terça-feira, novembro 06, 2007

Happy Birthday, Ryan



Ontem foi aniversário do Ryan Adams. Eu queria fazer uma homenagem pra esse cara. Suas músicas significaram muito pra mim em um monte de momentos diferentes. Eu não tinha a mínima noção do que falar. Na verdade eu queria falar tanta coisa que acabei sem conseguir falar nada. Coloquei pra tocar seu novo EP com os Cardinals, Follow The Lights e ouvi de uma vez. Foi lançado há pouco tempo, dia 22 de outubro se não me engano e é ótimo, como quase tudo que esse cara faz. A versão de Is This It acústica foi a que mais mexeu comigo. As músicas inéditas também são sensacionais. Logo depois o wmp começou a tocar na seqüência o Jacksonville City Nights. Aí eu tive certeza sobre o que falar. Só de ouvir os acordes iniciais de A Kiss Before a Go eu já sabia o que eu precisaria falar. E agora eu estou ouvindo The End e escrevendo isso aqui. Eu não sei exatamente o que esse disco tem de especial, não é nem meu disco preferido dele, mas é apaixonante e tem algo que te faz pensar na vida. É um disco de alt-country e baladas apaixonantes. É um disco que só alguém muito inspirado poderia fazer. É uma verdadeira obra prima de um verdadeiro gênio da música. Parabéns, Ryan.

David Ryan Adams completou 33 anos. É a idade de Cristo, como dizem por aí. O garoto cresceu em Jacksonville, cidade interiorana da Carolina do Norte. Aos 9 anos seu pai saiu de casa pra nunca mais voltar, deixando o garoto aos cuidados da mãe, uma professora de língua inglesa que sempre o incentivou a ler. Foi assim que conheceu e formou seu gosto literário por Jack Kerouac, Edgar Allan Poe, Sylvia Plath, Henry Miller entre outros. Aos 9 anos impulsionado por Edgar Allan Poe começou a escrever poemas e pequenas histórias na máquina de escrever de sua mãe. Aos 14 conheceu Miller e Kerouac aprendeu a tocar bateria e entrou numa banda chamada Black Label. Abandonou a escola no segundo grau e se mudou para a fazenda de sua avó nos arredores de Jacksonville e começou a tocar com duas bandas locais, Ass e The Lazy Stars. Depois entrou no The Patty Duke Syndrome, banda de punk rock que se apresentava pelos bares de Jacksonville. Com os amigos Caitlin Cary, Eric "Skillet" Gilmore, Steve Grothmann e Phil Wandscher montou a banda Whiskeytown, com a pretensão de tocar músicas de Alt-Country influenciadas pelas músicas de artistas de country-rock como Gram Parsons, Neil Young entre outros. A banda lançou 6 discos e após seu fim Ryan seguiu para sua carreira solo. Lançou dez discos, três com a banda de apoio The Cardinals (Cold Roses, Jacksonville City Nights e Easy Tiger, este lançado apenas com seu nome), quatro EP’s e continua produzindo até hoje.

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