gosto de honrar com meus compromissos. Se um dia eu ficar te devendo uma, pode deixar que eu vou pagar. De preferência num bar escuro ao som de Muddy Waters.
sábado, agosto 07, 2010
um dia a gente vai ser santo
e ninguém notou a gente
escorado no balcão
de copo na mão
pensando em coisas abstratas
bebendo cerveja gelada
sonhando com as garotas erradas.
e ninguém notou a gente
em hora nenhuma
enquanto a gente pensava
em coisa alguma
só bebendo e curtindo
e rezando e fugindo
do resto da sociedade.
que coisa acontece
na nossa cabeça
que gira sem parar
que fala sem pensar
e que nunca acaba
com a nossa vontade
de se mandar.
eu acho que um dia
a gente vai ser santo
e vai continuar de canto
bebendo uísque barato e
pensando nos lances exatos
que a gente sonhou quando tinha
oito anos de idade.
escorado no balcão
de copo na mão
pensando em coisas abstratas
bebendo cerveja gelada
sonhando com as garotas erradas.
e ninguém notou a gente
em hora nenhuma
enquanto a gente pensava
em coisa alguma
só bebendo e curtindo
e rezando e fugindo
do resto da sociedade.
que coisa acontece
na nossa cabeça
que gira sem parar
que fala sem pensar
e que nunca acaba
com a nossa vontade
de se mandar.
eu acho que um dia
a gente vai ser santo
e vai continuar de canto
bebendo uísque barato e
pensando nos lances exatos
que a gente sonhou quando tinha
oito anos de idade.
talvez tudo isso
talvez tudo isso
seja fruto
de coisas que eu fiz
na vida passada.
talvez tudo isso
seja fruto
das minhas muitas
coisas erradas.
talvez tudo isso
seja só um sonho
talvez tudo isso
seja algo estranho.
talvez tudo isso
um dia me ajude.
talvez tudo isso
acabe pra sempre.
talvez tudo isso
seja diferente.
uma
só
vez.
seja fruto
de coisas que eu fiz
na vida passada.
talvez tudo isso
seja fruto
das minhas muitas
coisas erradas.
talvez tudo isso
seja só um sonho
talvez tudo isso
seja algo estranho.
talvez tudo isso
um dia me ajude.
talvez tudo isso
acabe pra sempre.
talvez tudo isso
seja diferente.
uma
só
vez.
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