E andei por vales sombrios
sozinho
sem ninguém para segurar
minha mão.
E tive pesadelos horríveis
intermináveissem ninguém para me dizer
que ia ficar tudo bem.
E vivi mentiras
dolorosas
sem ninguém para me mostrar
a verdade.
E vi o tempo passar
cruel
sem ninguém para me levar
para o céu.
E resisti bravamente
com sorte
sem ninguém para espantar
a morte.
E senti a chuva
cair
sem ninguém para
me acudir.
E cheguei
até aqui
sem ninguém para
me dizer aonde ir.
E hoje resisto
com meu pesar
sem ninguém
para me amar.
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