vejo os gatos pela janela
vadiando pela noite
como eu costumava fazer
em tempos não tão distantes.
tomo café e fumo cigarros
como se o mundo fosse acabar.
me agarro a meus livros de cabeceira
e rezo pra algum tipo de deus
tentando não chorar.
o roteiro é sempre o mesmo
e eu continuo fazendo
as mesmas coisas que fazia
há anos atrás.
nunca consegui descobrir
se isso é bom ou não
é só a mesma velha solidão
que nunca me abandonou.
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