jovens poetas
que nada ganham
vivendo em bares sujos
bebendo com estranhos
aonde está a saída
dessa loucura tamanha
que confunde minha cabeça
destrói minhas entranhas
rastejo em meu próprio sangue
mergulhado em tédio
e em livros baratos
que merda acontece
com pessoas como nós
que rezam e bebem
e são boas
ou tentam ser
e que no final
só querem morrer
quarta-feira, setembro 30, 2009
afundado em loucuras e auto-confissões
fechado em sonhos
o que me resta?
de tudo que vivo
nada me interessa
de alma translúcida
e coração partido
percebo que sou
meu próprio inimigo
com medo das ruas
vivendo na escuridão
espero um alguém
que me estenda a mão
num futuro talvez
algo valha a pena
pra alguém que só queria
uma vida mais amena
afundado em loucuras
e auto-confissões
o que passa na cabeça
de um tolo pagão?
que fugiu da igreja
quando ainda era garoto
e que engole sozinho
o próprio desgosto
amargura, derrocada
não passam de bobagens
melodramas pueris
por tolos inventada
vivendo e escrevendo
poemas e histórias
espero ansioso
meus dias de glória
o que me resta?
de tudo que vivo
nada me interessa
de alma translúcida
e coração partido
percebo que sou
meu próprio inimigo
com medo das ruas
vivendo na escuridão
espero um alguém
que me estenda a mão
num futuro talvez
algo valha a pena
pra alguém que só queria
uma vida mais amena
afundado em loucuras
e auto-confissões
o que passa na cabeça
de um tolo pagão?
que fugiu da igreja
quando ainda era garoto
e que engole sozinho
o próprio desgosto
amargura, derrocada
não passam de bobagens
melodramas pueris
por tolos inventada
vivendo e escrevendo
poemas e histórias
espero ansioso
meus dias de glória
sábado, setembro 26, 2009
Uma temporada no inferno
Antes, se lembro bem, minha vida era um festim em que se abriam todos os corações, todos os vinhos corriam.
Uma noite, fiz a Beleza sentar no meu colo. E achei amarga. Injuriei.
Me preveni contra a justiça.
Fugi. Ó bruxas, ó miséria, ó ódio, a vós meus tesouro foi entregue!
Consegui fazer desaparecer no meu espírito toda a esperança humana. Para extirpar qualquer alegria dava o salto mudo do animal feroz.
Chamei o pelotão para, morrendo, morder a coronha dos fuzis. Chamei os torturadores para me afogarem com areia, sangue. A desgraça foi meu Deus. Me estendi na lama. Fui me secar no ar do crime. Preguei peças à loucura.
E a primavera me trouxe o riso horrível do idiota.
Ora, ultimamente, chegando ao ponto de soltar o último basta!, pensei em buscar a chave do antigo festim, que talvez me devolvesse o apetite dele.
A caridade é a chave. - Inspiração que prova que eu estava sonhando!
"Continuarás hiena, etc...", repete o demônio que me orna de amáveis flores de ópio. "A morte virá com todos os teus desejos, e o teu egoísmo e todos os pecados capitais."
Ah! pequei demais: - Mas, caro Satã, por favor, um cenho menos carregado! e esperando algumas pequenas covardias em atraso, como aprecia no escritor a falta de faculdades descritivas e instrutivas, lhe destaco estas assustadoras páginas do meu bloco de condenado eterno.
Arthur Rimbaud
Uma noite, fiz a Beleza sentar no meu colo. E achei amarga. Injuriei.
Me preveni contra a justiça.
Fugi. Ó bruxas, ó miséria, ó ódio, a vós meus tesouro foi entregue!
Consegui fazer desaparecer no meu espírito toda a esperança humana. Para extirpar qualquer alegria dava o salto mudo do animal feroz.
Chamei o pelotão para, morrendo, morder a coronha dos fuzis. Chamei os torturadores para me afogarem com areia, sangue. A desgraça foi meu Deus. Me estendi na lama. Fui me secar no ar do crime. Preguei peças à loucura.
E a primavera me trouxe o riso horrível do idiota.
Ora, ultimamente, chegando ao ponto de soltar o último basta!, pensei em buscar a chave do antigo festim, que talvez me devolvesse o apetite dele.
A caridade é a chave. - Inspiração que prova que eu estava sonhando!
"Continuarás hiena, etc...", repete o demônio que me orna de amáveis flores de ópio. "A morte virá com todos os teus desejos, e o teu egoísmo e todos os pecados capitais."
Ah! pequei demais: - Mas, caro Satã, por favor, um cenho menos carregado! e esperando algumas pequenas covardias em atraso, como aprecia no escritor a falta de faculdades descritivas e instrutivas, lhe destaco estas assustadoras páginas do meu bloco de condenado eterno.
Arthur Rimbaud
quarta-feira, setembro 23, 2009
além do súbito final
tomando café
no final do mês
ouvindo aos smiths
no velho mp3
acendo meus cigarros um de cada vez
pensamentos ruins
conto até três
na cafeteria
só mais um freguês
e algum sentido
nada mais fez
no fim da linha
tudo se acaba
o que vier até lá
o tempo apaga
e num dia qualquer
estará tudo acabado
cafés e cigarros
memórias do passado
e numa noite qualquer
madrugada mal dormida
estarão fechadas
todas as feridas
da monótona
e pobre poesia
de um estudante
que nada mais fazia
além de rimas ruins
e prosas de jornal
o que há além
do súbito final?
no final do mês
ouvindo aos smiths
no velho mp3
acendo meus cigarros um de cada vez
pensamentos ruins
conto até três
na cafeteria
só mais um freguês
e algum sentido
nada mais fez
no fim da linha
tudo se acaba
o que vier até lá
o tempo apaga
e num dia qualquer
estará tudo acabado
cafés e cigarros
memórias do passado
e numa noite qualquer
madrugada mal dormida
estarão fechadas
todas as feridas
da monótona
e pobre poesia
de um estudante
que nada mais fazia
além de rimas ruins
e prosas de jornal
o que há além
do súbito final?
segunda-feira, setembro 21, 2009
Henry and June
June:
Here I am.
This character, Mona. She's supposed to be me?
Henry:
Why?
June:
Nothing.
It's so good.
I always wanted you to be...
Dostoyevsky.
Henry:
- Is that good?
June:
- Good?
I struggled, suffered...
for this?
This isn't me.
This is not me!
Henry:
Of course it's you.
It's the you inside me.
It's a distortion.
June:
Henry, look at me.
Look!
You can't see me or anyone as they are.
I wanted Dostoyevsky.
Who can be Dostoyevsky with you?
You make that impossible!
Hery:
What do you want?
June:
- What do I want?
- Yeah?
After I brought the world to you?
After I told you all of my stories?
Sing my praises!
Make me an admirable character.
Henry:
- I'm not a portrait painter.
June:
- I'll say you're not.
Look what you've done to Anais.
You make everything ugly.
Beauty is a joke to you.
You're so negative.
You're a failure as a writer.
You're not a man.You're a child!
You use women!
You used me, you fucker!
You fuck!
Here I am.
This character, Mona. She's supposed to be me?
Henry:
Why?
June:
Nothing.
It's so good.
I always wanted you to be...
Dostoyevsky.
Henry:
- Is that good?
June:
- Good?
I struggled, suffered...
for this?
This isn't me.
This is not me!
Henry:
Of course it's you.
It's the you inside me.
It's a distortion.
June:
Henry, look at me.
Look!
You can't see me or anyone as they are.
I wanted Dostoyevsky.
Who can be Dostoyevsky with you?
You make that impossible!
Hery:
What do you want?
June:
- What do I want?
- Yeah?
After I brought the world to you?
After I told you all of my stories?
Sing my praises!
Make me an admirable character.
Henry:
- I'm not a portrait painter.
June:
- I'll say you're not.
Look what you've done to Anais.
You make everything ugly.
Beauty is a joke to you.
You're so negative.
You're a failure as a writer.
You're not a man.You're a child!
You use women!
You used me, you fucker!
You fuck!
domingo, setembro 20, 2009
fim de um velho tempo
há muito pouco pra se acreditar
nos dias de hoje
onde poucos sabem muito
e muitos não sabem nada
e é doloroso estar sozinho
em uma fria madrugada
com livros empoeirados
e uma certeza enganada
desses dias tão curtos
e tão longos na prática
da ingênua esperança
que aos poucos se acaba
além de poemas ruins
e frases enganadas
o que sobra a um alguém
que não acredita em mais nada?
mais que as dores de estômago
e os nervos inflamados
há dentro desse corpo
um coração machucado
e filmes bonitos
já não dizem mais nada
pois tudo o que restou
é uma vida estragada
pra que se ter esperança?
em qualquer bobagem escrita
por enganadas crianças
pobres parasitas
em virtude da verdade
encaro a negra realidade
de uma falta de talento
e do fim de um velho tempo
e os novos que chegam
não são nada animadores
praqueles que, como eu
não creêm mais
em falsos explêndores
nos dias de hoje
onde poucos sabem muito
e muitos não sabem nada
e é doloroso estar sozinho
em uma fria madrugada
com livros empoeirados
e uma certeza enganada
desses dias tão curtos
e tão longos na prática
da ingênua esperança
que aos poucos se acaba
além de poemas ruins
e frases enganadas
o que sobra a um alguém
que não acredita em mais nada?
mais que as dores de estômago
e os nervos inflamados
há dentro desse corpo
um coração machucado
e filmes bonitos
já não dizem mais nada
pois tudo o que restou
é uma vida estragada
pra que se ter esperança?
em qualquer bobagem escrita
por enganadas crianças
pobres parasitas
em virtude da verdade
encaro a negra realidade
de uma falta de talento
e do fim de um velho tempo
e os novos que chegam
não são nada animadores
praqueles que, como eu
não creêm mais
em falsos explêndores
domingo, setembro 06, 2009
aguardamos pacientes o juízo final
é tudo tão horrível
e o mundo é
o maior dos castigos
que poderiamos sofrer
anjos caídos
e amaldiçoados
com almas corrompidas
e corações quebrados
em vidas miseráveis
e destino fatal
aguardamos pacientes
o juízo final
pois somos apenas
pilhas de carne e osso
de espírito atormentado
e fim premeditado
e o mundo é
o maior dos castigos
que poderiamos sofrer
anjos caídos
e amaldiçoados
com almas corrompidas
e corações quebrados
em vidas miseráveis
e destino fatal
aguardamos pacientes
o juízo final
pois somos apenas
pilhas de carne e osso
de espírito atormentado
e fim premeditado
oração do pobre diabo amaldiçoado
as coisas estão
cada vez piores
e não há nenhuma
perspectiva de melhora
eu não gosto
do que me tornei
e eu nem mesmo sei
o que está acontecendo
então eu paro e rezo
e percebo que
é tudo infundado
e não existe nada
nao me sinto iluminado
e vejo que não passo
de um pobre diabo
amaldiçoado
então penso
nas diversas saídas
e não consigo
achar nenhuma
e torço para que
tudo isso
acabe logo
um dia
que pode ser
amanhã
amém
cada vez piores
e não há nenhuma
perspectiva de melhora
eu não gosto
do que me tornei
e eu nem mesmo sei
o que está acontecendo
então eu paro e rezo
e percebo que
é tudo infundado
e não existe nada
nao me sinto iluminado
e vejo que não passo
de um pobre diabo
amaldiçoado
então penso
nas diversas saídas
e não consigo
achar nenhuma
e torço para que
tudo isso
acabe logo
um dia
que pode ser
amanhã
amém
por que diabos
por que diabos
eu não posso
ser atropelado
e morto
tragicamente
em um terrível
acidente
e poucos
chorando minha morte
e eu contemplando minha sorte
agora sou só um espírito
em algum lugar
que eu não sei onde é
onde não há
dor nem
nenhum outro sentimento
e deus do céu
me ajude a sair dessa
da maneira mais
rápida e indolor
e no fim
eu só serei
mais uma lembrança
pra um alguém
eu não posso
ser atropelado
e morto
tragicamente
em um terrível
acidente
e poucos
chorando minha morte
e eu contemplando minha sorte
agora sou só um espírito
em algum lugar
que eu não sei onde é
onde não há
dor nem
nenhum outro sentimento
e deus do céu
me ajude a sair dessa
da maneira mais
rápida e indolor
e no fim
eu só serei
mais uma lembrança
pra um alguém
terça-feira, setembro 01, 2009
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