sexta-feira, outubro 26, 2012
quinta-feira, outubro 25, 2012
Janie and I used to walk on the park
We used to talk about the dark
About the pleasures and pains of life
We used to laugh about the sky
We used to dream with something up high
Now Janie is gone, and I'm still here
Now Janie is gone, and I have fear
Janie and I used used to sit on the bench
We used to talk about the nonsense
Janie was wearing her beautiful sweater
I wore my old ramones shirt
Janie used to cry about her lovers
I used to cry over her shoulders
Now Janie is gone, and I'm still here
Now janie is gone, and I'm all alone
I hope Janie found
what she was looking for
I hope Janie don't
feel the pain no more.
I hope Janie
return some day
I hope Janie
come back to stay.
Não há mais volta
É preciso encarar
a realidade da solidão
e da tristeza
que nunca deixou de me acompanhar.
Veja bem, meu bem
sei bem que não sou
nenhum Fernando Pessoa
E entre as pessoas
sou apenas uma das ruins
Aguento o sofrimento
Quase calado
exceto por esses poemas
meu pranto tem sido abafado
É errado ainda ter esperança
mas quem disse que eu faço algo certo?
Eu continuo tentando
por mais que seja incerto.
I'm not the chosen one
Of anyone in everyone
I'm not the special one
Of anyone in this whole world
I'm just a lonesome guy
And I've been lonesome for so many time
Now I just don't give a damn
Now I just don't suffer anymore
I feel better this way
Without hopes, without dreams
I feel better without
Anyone that can be seen
I'm like a ghost
But there's nothing to haunt
I'm like a prisioner
Standing up front
The death wall.
segunda-feira, outubro 15, 2012
Seria bem mais interessante se eu soubesse escrever de
verdade. Sentar, criar uma história, desenvolver os personagens e admirar a
obra completa. Mas não é assim que funciona. Nem todo mundo pode ser
Dostoiévski, e essas são coisas que nós temos que aceitar. Além de tudo, não há
nada de mal em ficar por aqui. A esperança continua intacta, os sonhos também.
A parte boa de não alcançar o que você deseja
é que você nunca vai se decepcionar. Não há decepção na solidão. A
solidão é cruel mas também é muito honesta. A solidão vai acabar com a tua
vida, vai te deixar em desespero e vai fazer você se sentir horrível, mas ela
sempre vai ser honesta. E tua esperança vai continuar ali, intacta. Não importe
o que aconteça, quanto tempo passe ou o quantas pessoas você conheça, a tua esperança
não vai te abandonar. Esqueça tudo isso, garoto. É a mais pura e simples
mentira. Você acha que eles estão felizes? Oh, Deus, olha só pra cara desses
idiotas. Eles se agarram aos seus amantes e aos seus santos como se eles
realmente valessem alguma coisa. Eles acreditam em palavras furadas, em
promessas não cumpridas e acham que no fundo do horizonte há algo reservado
para eles. E eles realmente acham que estão no caminho certo e que estão
fazendo a coisa certa. Eles nem imaginam o que é atingir a verdadeira
consciência. Eles não sabem de coisa alguma, tampouco você, mas ao menos você é
honesto, garoto. Sua esperança não te abandonou nem te trocou por um sermão de
igreja ou por uma declaração de amor. Sua esperança é real e cruel, assim como
sua solidão. É só assim que você vai chegar lá, é só assim que você continua a
caminhar. Pro inferno com eles, você nunca precisou e nunca irá precisar desses
cretinos. Um dia eles vão perceber todos os erros que cometeram, e aí já vai
ser tarde demais. Você cometeu belos e
colossais erros, mas eles ainda assim foram parte importante da sua
vida. Você soube admirar seus erros e aprender com cada um deles. Mesmo
naqueles que você insistiu, você soube aprender. Não é fácil apanhar tanto e
continuar de pé. É preciso ser forte e ter esperança. Eles não tem esperança,
mas você ainda tem. Não deixe ela ir embora, e não deixe eles te dizerem o que
fazer. Um dia tudo estará bem, e não haverá mais desespero. Eles continuarão
vivendo suas vidas de mentira, sem solidão, sem esperança. Você continuará com
elas, entenderá seu valor e saberá apreciar seus próprios feitos. Siga em
frente, não desista. O sol sempre brilha pra quem vive nas trevas, e Deus sabe
que você passou muito tempo vagando por elas.
Um dia você desiste. É mais fácil do que parece, mas você
desiste. É uma bobagem falar em desistir antes dos 30 anos, eu sei disso, eu
sempre soube disso, mas eu falava em desistir antes mesmo dos 20. Aí um dia eu
desisti de verdade. Eu achei que esse dia nunca ia chegar. Eu me sentava em
frente ao computador e teclava furiosamente. Eu tentava tirar alguma vida
daquilo ali, mas a vida nunca vinha. Depois eu tentei tirar a morte, chamar a
morte, amar a morte. Mas a morte também não veio. A gente é tão tolo que acha
que pode controlar quando a morte vai vir. Mas não, a gente não pode não. É o
seguinte, meu caro: a gente tá lascado, e temos que seguir em frente. É assim
que funciona, não é mesmo? Veja só todos eles lá fora. Eles continuam seguindo
em frente. Se começa a chover, eles sacam o guarda-chuva ou correm até uma
marquise e ficam por ali, admirando a vida e esperando a água parar de cair. Eu
costumava ser como um deles, talvez até melhor. Ou pior, eu acho que nunca vou
saber. Eu só sei que eu corria até uma marquise e ficava cantarolando uma
música do The Who e vendo todo mundo passar na minha frente. Mas eu cansei de
ficar olhando pros outros na marquise, e vi todo mundo passar e ir embora. Eu
continuei por ali, continuei cantando The Who, mas hoje, quando chove, eu só
continuo andando. Acho que é o que eles chamam de crescer. Agora eu sinto os
pingos caindo na minha cabeça, e eu já não me importo mais. Eu devia me
importar, mas eu não me importo. Talvez eu nunca tenha me importado. Esse foi
meu grande erro. Mas que diabos, não é mesmo? Eu cometi um milhão deles, e com
certeza vou cometer outros milhões. É assim que é, e não adianta reclamar. As
pessoas se arranjam. Elas arranjam namorados, casam, tem filhos, conseguem
novos empregos. Nada disso devia importar muito, como não importa. Posso me
contentar em descolar uma garrafa de vinho e ouvir um disco do Lovin’ Spoonful
ou de qualquer outra banda. Na verdade, posso pensar em poucas coisas tão boas como
essa. O vento fica soprando, como sempre soprou, e a minha janela já não parece
tão desoladora. Agora a visão já me é familiar, e eu não estou mais assustado.
Eu estou preparado pro que der e vier. Ainda não é hora de me mandar, ainda não
é hora de desistir. Eu posso até ter desistido, mas eu tenho certeza que alguma
coisa lá fora não desistiu de mim. E eu vou continuar esperando até ela vir. Eu
realmente não me importo o quanto demore, contanto que eu possa ficar aqui
dentro com minha garrafa de vinho. Espero que os pingos de chuva continuem
caindo nos meus ombros e que as pessoas continuem embaixo das marquises. De
alguma forma, isso me traz uma espécie de conforto, e isso é quase tudo o que
eu sempre desejei.
quinta-feira, outubro 04, 2012
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