Voltei pra Londrina essa noite, depois de passar a viajem ouvindo o Quick One do The Who no mp3 e cantando as músicas em voz alta, provavelmente irritando todos os passageiros que estavam próximos das poltronas 19 e 20 do ônibus da companhia Princesa do Ivái, que saía da estação Barra Funda na cidade de São Paulo em direção a cidade de Arapongas, com parada em Londrina, que foi onde eu desci, e pra onde eu voltei, e que é onde eu moro. E que saudade que eu tava da minha casa. Apesar de achar essa cidade uma merda e ter enchido o saco de ter ficado em casa na frente do computador quase que o ano inteiro eu estava morrendo de saudades de casa. Depois de quase 2 meses fora é que eu percebi que não vivo sem o meu computador, sem as minhas músicas, sem a mesma paisagem da construção da frente de casa que é a paisagem da minha janela.
A maioria das pessoas sente saudade da comida da mãe. Eu até sentiria saudade, se minha mãe cozinhasse. Não que ela seja uma negação na cozinha, ela cozinha muito bem quando quer, mas como ela trabalha quase que o dia inteiro eu fiquei mesmo com saudades da comida e da coca-cola de 1 litro que eu pedia todo dia no restaurante daqui de perto. Aí eu cheguei, e depois de matar as saudades do meu computador e de algumas músicas fui dormir. Depois de muito esforço me revirando na cama (porque Londrina continua quente como o inferno, e esse é um fato que não muda) eu consegui dormir. Acordei um tempão depois com o telefone tocando quase que dentro da minha cabeça. Ele tava tocando assim porque eu tinha deixado bem do lado da minha cama, pra acordar e ligar pro restaurante há tempo de eles fazerem a entrega, que acabam as 14 horas. Mania de Londrina de almoçar cedo em qualquer hipótese. De qualquer forma atendi a merda do telefone, e era minha mãe perguntando se o namorado dela tava em casa. Lá vou eu levantar do meu sofrido e caloroso sono pra descer as escadas e deixar o telefone com ele. Voltei pra cama e com muito custo consegui dormir. Aí tive um pesadelo que não vem ao caso. Pensei comigo mesmo que aquilo era um sonho e que era só abrir os olhos. Abri e acordei.
Mas ainda tinha que ligar pro restaurante, e o telefone não estava mais comigo, e eu tampouco sabia que horas eram. Desci as escadas e conferi o horário no microondas. Duas da tarde em ponto. Liguei correndo e perguntei se ainda estavam fazendo entregas. “Depende de onde que é” o cara do restaurante disse. Eu expliquei que era eu, porque nesse último ano eu praticamente só comi lá e ele deve ter tirado um belo lucro com as minhas refeições e cocas de 1 litro.Ele disse que entregava. Pedi o de sempre, mas não tinha coca-cola de 1 litro, “então vai de dois mesmo”.
Almocei, assisti televisão, fiquei sem fazer nada e agora estou aqui. No mesmo quarto de sempre, no mesmo computador de sempre, ouvindo as mesmas músicas de sempre. Mas agora eu estou com uma certa paz espiritual que eu não sei de onde veio, mas que é muito boa. Parece que esse tempo fora me fez muito bem e parece que esse ano vai ser bom, ou pelo menos bem melhor do que o último. Eu estou com um bom pressentimento e espero que ele se concretize.
2 comentários:
bem vindo ...
PÔ adorei a sinceridade do teu texto, isso sem contar o nome da música do Adams que tá muito foda!!!!!!!!!!!!!
me add no msn: fsf1986@hotmail.com
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